223/2023 - Escolhas, histórias e aprendizados

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223/2023 - Escolhas, histórias e aprendizados
dia do ano
223
Escolhas, histórias e aprendizados
mensagem

Entre tantas pessoas eu escolhi você….
Entre tantas pessoas você me escolheu…..
Entre tantas formas de se viver a vida, nós nos escolhemos…….
+223-142
muita paz

reflexão

Outro dia eu estava em um andar alto de um prédio enquanto aguardava uma consulta. Eu olhava pela janela e via centenas de pessoas passando pela rua, sem que eu pudesse identificá-las.

Fiquei pensando nas centenas de pessoas que cruzam nossos caminhos diariamente, pessoas singulares, portadoras de identidade própria e tão anônimas para mim que podia generalizá-las à ideia de passantes, pessoas, transeuntes, pedestres e até mesmo alvos, conforme o ponto de vista que eu desejasse usar.

Ocasionalmente eu acho que nós nos acostumamos a olhar para estas pessoas anônimas e generalizá-las como objetos de nossas necessidades. Pessoas que nos trarão renda, que comprarão nossos produtos, que contratarão nossos serviços. Pessoas que ajudam ou que atrapalham a fruição de nossos desejos. Prospects, personas, público alvo, clientes em potencial, compradores, prestadores de serviço, ...

Mas naquele dia eu escolhi generalizar as centenas de pessoas que via do alto do prédio como inventores de histórias. Pessoas criativas que a cada minuto de existência escrevem histórias tão diferentes da minha história que são capazes de despertar curiosidade em meu olhar. Mestres para um observador desconhecido.

Talvez eu pudesse agrupar aqueles mestres por categorias. Vendedores ambulantes, pessoas em situação de rua, defensores da ordem pública, artistas, trabalhadores, turistas...

Mas acho que a observação daquele dia me inspirava a perceber que todos nós somos pessoas únicas e que podem inspirar umas às outras, pessoas que podem ensinar mesmo sem perceber.

Diante de tantos não saberes, de tantas carências desconhecidas, de tantos vazios internos e de tantas possibilidades. Como será que escolhemos nossos mestres mais influentes?

Alguns deles nos são impostos, pelo menos por um tempo. Pais, irmãos, avós, ...

Mas existem aqueles que decidimos acompanhar com o olhar, aplaudir, conversar. Pessoas que recebem nossa atenção e que gostaríamos de conhecer melhor. Pessoas que sugerem a nossos corações a desgeneralização, se é que esta palavra existe!

E neste clima é que cruzei aquele momento de observação atenta e curiosa com o pensamento de hoje.

Parece que escolhemos algumas pessoas para participar de nosso pequeno grupo de interações mais intensas. Pessoas que queremos como colegas, amigos, namorados, alunos, professores...

Talvez toda generalização tenha um limite! O limite da despersonalização que faz com que percamos a humanidade, o momento em que precisamos dar nome, perceber como individualidade e dedicar atenção diferenciada.

Não sei ao certo se esta necessidade surge porque queremos conhecer melhor outras pessoas, ou porque desejamos sair do rol das generalizações para habitar o campo do conhecido, campo da humanidade onde somos reconhecidos e não apenas vistos.

Talvez seja um pouco das duas coisas. Talvez só consigamos reconhecer a humanidade quando a vemos através do outro, mas talvez precisemos ser vistos individualmente para nos sentirmos parte desta humanidade reconhecida.

Escolhemos pessoas e queremos ser escolhidos por elas. Um dança de reciprocidades que alimenta nossa identidade e a do outro. 

Temos alguém para contar nossas histórias em detalhes!

Queremos ouvir histórias detalhadas. 

Por que alguns correm e outros andam? Lá no vigésimo andar, protegido por uma muralha de vidro isolante térmico e acústico, apenas imagino enquanto vejo. Mas gostaria de parar alguns daqueles contadores de histórias para saber mais detalhes da aventura que estão vivendo.

O senhor sem camisa no centro da roda de curiosos pode estar fazendo alguma coisa interessante. 

As crianças sentadas na mureta da praça devem estar contando algo engraçado...

O que estará pensando aquele vendedor de livros que está solitário em um canto?

Bom mesmo é quando temos reciprocidade. Deixamos de ser plateia para sermos atores coadjuvantes nas histórias de outros enquanto acolhemos os outros como coadjuvantes nas histórias que protagonizamos.

Trocamos impressões, saberes e intimidades. Inspiramos e somos inspirados! 

Talvez por isso que o amor seja uma forma tão mágica de relacionamento. Ele possibilita esta integração íntima de atores no palco da vida; abre campo para podermos escrever partes de nossas histórias em co-autoria!

Quero mesmo é ser atendido logo e descer para a praça! Lá poderei conhecer, reconhecer e ser reconhecido...

Quem sabe novas parcerias para co-autorias não surjam nesta aventura?

reflexão

Outro dia eu estava em um andar alto de um prédio enquanto aguardava uma consulta. Eu olhava pela janela e via centenas de pessoas passando pela rua, sem que eu pudesse identificá-las.

Fiquei pensando nas centenas de pessoas que cruzam nossos caminhos diariamente, pessoas singulares, portadoras de identidade própria e tão anônimas para mim que podia generalizá-las à ideia de passantes, pessoas, transeuntes, pedestres e até mesmo alvos, conforme o ponto de vista que eu desejasse usar.

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