Acredito que vemos o mundo conforme somos. As lentes que usamos para definir a realidade estão especializadas em nossa essência, com todas as virtudes, defeitos, parcialidades, medos, desejos e aspirações que construímos.

Se não nos aceitamos, como perceberemos o mundo de forma aceitável?

Talvez este seja o principal aspecto para a falta de paz íntima! 

Nossa insatisfação em relação ao que vivemos e percebemos pode impulsionar mudanças, inovações e prosperidade, mas pode trazer também conflitos, inquietação, insatisfação, medo, revolta, ansiedade, raiva, etc.

Mudar pode ser positivo, mas podemos, e talvez devamos, avaliar nossos motivadores! 

Mudo por insatisfação com a realidade? 

Desejo alterar a realidade porque percebi possibilidades melhores?

Sinto necessidade de impor minha marca na história?

Discordo da forma como a realidade é conduzida e desejo impor meu modelo?

Qual é o custo da mudança?

Quem se beneficia com a mudança?

Quem se prejudica no processo de transformação?

Eu acredito que, ao encontrarmos a nós mesmos no trajeto de construção de mudanças, estaremos criando possibilidades de apaziguar angústias, ansiedades, insatisfações e desejos em relação ao coletivo em que estamos integrados.