Meu olhar para a palavra cuidado como alerta me coloca em um lugar de risco, de perigo e, portanto, de medo.

Será que poderíamos trocar por atenção ou até mesmo omitirmos o alerta? 

Acredito que quando não agimos por medo e coação a vida fica mais plena...

Quando sabemos sobre as qualidades do pensamento passamos a ter poderosa ferramenta de realização à nossa disposição.

Se o que pensamos estabelece a base de nossa existência, nos aproximando de nossas intenções e da concretização delas no mundo, podemos iniciar um processo interessante de autoconhecimento ao registrarmos e analisarmos o que pensamos.

Estes pensamentos podem ser vistos como o eco de nossa essência espiritual, de nossas intenções e de nossos desejos.

Perceba que inverti a questão e proponho uma abordagem mais psicanalítica/espiritual do que uma abordagem operativa no mundo concreto.

Nossos pensamentos surgem na mente inconsciente, a partir de nossos desejos, sonhos e medos mais profundos que, muitas vezes, estão ocultos à dimensão consciente do ego protetor que serve ao inconsciente como agente no mundo concreto.

Estarmos atentos ao que pensamos nos ajuda a compreendermos o que somos realmente. Quais são nossos desejos? Onde residem nossos medos e resistências? O que norteia o meu existir e que, frequentemente, confronta a mente racional e pensante? A partir destas perguntas talvez possamos acessar o pensamento da transcendência da consciência, quando nos percebemos além da aparente coerência do existir ofertada pelo pensamento.