Mais Reflexões

Acredito que somos criaturas nascidas de um ato de amor e que carregam em si este amor ativo que nos impele às relações profundas com a criação.

Por vezes nos perdemos em nosso próprio processo de espiritualização, de desenvolvimento de nossa capacidade amorosa. 

Outro dia me perguntaram como sei se Deus existe.

Fiquei pensando no assunto. 

Acho que não acredito muito neste Deus externo, uma entidade reguladora da vida e da existência.

Fiquei pensando sobre o significado de ser simples e o peso desta forma de ser em um mundo muito complexo.

Estará perdido ou terá passado sem que tenha sido significado de forma profunda por nós?

Fiquei pensando sobre esta ideia de catalogação de nossas ações. Talvez este catálogo seja a própria resposta da criação Às nossas ecolhas, pensamentos, sentimentos e ações.

O que seria uma relação exitosa?

Parece que à medida que nossa compreensão aumenta os tempos mudam e com estas mudanças, as responsabilidades se transformam.

Gosto de pensar em perdão divino como o ato de dar sempre, sem limites ou restrições, mas sempre na medida de nossa capacidade de aproveitamento e entendimento.

Julgar e entender parecem dois conceitos importantes para este movimento relacional em relação ao outro e a nós mesmos.

Parece que sentimos um incômodo constante em nossas existências, como se soubéssemos de um ambiente mais feliz a que, por alguma razão, temos o acesso negado.

Lembrei de uma reflexão realizada pelo filósofo Mário Sérgio Cortella sobre ser importante.

Segundo ele, quando somos importantes as pessoas nos importam para dentro delas. 

Acho que a ingenuidade é uma característica necessária da imaturidade. Ela nasce do desconhecimento, da falta de visão ampla...

De alguma forma todos nós somos ingênuos e imaturos em relação a alguém. 

Fiquei pensando nesta decisão sobre o que guardamos e porque o fazemos.

De certa forma, aquilo que é guardado tem alguma importância. 

Talvez represente um mistério que sentimos a necessidade de desvendar.

Lembrei muito da sabedoria socrática 

"só sei que nada sei"

Estar consciente de nosso desconhecimento, da enormidade de possibilidades e de conhecimentos que estão além daquilo que conhecemos talvez seja um caminho importante para ficarmos em paz.

O amor possível em prática em todos os níveis da vida. 

Acredito neste procedimento inclusive como caminho de fortalecimento do amor possível e de ampliação da capacidade de amar.

Somos reconhecidos pelas marcas que deixamos no mundo enquanto somos nós mesmos! 

Acho inclusive que o mundo é, em algum nível, de alguma forma, a expressão de quem somos.

Movidos pela certeza de que há uma realidade muito maior do que nossas consciências são capazes de alcançar, achamos consolo, esperança e força para seguir em frente mesmo diante do desconhecido que nos causa medo e incerteza.

Relacionar viola, peito humano, mágoa,  mistério e dimensão existencial. Um bom desafio se que me manter restrito à citação e permitir que a subjetividade emerja deste contexto...

Uau!

Talvez ser orgulhoso seja uma etapa necessária de nossa caminhada.

Quantos princípios relacionais importantes para o estabelecimento da felicidade e da paz estão relacionados nesta reflexão!

É interessante sentir como a centralidade da tradição católica e de outras vertentes cristãs é importante na definição de nosso pensamento ocidental e, consequentemente geolocalizado em um quadrante temporal da história.

A prática do dia-a-dia me ensina que viver com significado é uma forma de ter mais qualidade de vida....

É interessante observar que costumamos pensar que "os opostos se atraem" mas também pensamos que "os semalhantes se atraem"...

Seria uma incompatibilidade em nossa forma de pensar as relações?

Acho que esta prece me levou a um lugar de desconforto e reflexão!

Confesso minha grande dificuldade em penetrar em algumas estruturas de pensamento. Acho que carrego conceitos muito rígidos em meu coração e reconheço a necessidade de reflexão e debate sobre alguns temas...

Como será que materializamos o nosso amor?

Será que conseguimos amar a pesar da forma como o outro nos ama ou nos ignora?

Será que nosso amor consegue ser incondicional e romper até mesmo as barreiras impostas pelo outro?

Talvez possamos pensar em paciência como a concessão de nossos egos para que o outro seja quem é e tenha espaço para se desenvolver a seu tempo, talvez até mesmo contanto com nosso apoio.

Que são tempos difíceis além de momentos em que nossos modelos de ser, de sentir e de pensar a vida são colocados sob questionamento por não serem capazes de responder adequadamente a circunstâncias emergentes e importantes que não podem ser resolvidas?

Gosto de pensar que o mal é uma expressão imperfeita, uma ação de alguém que desejou o bem mas que ainda não conseguiu dar forma adequada a esse desejo por desconhecer e não estar capacitado, embora carregue em si o potencial de realização.

Quando nos propomos a amar, nós nos propomos a nos harmonizarmos com uma vibração universal que proporciona um campo coletivo de experimentações onde todos somos solidários.

Não tenho certeza se temos condições de acessar uma Verdade única. 

Acredito que nossa pequenez e descohecimento sobre nós mesmos e sobre o mundo nos coloca em uma condição de parcialidades, de verdades intermediárias e condicionadas, de interpretações e de inferências.

Gosto muito de pensar sobre a ideia da humildade. 

Na minha concepção, ser humilde está relacionado a recohecer meu real tamanho e possibilidades. 

Gosto de pensar que o amor está na base de tudo. Desta forma, não há nada além do amor em suas mais simples, energéticas e potentes expressões.

Desta forma, se aceitamos o amor, descobrimos a vida em potencial e a essência de tudo

Me apeguei à ideia do que Deus espera de nós para realizar esta reflexão.

Será que realmente sabemos o que é esperado? Ou materializamos estas metas a partir de nossas intuições e capacidades imaginativas?

Seguimos um processo de aprimoramento contínuo de nossas habilidades, capacidades e conhecimentos. 

A todo momento estamos nos reinventando, integrando novas possibilidades e ampliando entendimentos.

Confesso que fiquei incomodado com o uso do tempo passado na conjugação dos verbos para a formulação do pensamento. 

Sinto-me mais confortável com algo do tipo:

"Como o pai me ama, também eu vos amo; Permanecei no meu amor. Amemos uns aos outros"

Este amor que em sua expressão idealizada por nós tem a capacidade de nutrir e de fortalecer!

Chegará um dia em que amaremos sem apego, amaremos de forma generosa, não egoísta e nem orgulhosa!

Gosto de pensar nesta linha da elevação coletiva como soma das elevações individuais.

Parece muito lógico que nos responsabilizemos por nossos movimentos de crescimento, o único campo onde podemos verdadeiramente nos responsabilizar e agir.

Fiquei pensando neste medo que temos de cometer erros. 

Estamos sempre desejando o caminho certo e uma trilha isenta de erros para não sofrermos consequências penosas.

Será que ainda é fruto desta ideia de que somos punidos por nossos erros?

O amanhã pertence aos realizadores de hoje. 

Será que dirigimos nossos amanhãs?

Acho que a percepção de tempo e recurso esbanjado nasce de dois aspectos importantes.

E se tudo aquilo que vemos como mal e sombra for só o fruto da carência do bem?

Desconhecimento presente que faz com que vejamos o mundo de forma distorcida!

Penso que o que vivemos com emoção, com inteligência e com reflexão expressa a essência do amadurecimento espiritual em qualquer lugar. 

Mas será que a expressão do amor não seria a própria busca de sentido?