Sem dúvida precisamos sentir a vida com mais poesia, esperança, confiança e positividade. Especializados na identificação de riscos e ameaças, facilmente mapeamos tudo a partir do risco apresentado para nosso desejo.

Usamos nossas experiências, conhecimentos e vivências nesta análise, o que também não facilita o processo de mudança de olhar. Carregando traumas, dores e desesperanças causadas pelas reiteradas frustrações que a vida causa em nossas idealizações imaturas, talvez nem sejamos capazes de reconhecer o olhar poético e positivo diante da vida.

Ansiosos crônicos, queremos controlar tudo para garantir um futuro que talvez nunca se concretize. Plantamos frustrações, traumas e dores de forma consciente, embora não proposital...

Tomados pelo desejo de fruição inabalável, queremos matar a dor, que está pertinentemente presente em nossas vidas. Esquecidos de que a dor inevitável nos convoca a mobilizar nosso potencial de transformação, talvez estejamos buscando passividade, inação e estagnação.

Que respostas temos oferecido à dor que nos atinge? Lamentamos? Nos revoltamos? Ou já somos capazes de mobilizar esforços para acatar o momento e seguir em frente de forma empreendedora e criativa apesar das dificuldades?

Essa escola para os olhos, que penso que seja uma escola para todos os sentidos, mas também para a nossa capacidade interpretativa do que é percebido, existe. Mas talvez estejamos nos esforçando para passar de ano com a nota mínima, deixando de aproveitar o ambiente de aprendizagem oferecido pela vida.