128/2022

Cura pressupõe doença. Algo sobre o qual construimos uma expectativa de funcionamento que não se concretizou; que, por algum motivo, parou de funcionar ou que nunca funcionou corretamente conforme nosso entendimento.

Buscamos a cura para os nossos males, para nossas dores e incômodos físicos, psíquicos e espirituais.

Nos sentimos tumultuados pelas emoções que nos despertam e nos cobram atitudes diante da vida.

Nos sentimos magoados e constrangidos porque não tivemos nossas expectativas satisfeitas por terceiros que acreditamos devessem nos servir.

Talvez nos julguemos incapazes de prover às nossas  próprias expectativas e acabemos atribuindo a responsabilidade da cura a entidades externas e mais poderosas do que nós.

Talvez nos julguemos superiores e merecedores de favores externos que nos resguardem da precariedade gerada por nós mesmos.

Talvez não queiramos nos responsabilizar pelas escolhas que fizemos.

Mas e se todas as nossas dores forem oriundas de nosso desconhecimento, de nossa ignorância e de nossa dificuldade de nos posicionarmos de forma adequada na criação?

Talvez nossas dores e incômodos não sejam mal funcionamento e sim o correto funcionamento de um sistema universal que nos desafia a crescermos espiritualmente nos responsabilizando por nossas escolhas, capacidades, deficiências e esforços. 

Talvez o que é esperado é que assumamos o mérito de nossas construções para sermos livres.

Neste sentido, talvez não possamos pensar em cura e sim em aprendizado, aperfeiçoamento e superação.

Talvez os males que sofremos sejam os obstáculos misericordiosamente colocados em nossos caminhos para que nos percebamos melhor e transformemos nossas posturas diante do mundo.

Talvez seja melhor nos habilitarmos a não nos ferirmos mais antes mesmo de atingirmos a cura total dos ferimentos anteriormente conquistados por nossas escolhas e manifestações imperfeitas.

Talvez as próprias dores sejam a solução para os males que nos afligem!

Acredito que somos abraçados pela justiça e pela misericórdia o tempo todo. Mesmo quando estamos desatentos ou ainda não nos mobilizamos para pedir ajuda.

Acredito na Providência Divina que providencia tudo o que necessito para que eu construa minha liberdade e felicidade. Não consigo imaginar desassistência e nem a necessidade de pedirmos ao criador recursos ou curas.

Será que reconhecemos nossas responsabilidades? Será que somos capazes de aceitar nossos lados sombra? 

Ou será que preferimos seguir como vítimas desassistidas da Providência Divina que clamam por socorro nas horas difíceis?

Somos capazes de assumirmos todos os recursos entregues pelo universo e construirmos com eles uma bela história de vida, liberdade e felicidade.

Só precisamos nos conscientizar disso e trabalharmos arduamente para superar o que precisa ser superado.

No caminho aprenderemos a valorizar os pequenos gestos da vida que ocorrem sempre a nosso favor e a jornada será menos penosa e muito mais frutífera.

Aprenderemos a resolver nossos dilemas, a equilibrar nossas emoções e a não construírmos mágoas.

A gratidão será sentimento frequente em nossos atos e pensamentos. Nós não nos sentiremos mais suplicantes diante do universo da abundância que nos responde na medida exata do que conseguimos apreender. 

Seremos almas livres, responsáveis pela construção de nosso próprio aprendizado

Cura pressupõe doença. Algo sobre o qual construimos uma expectativa de funcionamento que não se concretizou; que, por algum motivo, parou de funcionar ou que nunca funcionou corretamente conforme nosso entendimento.

Buscamos a cura para os nossos males, para nossas dores e incômodos físicos, psíquicos e espirituais.

Nos sentimos tumultuados pelas emoções que nos despertam e nos cobram atitudes diante da vida.

Nos sentimos magoados e constrangidos porque não tivemos nossas expectativas satisfeitas por terceiros que acreditamos devessem nos servir.