Lembrei do refrão de uma música do período da ditadura no Brasil: 

"Vem, vamos embora. Que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora. Não espera acontecer."

Da Música "Para não dizer que não falei das flores" de Geraldo Vandré.

Acredito quer um dos maiores desafios que enfrentamos é a decisão entre partir e ficar, fazer e não fazer, seguir e esperar...

Acredito que o ritmo certo é aquele que gera coerência em nosso coração. Talvez optemos pela ação e posteriormente descubramos que não deveríamos ter agido, mas o que seria de nosso sentimento se tivéssemos o impulso de agir e não agíssemos?

Quantas ansiedades e culpas nascem pela falta de coerência entre nosso fazer e a nossa vontade...

Por isso defendo a ideia de que a terapia especializada, que pode incluir a oração, deve nos apoiar no estabelecimento de coerência entre a vontade e o fazer, harmonizando o sentimento, mas, principalmente, no lidar com as consequências de nossas escolhas.

Erraremos e acertaremos no processo. Nesta caminhada desenvolveremos sabedoria que nos ajudará nas tomadas de decisão futuras e no ajuste de nossas vontades.

Talvez não exista um tempo, uma hora e um lugar definidos corretamente antes da ação ou da inação. Por certo apenas a decisão e suas consequências, que nos levam ao crescimento e à maturidade para enfrentarmos as consequências de nossas escolhas, para celebrarmos os acertos e para aprendermos com os erros.

Sem lamentações pela incapacidade de acessarmos o resultado ideal, celebremos o que é possível e vivamos dinamicamente a vida.