Uau!

Viver é um desafio sublime!

Por que será que esta afirmação empresta tanta verdade às nossas mentes e corações?

Será que vivemos ansiosamente sob a expectativa do que nos falta, tentando atingir uma vida projetada sem dores e dificuldades?

Talvez estejamos presos às consequências de nossas escolhas passadas e nos apeguemos exageradamente a um passado que não pode ser mudado...

Culpas e ansiedades fazem com que nos descolemos da realidade e, muitas vezes, ficamos com uma dificuldade intensa para significarmos positivamente o que vivemos agora, com todas as potencialidades, mistérios e alegrias...

Talvez o processo de tomada de consciência de nós mesmos e consequente desenvolvimento da capacidade de metacognição tenha nos trazido a um ponto em que é difícil desapegarmos do que foi e do que talvez seja um dia.

Tomados pela ilusão de controle absoluto do universo, queremos ser Deuses sem podermos sê-lo. Sofremos com as limitações que a vida nos apresenta...

Tenho trabalhado intensamente para sentir que viver é um presente sublime que se realiza todos os dias sem que seja necessário fazer esforços.

Existo, logo, sou presenteado com a vida; esta bem-aventurança que guarda em si o potencial de muita felicidade e integração ao sagrado. Desde que estejamos abertos a não exercer o controle, e a aceitar que há um mistério residentes para além de nossas mentes lógicas e racionais.

Talvez se decidirmos viver ao invés de avançar, celebrar ao invés de lamentar, integrar ao invés de segregar; possamos nos sentir em comunhão plena com o sagrado.

Talvez o grande desafio seja exercitarmos a autossuperação que coloca nossos egos em um plano menor para libertar nossos espíritos para voos elevados e transcendentes.

Já vivemos hoje. Mas será que reconhecemos o sublime que existe no nosso tempo presente?