A coisa principal da vida não é o conhecimento, mas o uso que dele se faz
Deus não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos.
*+288-077*
Muita paz
O conhecimento nos dá condições de agirmos melhor sobre as questões que já estão presentes em nossas vidas.
Tocados pelo desejo de fazermos melhor, com mais consciência, eficiência e eficácia, nós buscamos o conhecimento.
Por vezes invertemos esta ideia e passamos a viver pelo conhecimento, sem o compromisso de aplicá-lo.
Fico pensando se a complexidade da vida, o medo do erro e a busca por uma ação perfeita não estarão na base desta inversão...
Muitas vezes, movidos pela escassez de recursos, pela culpa de erros passados, tomados pelo medo de gerar danos e pela possibilidade de sermos excluídos da sociedade por novos erros, sinto que freamos nossa ação, a aplicação do conhecimento.
Há, sem dúvida, um sentimento de responsabilidade nesta forma de pensar a realidade, mas me parece inegável o fato de que muitas vezes caminhamos lentamente devido ao excesso de zelo que acaba justificando uma busca mais ampla de conhecimento e criando uma cultura do conhecimento pelo conhecimento.
Tendo separado a busca do conhecimento de sua aplicação prática, muitas vezes tornamos abstrata a ação e fundamos a busca do conhecimento como ação em si.
Acredito que este movimento nos trouxe grandes possibilidades de progresso, mas parece que começamos a entrar em uma nova etapa de nosso processo de humanização.
Como trazer mais prática e objetividade para nossas vidas? Como teorizar menos e agir a partir dos conhecimentos que já produzimos? Como buscar novos conhecimentos a partir das necessidades que se apresentam de forma ágil e eficiente?
Talvez hoje o pêndulo da vida esteja rumando na direção da prática, da ação, do esforço aplicado.
Já não sei se a coisa principal da vida é o uso que fazemos do conhecimento ou a busca por novos conhecimentos ou pela ampliação dos que já estão disponíveis.
Parece-me que há um equilíbrio dinâmico entre conhecer e fazer que funcionam como extremos de um movimento pendular.
Neste revezamento de olhares e focos percebemos a vida prosperando e revelando complexidades antes inimagináveis.
Os ciclos do movimento pendular reduziram-se, pessoas se especializaram, a busca do conhecimento tornou-se um fazer, esforços coletivos coordenados são cada vez mais necessários e seguimos buscando felicidade, conforto e estabilidade.
Penso que estabelecemos a geração de prosperidade material e espiritual como as coisas principais da vida e aceitamos a busca e a aplicação do conhecimento nas ações diárias como ferramentas importantes neste processo.
Mas na base de tudo isso fica a questão que acredito seja vital em toda esta reflexão. Para além da vida, que intensões estão nos motivando ao movimento pendular de geração de prosperidade? Com que intensões mobilizamos nossas ações e buscas de conhecimentos?
Talvez esta questão estrutural deva estar mais presente em nossas vidas, mais evidente em nossas ações e em nossas buscas. Acredito que ela será capaz de nortear nossas decisões estabelecendo paz e bem-estar em nossos íntimos.
O conhecimento nos dá condições de agirmos melhor sobre as questões que já estão presentes em nossas vidas.
Tocados pelo desejo de fazermos melhor, com mais consciência, eficiência e eficácia, nós buscamos o conhecimento.
Por vezes invertemos esta ideia e passamos a viver pelo conhecimento, sem o compromisso de aplicá-lo.
Fico pensando se a complexidade da vida, o medo do erro e a busca por uma ação perfeita não estarão na base desta inversão...