Sempre que navego por orações que atribuem caráter de pessoa ao sagrado me recordo do pensador Allan Kardec que, em meados do século XVII, procurou olhar para o sagrado com olhar científico.

É dele uma das proposições mais instigantes: Que é Deus? Causa primária de todas as coisas.

É difícil saber como é Deus e, consequentemente, talvez seja igualmente difícil pensarmos em seus atributos, caraterísticas e potenciais.

Penso que nos sentirmos amados, pode significar nos sentirmos plenamente integrados ao universo através dos fluxos energéticos de maior potência que estejam acessíveis a nós.

Colocar nosso coração nesta causa primária talvez possa ser pensado como tentativa de estabelecermos como direção de nossas vidas a plena integração, o desconhecido, o infinito e o impermanente. 

Aceitar os limites de nossa percepção e de nosso entendimento, prescindir do controle absoluto sobre as coisas e estar aberto à dinâmica da vida que exige adaptação constante, é ritmo desafiador para a humanidade; mas talvez seja o caminho de integração a ser buscado por nós.