Fiquei pensando sobre sorte. 

Certa vez me disseram que sorte é o resultado visto pelo outro do esforço que alguém fez.

Já pensei que sorte é aquilo que atende às nossas expectativas, por vezes de maneira surpreendente.

Há, entretanto, aqueles eventos surpreendentes que nos causam surpresa, apresentando facilidades e resolução de problemas.

Não sei ao certo a que sorte Marisa Monte se refere neste trecho da música Feliz, alegre e forte, mas fiquei pensando sobre este olhar otimista e positivo diante da vida.

Reconhecer-se feliz, alegre e forte pode ser um caminho facilitado para olharmos para o mundo e reconhecermos belezas e recursos, ou seja, caso prefiramos, um caminho facilitado para termos sorte.

Neste sentido, me pergunto:

Sou feliz, alegre e forte porque tenho sorte? Ou tenho sorte porque sou feliz, alegre e forte? 

Pessoalmente gosto de pensar na segunda alternativa. Sendo felizes, nos sentindo alegres e fortes, tendemos para uma visão de mundo otimista, menos neurótica e mais positiva. 

Esta visão tem uma conexão muito potente com as ideias de confiança, de aceitação e de fé, princípios importantes para nos fundarmos na vida por vigorosos pensamentos com traços de religiosidade, conectados ou não a alguma religião.

Mas será que conseguimos nos posicionar com alegria e força diante da vida? Nos reconhecemos felizes ou preferimos nos especializarmos nas sombras, nas dores e nas dificuldades?