A Ilusão da Onipotência: Consequências da Negação dos Limites Humanos
346/2024 - O Preço da Onipotência Humana346 - 2024 (11/12/2024)MensagemHumanamente falando, a única coisa que nos separa de nossos objetivos é a nossa capacidade de agir, ter fé, força de vontade e de acreditar em dias melhores.
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muita pazReflexãoProvocativamente, eu diria que talvez precisemos pensar também sobre os limites da humanidade.
Sendo a humanidade um subconjunto de algo muito maior, que talvez transcenda nossa capacidade humana de compreensão, a ação, a fé, a força de vontade e a crença em dias melhores talvez não seja suficiente para que nossas ideações se concretizem.
Manifestamos todo o potencial criativo humano, assim como toda potência humana executiva, quando mobilizamos a nossa humanidade. Mas talvez não sejamos capazes de subverter leis constitutivas do universo para acessarmos todos os nossos desejos e ideações.
Não sendo deuses, estaríamos preparados psiquicamente para trabalhar com a limitação? Estamos abertos a lidar com frustrações e impossibilidades?
Será que temos questionado qual é o limite humano de ação sobre o universo?
Acredito que nos últimos séculos temos negado este limite intransponível, até mesmo porque o espaço de ação humana até ele é tão amplo, que também se define como infinito!
Mas esta aposta, a de sermos deuses sobre o universo, talvez esteja nos cobrando elevado preço espiritual, psíquico e até mesmo físico...
Em busca da fruição sem limites, temos ferido irmãos em humanidade, devastado o planeta e reconfigurado as relações existenciais. Há quem acredite que estamos gerando a nossa própria extinção.
Talvez consigamos colonizar outros planetas antes que este seja inviável para a vida humana. Talvez consigamos criar estações espaciais seguras para grandes volumes de população. Há chances consideráveis de que nossa inventividade encontre soluções capazes de reverter a ameaça à vida.
Entretanto, se garantirmos a sobrevivência diante destas adversidades, teremos perdido a humanidade? Teremos nos igualado aos deuses?
Humanamente falando, acredito que precisamos considerar mais a própria humanidade em nossas ideações, projetos, sonhos, desejos e utopias. Talvez estes limites que se impõem sobre nós sejam lembretes importantes para não nos perdermos de nós mesmos no processo de superação das adversidades.