Um equilibrado estado de saúde comportamental no homem sempre decorrerá da boa aceitação das ocorrências do dia a dia, nada obstante as dificuldades que, de um para outro momento repontam, convidando-nos à reflexão, à fé, a maturidade …….
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muita paz
Saúde comportamental é um assunto que não domino, mas talvez seja possível considerar a ideia geral de saúde proposta pela OMS, a Organização Mundial de Saúde.
"Saúde é o estado dinâmico de completo bem-estar físico, mental,
espiritual e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade"
Por outro lado, o Dicionário Oxford Languages nos diz, através do Google, que comportamento seria a maneira de proceder de uma pessoa em relação a outra(s), especialmente com referência às regras de boas maneiras.
Mas o que seriam as regras de boas maneiras?
Penso que seja um acordo social, um acordo coletivo de formas de proceder nas relações. Talvez alguns exemplos facilitem o entendimento do conceito.
Em determinada época, meninas não podiam usar calças e não deveriam cruzar as pernas ao sentar. Seria, naquela época, em uma determinada sociedade, um equívoco comportamental não observar tal regra. A mulher reincidente talvez fosse vista e tratada como portadora de adoecimento comportamental...
Em algumas culturas orientais, na nossa contemporaneidade, receber um cartão de visita, segurá-lo com as duas mãos e lê-lo atentamente, seria considerado como atenção às boas maneiras. Mas e se não tivermos mais cartões de visita ou se aquele que o recebe for cego? Haveria uma transgressão grave aos usos e costumes locais?
Curiosamente vejo meninas e mulheres usando calças e os cartões de visita estão entrando em desuso.
Definir saúde comportamental e, consequentemente, a doença comportamental, a meu ver, exigiria também considerarmos os processos naturais de evolução do comportamento, que se adequa para fazer frente às mudanças que os avanços sociais, científicos, religiosos, tecnológicos, filosóficos e artísticos, entre outros, promovem.
Os avanços de tecnologias de reconhecimento facial, os dispositivos vestíveis, os perfis de redes sociais e os serviços na nuvem substituirão, possivelmente, os cartões de visita em algum momento.
Hoje sou capaz de imaginar uma câmera digital em meus óculos conectada ao meu celular, com inteligência artificial e acesso à internet, registrando automaticamente a foto de todas as pessoas que apertam a minha mão direita com um anel capaz de ler o DNA das pessoas através do toque. À medida que as mãos são apertadas, o celular identificaria a pessoa, atualizaria minha agenda de contatos e apresentaria nas lentes dos óculos um breve histórico da pessoa, baseado em seus perfis sociais e registros civis que estaria dirigido para o contexto em que nos encontramos.
Seria necessário apertar as mãos das mulheres ao invés de beijá-las ou apenas acenar com a cabeça; eu seria obrigado a apertar as mãos de todos os que estivessem na reunião e andaria com um frasco de álcool no bolso, mas poderia manter uma das mãos sempre livre; me contrapondo à tradicional troca de cartões de visita em algumas culturas orientais. Novas boas maneiras seriam estabelecidas.
Desta forma, de maneira prática, preocupo-me com a definição de saúde comportamental, que pode ser usada para julgar e descartar pessoas que não compartilhem dos mesmos acordos sociais dominantes em determinados círculos sociais. Os transgressores seriam pessoas comportamentalmente doentes, pessoas à frente do tempo relacional ou apenas estrangeiros à cultura local?
Por que teriam que se submeter à posição cultural dominante?
Mas não realizei esta problematização por acaso. Quero pensar sobre aceitação...
Saúde seria a capacidade dinâmica de manter um estado de completo bem-estar simultaneamente em diversas áreas da vida.
Cada momento da vida traz dinâmicas e exigências distintas; algumas delas de sobrevivência, que podem exigir negação, confronto, desarticulação, reconstrução e mudança.
A boa aceitação proposta diz ao meu coração sobre a nossa capacidade de resiliência adaptativa, ou coping em inglês, apresentada por Azarus & Folkman em 1984 como:
"Um conjunto de esforços, cognitivos e comportamentais, utilizado pelos indivíduos com o objetivo de lidar com demandas específicas, internas ou externas, que surgem em situações de stress e são avaliadas como sobrecarregando ou excedendo seus recursos pessoais."
Aceitar, a meu ver, carrega uma carga significativa de exigências essenciais à sobrevivência. Deve vir, portanto, repleto de olhar crítico, de esforço adaptativo, de flexibilidade relacional, de abertura ao novo, de inovação. Não é uma postura passiva.
Uma pessoa plena de saúde comportamental sente-se confortável com os cenários de mudança nas diversas áreas da vida. Ela seria física, mental e socialmente capaz de adaptar-se frente às demandas sem se sentir reprimida, desconfortável ou estressada de forma permanente.
Como saúde também fala de ausência de doenças e enfermidades, conforme a OMS, eu diria que a saúde comportamental também deve abraçar a superação de traumas relacionais e a autoconsciência sobre comportamentos de generalização e projeção. Mas a reflexão ficaria muito longa se abordarmos este assunto agora. Quem sabe surja a oportunidade em outro dia.
Saúde comportamental é um assunto que não domino, mas talvez seja possível considerar a ideia geral de saúde proposta pela OMS, a Organização Mundial de Saúde.
"Saúde é o estado dinâmico de completo bem-estar físico, mental,
espiritual e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade"
Por outro lado, o Dicionário Oxford Languages nos diz, através do Google, que comportamento seria a maneira de proceder de uma pessoa em relação a outra(s), especialmente com referência às regras de boas maneiras.
Mas o que seriam as regras de boas maneiras?