Para que vivamos felizes, dentro dessa felicidade que a Terra já nos permite fruir, será preciso enfrentar as lutas, contudo desenvolvendo a conscientização quanto aos nossos recursos internos e externos, que nos ajudem a conjurá-las.
+281-085.
muita paz
Confesso que fiquei um pouco confuso sobre o pensamento proposto. Fico tentado a pensar que há erro na utilização do pronome ligado à ideia de conjuração na organização das ideias da oração.
Mas, vamos ao trabalho de subjetividades...
O que salta ao meu coração hoje tem relação direta com a ideia de felicidade permitida na Terra. Este conceito confrontou minha ideia de felicidade, visitada por uma citação atribuída a Mahatma Ghandi que li recentemente.
"Felicidade é quando o que você pensa, o que você diz e o que você faz estão em harmonia"
Eu não tenho certeza se o contexto local que vivemos pode promover ajustes na ideia de que a felicidade surge diante da coerência entre pensar, dizer e agir. Ou, como prefiro, eu não tenho certeza se o contexto de vida é capaz de redefinir a felicidade que nasce da coerência entre sentir, pensar, dizer e agir.
Me parece que a felicidade que a Terra oferece, evidenciada no pensamento proposto, talvez esteja conectada à fruição material, aos sentidos, dimensões que podem dizer melhor sobre a emoção de alegria, que é diferente do sentimento de felicidade.
De acordo com Daniel Goleman, a diferença entre emoção e sentimento é que a emoção é uma reação imediata a um estímulo, enquanto o sentimento é uma construção que envolve um alto grau de componente cognitivo.
Se considerarmos a felicidade como uma construção consciente, baseada em conhecimentos e escolhas racionais ou irracionais, talvez possamos ser plenamente felizes em quaisquer contextos em que estejamos, mesmo que não estejamos enfrentando lutas ou usando recursos adicionais internos e externos. Dito de outra forma, uma mesma situação pode abraçar pessoas plenamente felizes ou profundamente infelizes. Estas pessoas farão uso do ambiente de maneiras distintas, conforme seus conhecimentos, crenças, valores e automatismos psíquicos conscientes e inconscientes.
A grande questão sobre a felicidade talvez se aproxime da forma como escolhemos nos posicionar diante da vida nos contextos em que estamos inseridos, mesmo quando não há fruição do planeta ou as emoções não sejam favoráveis à acomodação.
Sentir-se tomado por emoções de tristeza ou de raiva pode ser salutar, desde que estejamos motivados por sentimentos de confiança, de gratidão e de superação. As mesmas emoções podem ser devastadoras se vivemos sentimentos de baixa autoestima e de desesperança.
Acredito que podemos ser felizes quando nossos sentimentos e pensamentos estão alinhados com nossas falas e ações. Quando há coerência, mesmo quando vivemos contingências dolorosas diante dos golpes da vida.
A oscilação emocional trará poderosos impulsos de autoconhecimento, permitindo que construamos de forma ascendente e contínua a coerência que nos leva à felicidade.
A frustração do nosso desejo, desde que abordada de maneira otimista e saudável, pode funcionar como propulsor de transformações que gerem a ampliação de conhecimentos e a construção de novos sentimentos. Nesta caminhada teremos que lidar com a raiva, com o luto da perda e com a tristeza; ferramentas que sinalizam que precisamos transformar nossas realidades internas, que precisamos buscar coerência interna diante das forças da vida que batem à nossa porta.
Por outro lado, a fruição do desejo, a alegria e o contentamento poderão agir como verdadeiras prisões, bloqueando os caminhos para a expansão de nós mesmos, de nossas consciências.
Se vivermos ao sabor das emoções, sem buscarmos estabelecer sentimentos, viveremos e agiremos a partir dos estímulos externos, guiados pelas emoções e sem condições de usar nossa racionalidade, um dos patrimônios mais valiosos que possuímos como seres humanos e que nos habilita à construção da felicidade. Por este caminho, o das emoções puras, as emoções inquietantes acabarão sendo vistas sob aspectos negativos e buscaremos sempre a estagnação diante do conforto e da segurança.
Alguns psicanalistas defendem a ideia de que o que move o humano é o desejo não atendido, o estado de tensão constante que persiste e que nos impulsiona ao progresso. Acredito nesta abordagem.
Defendo a ideia de que a maior luta a ser enfrentada é sobre o nosso próprio desejo e a impossibilidade de atendê-lo plenamente. Esta luta de Titãs desperta nossas consciências e ocupa nossas mentes durante toda a nossa existência. Conciliar entendimentos, percepções e esforços caracteriza o bom combate com a adversidade e demarca momentos épicos em nossas lembranças, produzindo o sentimento de felicidade.
Confesso que fiquei um pouco confuso sobre o pensamento proposto. Fico tentado a pensar que há erro na utilização do pronome ligado à ideia de conjuração na organização das ideias da oração.
Mas, vamos ao trabalho de subjetividades...
O que salta ao meu coração hoje tem relação direta com a ideia de felicidade permitida na Terra. Este conceito confrontou minha ideia de felicidade, visitada por uma citação atribuída a Mahatma Ghandi que li recentemente.
"Felicidade é quando o que você pensa, o que você diz e o que você faz estão em harmonia"