Confesso que fiquei bastante reflexivo sobre a ideia de liberdade.

Diante da necessidade de sobrevivência, presos ou limitados pela inevitabilidade da morte, seremos realmente livres?

Circunscritos por necessidades relacionais, regulamos nossas expressões para garantir o pertencimento...

Limitados pelo próprio corpo, vemos limites claros ao ir, ao vir e ao permanecer...

Inconscientes sobre nós mesmos, vivemos aprisionados às nossas mentes que alimentam o ego, dificultando voos mais elevados...

Nossos esforços mais incríveis, sempre limitados por nossas capacidades, por necessidades relacionais e pela urgência de fugir da morte, parecem ser incapazes de nos levar a esta plena liberdade...

Parece que o simples existir material é um redutor de liberdades...

Mas eu gosto desta ideia do amor como ferramenta de libertação relativa. Mesmo restritos por limites biológicos, existenciais e relacionais, parece que o amor soma potências e agrega possibilidades.

Talvez o sistema energético que surge na presença do amor coloque as existências limitadas em um plano secundário, libertando nossas mentes para vivermos intensamente a relação amorosa.

Conferindo-nos significados, valores e realidades que transcendem os limites existenciais do ego, talvez o amor nos permita viver o infinito relacional irrestrito através das relações, o que poderia ser calmante e pacificador...