🎼_lá vem o sol🎼.
🎼para derreter as nuvens negras🎼.
🎼para iluminar o fim do túnel🎼.
+315-050
muita paz
Com sua potência adstringente e intenso brilho, o sol cria contrastes evidenciando nossas resistências e ignorâncias, que se projetam como sombras, possibilitando que nos conheçamos melhor.
Este sol, focado sobre nós, impede a visão de outras estrelas, favorecendo o foco e a atenção seletiva, exigindo nossa atenção. Ele nos provoca a viver restringidos a certos limites.
Sua presença direta nos cega, causa queimaduras, insolações e cânceres. Evapora líquidos, queima pinturas, provoca dilatações, desgasta superfícies por ressecamento e radiação. Perigoso parceiro de vida, quando incide sobre nós por muito tempo, ou de forma muito próxima, pode levar à finitude.
Sua ausência, por outro lado, é decreto de congelamento, de ocultação de sombras e de obstáculos. Causa perda de energia, enrijecimento, paralisia e congelamento de superfícies, solidificação, compressão e fratura. Quando ausente por muito tempo, ou quando está muito distante, também pode levar à finitude.
Seguimos contraindo e distendendo, afetados pelos extremos da presença e da ausência, enquanto aprendemos sobre nossos próprios ritmos, potências e limites.
Cansados de andar na escuridão, queremos ver o fim do túnel, mas tememos os espaços amplos, os mistérios e os lugares com muita claridade. Clamamos pela retirada das nuvens, mas não desejamos que elas descarregam sobre nós via chuvas e tempestades.
Queremos avançar, mas não queremos o desconforto da mudança. Projetamos cenários ideais, sem dores, sem desafios, sem esforços, mas esquecemos que precisamos de túneis para ligar ambientes e conectar possibilidades.
Gosto de ver os túneis como caminhos de passagem de um cenário para o outro. São vias de transição e talvez, por isso mesmo, sejam sombrios, úmidos e amedrontadores.
Sigamos em frente, indo ao encontro do sol, focados no novo ambiente, desapegados do antigo ambiente, mas respeitando certa distância para que nossas aventuras não findem prematuramente.
Com sua potência adstringente e intenso brilho, o sol cria contrastes evidenciando nossas resistências e ignorâncias, que se projetam como sombras, possibilitando que nos conheçamos melhor.
Este sol, focado sobre nós, impede a visão de outras estrelas, favorecendo o foco e a atenção seletiva, exigindo nossa atenção. Ele nos provoca a viver restringidos a certos limites.