![Acordei INspirado - 355/2024 - Alegria na Impermanência](/sites/default/files/styles/large/public/2025-02/2024_12_AcordeiInspirado-356.png?itok=lywxWytk)
Impermanência da Alegria e Magia: A alegria e a magia são vistas como especiais justamente por serem raras e não constantes. Se fossem permanentes, poderiam perder seu encanto e significado.
Desejo e Realidade: O texto explora como os desejos são uma força motriz na vida humana, mas também podem levar à frustração se não forem realizados. A maturidade envolve aceitar a impermanência e encontrar equilíbrio entre desejos atendidos e frustrados.
Mudança de Perspectiva para a Alegria Constante: Propõe-se uma mudança de perspectiva, de buscar incessantemente a satisfação para adotar uma postura de gratidão e celebração das experiências que a vida oferece. A verdadeira alegria estaria na forma como nos integramos e percebemos a vida, aceitando seu fluxo constante e imprevisível.
🎼se a gente é capaz de espalhar alegria.🎼
🎼se a gente é capaz de toda essa magia🎼
🎼eu tenho a certeza que a gente podia🎼
🎼fazer com que fosse natal todo dia🎼
+356-010
MUITA PAZ
Mas talvez a magia só seja considerada como algo especial por se tratar de algo ocasional, raro e especificamente aplicado.
Será que partes da alegria e da magia que vemos não seriam apenas uma fantasia de nossas construções e projeções românticas, desconectadas da realidade? Talvez sejam frutos de um recorte geográfico e temporal muito específico que descarta o todo mais abrangente.
Talvez as alegrias que buscamos sejam fotografias, observações instantâneas, enquadramentos de algo maior, que não se sustenta no tempo, mas que são capazes de nos inspirar ou de nos frustrar por um tempo.
A alegria talvez seja fruto do desejo momentaneamente atendido em um processo de busca infindável diante da vida, que se move determinando a impermanência de tudo em um sistema de equilibração de forças e relações em que a alegria de um pode significar também a tristeza de outro.
A inteligência artificial Command R define desejo da seguinte forma: "No contexto psicológico, os desejos são motivações que podem levar a ações e são frequentemente associados à noção de prazer, satisfação ou realização."
A mesma inteligência nos diz ainda que: "Os desejos são uma parte intrínseca da experiência humana e estão frequentemente ligados às emoções. Podem ser uma força motriz por trás das nossas ações e decisões, e podem nos levar a perseguir objetivos e a alcançar coisas na vida. Também podem ser uma fonte de motivação e inspiração, dando-nos um sentido de propósito".
"No entanto, os desejos também podem criar insatisfação ou frustração se não forem realizados, ou podem se tornar excessivos ou impraticáveis. Equilibrar os nossos desejos e mantê-los realistas e saudáveis pode ser um desafio, mas também pode ser uma parte importante do crescimento pessoal e do bem-estar emocional"; complementa a IA sobre o tema desejo.
O psicanalista francês Lacan comparou o desejo a uma busca interminável por um objeto que sempre parece estar fora do nosso alcance, comparável a tentar capturar a próxima letra de um texto que está sendo exibido em uma tela rolante. O objeto do desejo é sempre adiado, sempre um passo à frente.
Seria a alegria realmente possível em tempo integral e acessível simultaneamente a todos os seres humanos? O atendimento de alguns desejos implicaria na frustração de outros?
Penso que sim.
Olho a vida como um jogo de forças em que há momentos de atendimento de expectativas, mas também há os de frustração. Há, sem dúvida, uma necessidade de maturidade, que nos leve a transcender o desejo de vivermos ilesos e imunes de dores, desafios e frustrações.
Este caminho de reflexão me leva a pensar que, talvez, a magia da alegria esteja relacionada à forma como percebemos a vida. Devidamente integrados aos mecanismos de impermanência da existência, a alegria pode surgir em novo contexto, quando estamos integralmente adesos às proposições da vida e disponíveis a viver cada momento da melhor maneira possível, sem esperar que algo se dê, mas celebrando quando algo se dá.
Sairíamos de um cenário de alegrias e tristezas diante do desejo atendido ou frustrado, respectivamente, para um contexto de gratidão e celebração de cada movimento que a vida oferece.
Compreendendo a vida como uma sucessão de realizações disparadas pelo que a vida oferece, seríamos capazes de viver em alegria constante, mesmo diante da não satisfação de nossos desejos. Não espalharíamos alegria, mas a teceríamos coletivamente à medida que atravessamos a esteira do tempo.
Poeticamente falando, a magia da vida deixaria de ser o que ofertamos para ser como nos vemos e nos integramos à vida que está sempre acontecendo em fluxos e ondas relacionais imprevisíveis.
Viveríamos o sentido explícito da palavra Natal, o nascimento constante de vivências e de oportunidades relacionais.
O texto que você compartilhou oferece uma reflexão profunda sobre a natureza da alegria e do desejo, explorando como esses conceitos se relacionam com a percepção humana e a experiência de vida. A ideia central parece girar em torno da impermanência e da forma como interpretamos e reagimos aos eventos da vida.
O texto sugere que a verdadeira alegria não está em alcançar todos os desejos, mas em como nos relacionamos com a vida e suas incertezas. Ao adotar uma postura de gratidão e celebração, podemos encontrar uma forma mais duradoura e significativa de alegria. Essa perspectiva nos convida a viver o "Natal" como um nascimento contínuo de experiências e relações, onde a magia reside na nossa percepção e integração com o mundo ao nosso redor.
Uma poesia de Carlos Drummond de Andrade que dialoga com temas de impermanência, desejo e a busca por significado é "Mãos Dadas", que está presente no livro "Sentimento do Mundo".
Neste poema, Drummond reflete sobre a solidariedade, a passagem do tempo e a necessidade de caminhar juntos em meio às dificuldades e incertezas da vida. Ele aborda a ideia de que, apesar dos desafios e da transitoriedade da existência, há um valor intrínseco em compartilhar a jornada com os outros, o que ressoa com a busca por uma alegria mais profunda e coletiva.
Carlos Drummond de Andrade é o autor reconhecido desse poema, e sua obra é amplamente estudada e publicada, garantindo a autenticidade de sua autoria.
Mãos Dadas - Carlos Drummond
Não serei o poeta de um mundo caduco
Também não cantarei o mundo futuro
Estou preso à vida e olho meus companheiros
Estão taciturnos, mas nutrem grandes esperanças
Entre eles, considero a enorme realidade
O presente é tão grande, não nos afastemos
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história
Não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida
Não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins
O tempo é a minha matéria, do tempo presente, os homens presentes
A vida presente.
Uma música que dialoga com as ideias principais do texto é "Wake Up" da banda Arcade Fire, lançada em 2004. Embora o Arcade Fire seja frequentemente classificado como indie rock, a música possui elementos que ressoam com o rock e aborda temas semelhantes aos discutidos no texto.
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Impermanência e busca por significado: A música fala sobre o crescimento e a transição da infância para a vida adulta, refletindo sobre a inevitabilidade das mudanças e a busca por significado em meio a essas transformações.
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Desejo e frustração: "Wake Up" também toca na ideia de desejos não realizados e as frustrações que vêm com eles, explorando como essas experiências moldam nossa percepção da vida.
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Celebração da vida e aceitação: A música transmite uma mensagem de esperança e a importância de abraçar a vida como ela é, celebrando os momentos que temos e encontrando alegria na jornada, apesar das dificuldades.
Esses temas fazem de "Wake Up" uma música que ressoa com as ideias de impermanência, desejo e a celebração da vida presentes no texto.
Arcade Fire - Wake Up
Something filled up
My heart with nothing
Someone told me not to cry
But now that I'm older
My heart's colder
And I can see that it's a lie
Children wake up
Hold your mistake up
Before they
Turn the summer into dust
If the children don't grow up
Our bodies get bigger
But our hearts get torn up
We're just a million little gods
Causing rainy storms
Turning every good thing to rust
I guess we'll just have to adjust
With my lighning bolt so glowing
I can see where I am going
To be when the reaper
He reaches and touches my hand
With my lighning bolt so glowing
I can see where I am going
With my lighning bolts a glowing
I can see where I am go-going
You better look out below!
Michael Sandel
Sandel, filósofo americano, é conhecido por suas análises sobre justiça. Em "O Que o Dinheiro Não Compra" (2012), ele explora os limites do mercado na vida humana, relacionando-se com a busca por significado.
Terry Eagleton
Eagleton, crítico literário e filósofo britânico, explora a cultura contemporânea. Em "A Ideia de Cultura" (2000), ele discute a construção cultural da identidade, relacionando-se com a percepção da vida no texto.
Luc Ferry
Filósofo francês, Ferry é conhecido por popularizar a filosofia. Em "Aprender a Viver" (2006), ele explora a busca por sentido e a aceitação da vida, dialogando com a celebração e gratidão mencionadas no texto.
Zygmunt Bauman
Bauman (1925-2017) foi um sociólogo polonês que explorou a modernidade líquida. Em "Amor Líquido" (2003), ele discute a fragilidade das relações modernas, relacionando-se com a impermanência e a busca por significado no texto.
Bruno Latour
Latour é um sociólogo francês conhecido por sua teoria ator-rede. Em "Reagregando o Social" (2005), ele propõe uma nova forma de entender as relações sociais, dialogando com a interconexão e impermanência.
Michel Maffesoli
Maffesoli é um sociólogo francês que explora a pós-modernidade. Em "O Tempo das Tribos" (2006), ele discute a fragmentação social e a busca por pertencimento, dialogando com a construção de identidade.
Elisabeth Roudinesco
Roudinesco é uma historiadora e psicanalista francesa. Em "A Família em Desordem" (2003), ela analisa as transformações familiares modernas, relacionando-se com a impermanência e a busca por significado nas relações humanas.
Joel Birman
Birman é um psicanalista brasileiro que explora a subjetividade contemporânea. Em "Mal-Estar na Atualidade" (2014), ele discute o sofrimento psíquico moderno, alinhando-se com a ideia de desejos e frustrações.
Maria Rita Kehl
Kehl é uma psicanalista e escritora brasileira. Em "O Tempo e o Cão" (2009), ela analisa a depressão na contemporaneidade, relacionando-se com a busca por satisfação e a frustração mencionada no texto.
Que religiões concordariam com o texto?
O texto explora temas como a impermanência, a busca por significado, a aceitação das frustrações e a celebração da vida como ela é. Algumas religiões e tradições espirituais que poderiam concordar com essas ideias incluem:
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Budismo: O budismo enfatiza a impermanência (anicca) e a natureza transitória de todas as coisas. A prática budista busca a aceitação da realidade como ela é, promovendo a ideia de viver no presente e encontrar paz na aceitação da impermanência.
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Taoismo: O taoismo valoriza a harmonia com o fluxo natural da vida (Tao) e a aceitação das mudanças. A filosofia taoísta incentiva a adaptação ao mundo em constante mudança e a celebração da simplicidade e espontaneidade.
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Hinduísmo: Algumas escolas do hinduísmo, como o Vedanta, enfatizam a aceitação da vida como uma série de experiências transitórias e a busca por um entendimento mais profundo da realidade, além das ilusões do desejo.
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Espiritualidade New Age: Muitas práticas espirituais New Age enfatizam a importância de viver no presente, aceitar a impermanência e buscar um significado pessoal e coletivo na vida cotidiana.
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Jainismo: O jainismo também reconhece a impermanência e promove a ideia de desapego dos desejos materiais, buscando a paz interior e a harmonia com o universo.
Essas tradições compartilham a ideia de que a aceitação da impermanência e a busca por significado além dos desejos imediatos podem levar a uma vida mais plena e equilibrada.
A umbanda concorda com o texto?
A Umbanda, como religião brasileira que sincretiza elementos de várias tradições espirituais, incluindo o catolicismo, espiritismo, religiões africanas e indígenas, pode encontrar pontos de concordância com o texto em algumas áreas:
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Impermanência e Aceitação: A Umbanda reconhece a natureza transitória da vida e a importância de aceitar as mudanças e desafios como parte do crescimento espiritual. Essa visão está alinhada com a ideia de aceitar a impermanência e viver plenamente cada momento.
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Busca por Significado: A prática umbandista enfatiza a busca por equilíbrio espiritual e harmonia com o mundo espiritual. A ideia de encontrar significado e propósito na vida, independentemente das circunstâncias, ressoa com a mensagem do texto.
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Celebração da Vida: A Umbanda celebra a vida através de rituais, cânticos e danças, valorizando a conexão com o divino e a comunidade. Essa celebração da vida e gratidão pelos momentos presentes está em sintonia com a proposta do texto de viver com alegria e aceitação.
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Coletividade e Comunidade: A Umbanda valoriza a comunidade e o trabalho coletivo para o bem-estar de todos, o que se alinha com a ideia de tecer alegria coletivamente à medida que vivemos nossas vidas.
Embora a Umbanda possa não enfatizar explicitamente todos os conceitos do texto, muitos de seus princípios espirituais e práticas culturais podem encontrar harmonia com as ideias de aceitação, celebração e busca por significado presentes no texto.
O espiritismo de Allan Kardec concorda com o texto?
O Espiritismo, conforme codificado por Allan Kardec, compartilha algumas ideias que podem ressoar com o texto proposto:
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Impermanência e Progresso Espiritual: O Espiritismo ensina que a vida na Terra é transitória e que o espírito evolui através de múltiplas existências. Essa visão de impermanência e progresso contínuo está alinhada com a ideia de aceitar a transitoriedade da vida.
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Busca por Significado: O Espiritismo enfatiza a importância de buscar o crescimento moral e espiritual, encontrando significado nas experiências de vida e nos desafios enfrentados. Isso se relaciona com a ideia de viver cada momento da melhor maneira possível.
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Aceitação das Dificuldades: A doutrina espírita sugere que as dificuldades e desafios são oportunidades para aprendizado e evolução espiritual. Essa perspectiva de aceitar as frustrações e desafios como parte do crescimento pessoal está em sintonia com o texto.
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Celebração da Vida e Gratidão: O Espiritismo valoriza a vida como uma oportunidade para o desenvolvimento espiritual e promove a gratidão pelas experiências vividas, o que se alinha com a ideia de celebrar cada momento.
Embora o Espiritismo tenha suas próprias doutrinas e ensinamentos específicos, muitos de seus princípios sobre a natureza transitória da vida, a busca por significado e a aceitação das dificuldades podem encontrar harmonia com as ideias apresentadas no texto.
Que religiões não concordariam com o texto?
Identificar religiões que não concordariam com o texto pode ser desafiador, pois muitas tradições religiosas têm interpretações internas variadas e podem encontrar pontos de concordância ou discordância dependendo da perspectiva adotada. No entanto, algumas religiões ou interpretações religiosas podem ter dificuldades em aceitar certas ideias do texto, como a impermanência e a celebração da vida sem expectativas. Aqui estão algumas possibilidades:
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Cristianismo Ortodoxo: Algumas interpretações do cristianismo enfatizam a vida eterna e a permanência das verdades divinas, o que pode contrastar com a ideia de impermanência e transitoriedade como aspectos centrais da vida.
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Islamismo Tradicional: Certas interpretações do islamismo podem enfatizar a submissão à vontade de Deus e a busca por uma vida após a morte, o que pode não ressoar com a ideia de celebrar a vida presente sem expectativas de algo além.
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Judaísmo Ortodoxo: Algumas tradições dentro do judaísmo ortodoxo podem focar na observância de leis e tradições eternas, contrastando com a ideia de que a alegria e o significado são construídos coletivamente e de forma transitória.
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Hinduísmo Tradicional: Certas escolas do hinduísmo que enfatizam o dharma (dever religioso e moral) e a ordem cósmica podem não concordar com a ideia de que a alegria é algo que se tece coletivamente sem uma estrutura divina ou cósmica.
É importante notar que dentro de cada religião existem múltiplas interpretações e práticas, e muitos fiéis podem encontrar maneiras de harmonizar suas crenças com as ideias do texto. Além disso, o diálogo inter-religioso frequentemente revela que há mais pontos de convergência do que de divergência entre diferentes tradições espirituais.
Camille Paglia
Paglia é uma crítica cultural americana que defende a importância da arte clássica. Em "Imagens Cintilantes" (2000), ela argumenta pela permanência dos valores artísticos clássicos, contrastando com a ideia de transitoriedade cultural.
Theodore Dalrymple
Dalrymple é um escritor britânico que critica a cultura moderna. Em "A Vida na Sarjeta" (2001), ele argumenta que a cultura contemporânea promove a decadência moral, opondo-se à celebração da vida como proposta no texto.
John Gray
Gray é um filósofo político britânico que critica o humanismo progressista. Em "Cachorros de Palha" (2002), ele argumenta contra a ideia de progresso humano contínuo, contrastando com a visão otimista de celebração da vida.