201/2023 - Espelhos de mim mesmo

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201/2023 - Espelhos de mim mesmo
dia do ano
201
Espelhos de mim mesmo
mensagem

Gentil é aquele que passa pela vida do outro, toca-o com leveza e carinho e o marca onde ninguém mais pode ver….
+201-164
muita paz

reflexão

Penso que as relações que estabelecemos são portais para um lugar de comunhão e aprendizado. Elas carregam os potenciais de transformação e de transcendência; mas também podem esconder ameaças à nossa identidade.

Para atravessarmos este portal e aproveitarmos plenamente a experiência, nós precisamos estar desprovidos de julgamentos e de escalas de valores que desqualifiquem e neguem a igualdade, mas também precisamos renunciar a nossa visão egoica, da necessidade de nos significarmos através da imposição sobre o outro.

Neste universo paralelo que entramos através da relação podem acontecer transformações vigorosas de nós mesmos, relações catalisadas por quem o outro é. 

Um mergulho profundo neste universo paralelo caracteriza-se como encontro de intimidades. De alguma forma, este encontro com crenças e valores diferentes dos nossos fomentam a avaliação, a edição e a ampliação de nossas crenças e valores.

Despidos de armaduras, reconhecendo nossa fragilidade e aceitando a fragilidade do outro, nós nos permitimos crescer juntos.

Mas, é preciso resistir à tentação de dominar, de sequestrar e de reformar o outro para nos servir de alguma forma. 

Em um campo onde estamos desarmados, onde as fragilidades são visíveis e não latentes, facilmente marcamos e somos marcados de maneira profunda; facilmente nos sentimos ameaçados; facilmente nos machucamos e machucamos ao outro.

Entretanto, apesar dos riscos, nós podemos crescer de formas inimagináveis. Despidos das armaduras que vestimos como proteções, mas que funcionam como amarras, toda a energia que flui neste universo relacional paralelo pode ser usada para transcendermos quem somos e seguirmos juntos para outros níveis de entendimento de humanidade. Talvez por isso as relações sejam tão estimulantes. 

Gosto de pensar nas relações como um templo sagrado e nos encontros que estas relações oferecem como altares onde colocamos nossas oferendas ao divino. Um espaço onde podemos ver a nós mesmos através do outro; mas também um espaço onde somos espelho para o outro.

Reunidos nesta sala especial, que distorções causamos nas imagens que o outro veio buscar através de nós? Que distorções são apresentadas a mim pelo outro?

Será que o que vejo é real? Será que diz respeito apenas a mim? Ou a imagem apresentada a mim está poluída pelo que o outro é?

Talvez não seja possível me ver como realmente sou. E este fato se deve à dificuldade que enfrentamos para apresentar a imagem do outro desprovida de nós mesmos, sem julgamentos.

Por isso acredito que o toque leve e carinhoso é potente. Impossibilitados de apresentar a realidade do outro a ele mesmo, nosso toque pode revelar o outro a ele mesmo com tons de amor e de estímulo ao crescimento. Podemos apresentar bálsamos para feridas, alívio para dores e possibilidades de autocura.

Que marcas escolhemos deixar no outro durante estes encontros de intimidades em que estamos desprovidos de nossas armas e armaduras?

reflexão

Penso que as relações que estabelecemos são portais para um lugar de comunhão e aprendizado. Elas carregam os potenciais de transformação e de transcendência; mas também podem esconder ameaças à nossa identidade.

Para atravessarmos este portal e aproveitarmos plenamente a experiência, nós precisamos estar desprovidos de julgamentos e de escalas de valores que desqualifiquem e neguem a igualdade, mas também precisamos renunciar a nossa visão egoica, da necessidade de nos significarmos através da imposição sobre o outro.

Mais Reflexões

Como podemos transformar incertezas e desafios inesperados em oportunidades de crescimento e aprendizado pessoal?
Como nossas escolhas e experiências moldam a identidade que acreditamos ser verdadeiramente nossa?
Como podemos transformar nossas relações e ambientes sociais para que a paz e a harmonia prevaleçam sobre o conflito e a imposição?
Como podemos reconciliar nossas verdades pessoais com as coletivas para promover uma convivência mais harmoniosa e empática?
Como podemos compreender e expressar o amor de maneira que respeite a singularidade de cada indivíduo e evite mal-entendidos nas relações?
Como a criação de imagens mentais positivas pode influenciar a percepção de oportunidades e a realização de objetivos em um mundo complexo e interconectado?
Como a busca humana por sentido e felicidade se manifesta, considerando a relação entre o desejo de um modelo ideal, como o divino, e a realidade da incerteza e das possibilidades do universo?
Como as emoções influenciam nosso bem-estar e podem transformar nossas experiências de vida?
Como podemos transformar o sistema educacional para que ele promova o desenvolvimento crítico e criativo dos alunos, em vez de apenas moldá-los para se encaixarem em padrões preestabelecidos?
Como podemos transformar nossos erros passados em oportunidades para redefinir nossos objetivos e crescer pessoalmente?
Como as experiências pessoais e características como a cor da pele influenciam a formação da identidade e a percepção de igualdade em uma sociedade diversa?
Como podemos superar a sensação de desconexão e redescobrir o amor que já existe em nós e nas nossas relações?