355/2022

355/2022
dia do ano
355
Diversidade e aceitação
mensagem

Tome a decisão de ser útil a alguém todos os dias.
Muitas vezes é possível ajudar o próximo dando-lhe apenas um pouco de compreensão.
Nunca tripudie sobre as falhas dos irmãos extraviados se quiser reformá-los
+355-010
muita paz

reflexão

Alguns pensamentos caem em minha mente com certo peso considerável disparando uma série de reflexões que, para mim, são muito importantes

Embora eu acredite que a vida em sociedade e a força da cultura estabeleçam uma forte influência no processo formativo das pessoas, sendo capazes até mesmo capazes de moldar crenças e valores, confesso meu desconforto quando tenho acesso a pensamentos como o proposto que indicam desvios de conduta e a necessidade de reformas do outro pela ação externa.

Podemos pensar na questão sobre o ângulo daquele que assume uma perspectiva educativa ou de salvação do outro indicando-se como aquele que é referência "salvadora".

Sinto como se um sequestro estivesse em curso. Como se a humanidade do outro estivesse sendo negada para consolidar um plano de normalização da humanidade que nega a diversidade.

Não haveria alguma arrogância nesta proposta? 

Quem define a conduta correta? Como estipular quais são os desvios toleráveis e os que precisam ser tratados com reforma?

Talvez fiquemos tentados a usar "a vontade de Deus" como bom argumento moralizatório neste processo de "humanização". Mas como saber quanto existe da vontade e da vaidade humana neste discurso religioso controlado que se impõe sobre o outro? Como negar a humanidade daquele que é diferente?

Talvez foquemos na ideia da vida em sociedade e escolhamos os "hábitos e costumes" que nos levam até mesmo à criação de leis que definem crimes, penalidades e multas na tentativa de impor uma forma de ser e de agir em sociedade. Mas não seria difícil acharmos na história humana bons exemplos da necessidade de subvertermos estes acordos sociais. Talvez alguns bons exemplos sejam os direitos das crianças e dos adolescentes e o acesso ao voto para as mulheres. 

Quantas vezes olhamos para os promotores destas transformações como extraviados de nossos acordos sociais?

"Nunca tripudie sobre as falhas dos irmãos extraviados se quiser reformá-los"

Este pensamento me causou profundo estranhamento na mente e no coração.

Acredito que jamais devemos tripudiar sobre alguém pois estaríamos negando o direito à humanidade do outro ao nos colocarmos como referência.

Mas a frase recomenda que não devemos tripudiar porque devemos assumir nossa superioridade e decretamos a necessidade de reformar o outro, classificado como extraviado e passível de intervenções de nossa parte...

Penso que este pensamento é bastante arrogante e desrespeitoso no que diz respeito à diversidade, ao humano que habita em nós.

Acredito que todas as expressões humanas devam ser válidas, embora precisem ser equilibradas para facultar a convivência pacífica, tolerante e respeitosa. 

Recentemente escrevi sobre tolerância, respeito e aceitação.

Resgato a ideia nesta reflexão aberta.

Respeitamos o outro para que ele tenha espaço de se desenvolver e se alinhar ao que julgamos correto?

Ou aceitamos o outro em suas múltiplas e diversas formas de expressão por ser um ser humano completo?

Normalmente vejo a ideia de respeito articulada como uma concessão de nossos egos que concedem o direito do outro de existir. Penso que esta postura deva ser revisitada.

Deveríamos respeitar o outro porque ele possui existência própria e singular. Talvez distinta de nossa forma de ser, de pensar e de agir, mas, mesmo assim uma existência que o classifica como ser humano com direito de se expressar.

Aceitar o outro é respeitar este outro considerando-o como ser autônomo, capaz e único que não precisa formatar-se para caber no lugar que nós criamos para ele.

A partir daí, ser útil talvez signifique criar um espaço de convivência digno em que da diversidade caiba sem críticas, julgamentos ou intervenções externas com objetivo de impor mudanças.

Ser útil talvez signifique conceder voz ao outro para que ele mesmo se articule e se expresse por conta própria.

Ser útil em uma sociedade talvez signifique estar aberto ao diálogo e à revisão dos próprios preconceitos normativos que frequentemente negam a diversidade e a evolução de leis, hábitos e costumes.

Ser útil pode significar ainda a disponibilização de recursos para que coletivos diversos se construam na centralidade de si mesmos desde que de forma respeitosa em relação à sociedade.
 

reflexão

Alguns pensamentos caem em minha mente com certo peso considerável disparando uma série de reflexões que, para mim, são muito importantes

Embora eu acredite que a vida em sociedade e a força da cultura estabeleçam uma forte influência no processo formativo das pessoas, sendo capazes até mesmo capazes de moldar crenças e valores, confesso meu desconforto quando tenho acesso a pensamentos como o proposto que indicam desvios de conduta e a necessidade de reformas do outro pela ação externa.

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