Há de chegar um dia em que as nações se hão de unir numa fraternidade universal e trabalhar de mãos dadas para o bem do universo.
o amor há de ocupar o lugar do ódio, banindo do mundo a guerra, a vingança, o egoísmo e a avareza.
+138-227
muita paz
Talvez a dificuldade resida na definição de passos muito distantes! Eu citaria Francisco de Assis, ou algum gênio desconhecido cuja pensamento é atribuída a Francisco de Assis pois nunca achei o texto original de sua fala.
"Diante do impossível, comecemos pelo que é posssível."
Se conseguirmos atingir uma união planetária já teremos realizado grande feito em nossa humanidade, que ainda está circunscrita ao planeta Terra e que tem dificuldades de compreender as relações deste com o restante do sistema solar.
Em algum momento muito distante seremos capazes de ouvir a voz do universo e de compreendê-lo com mais propriedade. Neste momento talvez possamos nos relacionar melhor com o que está fora de nosso planeta e então a fraternidade universal será de extrema importância.
Em algum momento seremos capazes de apreender as dimensões meta-físicas da existência e então poderemos falar de uma fraternidade qu transceda as dimensões materiais de nossa existência planetária e humana.
Mas, por hora, sinto que precisamos conseguir gerar uma fraternidade histórica, com nosso próprio passado e confraternizarmos com as conquistas de outrora.
Acredito que o trabalho solidário e fraterno que una a humanidade material da Terra depende de nossa capacidade de compreendermos e aceitarmos nossa propria história, nossos acertos e desacertos do passado que nos trouxeram até o ponto em que estamos mas que determina tantos conflitos e dificuldades.
Olhamos para o outro considerando todas as etiquetas que ele carrega. Sua etinia, sua nascionalidade, a cultura que professa, os gostos que construiu, etc. Quando fazemos isso, optamos por nos relacionarmos fraternamente e em profundidade com aqueles que carregam grande número de etiquetas similares às que carregamos.
Criamos times, grupos, associações e clubes que protejam nossas identidades e acabamos estabelecendo barreiras para nos relacionarmos com o diferente.
Acredito que precisamos preservar nossa identidade e até mesmo afirmá-la sempre que possível. Mas para atingirmos a capacidade de vivermos em uma fraternidade planetária, trabalhando em equipe, precisaremos ser capazes de nos relacionarmos como iguais a pesar das diferenças.
Talvez tenhamos que rever a forma como usamos nossas etiquetas e os motivos pelos quais estabelecemos nossos grupamentos humanos. Talvez não seja uma questão de preservação e de sobrevivência mas sim de respeito e de reconhecimento.
Reconhecer as diferenças e celebrá-las talvez seja uma maneira de caminharmos rumo a uma fraternidade planetária que se construirá primeiramente pelas fraternidades locais e posteriormente se ampliará para uma única fraternidade.
Fraternidade dos parentes de uma família, Fraternidade dos residentes de um prédio, fraternidade entre torncedores de times, fraternidade entre pessoas de diferentes idades, fraternidade entre pessoas de gêneros diferentes, fraternidade entre pessoas com escolhas afetivas distintas.
Talvez precisemos pensar no possível pequeno para alcançarmos o impossível gigantesco da fraternidade universal.
Mas seremos capazes de sermos fraternos com as pessoas que são diferentes de nós e que convivem conosco diariamente?
Seremos capazes de sermos fraternos com nosso passado, com nossos erros e imperfeições?
Há uma distância quase intransponível entre o Eu que sou hoje e o eu que quero ser um dia. Distância quase tão grande quanto a que separa o Eu que sou hoje do Eu que fui ontem.
Talvez, de alguma forma, o diferente de minha idealização desperte em mim a necessidade de reconhecer o que fui e o que sou e, por isso, seja tão doloroso aceitá-lo a meu lado.
Talvez o passo possível no momento seja trabalhar a aceitação e a compreensão imediata sobre mim mesmo. Aceitar minha imperfeição, minha impermanência e minha fragilidade.
Fazendo isso me aceito no presente e me aproximo de quem sou realmente sendo capaz de compreeender melhor a idealização que intento para mim mesmo e os caminhos de chegar lá de forma fraterna. Meus erros serão mais toleráveis e conseguirei aceitar meu Eu passado com maior facilidade.
Neste trajeto paro de projetar minhas não aceitações no outro e torna-se mais viável construir a fraternidade com aqueles que estão à minha volta escrevendo suas próprias histórias que são diferentes das minhas.
Assim vamos construindo uma rede fraterna a partir de quem somos e que se encontra com a rede fraterna do outro que é quem é e conseguimos traçar uma fraternidade local coletiva a pesar das diferenças.
Com o tempo talvez sejamos capazes de gerar uma fraternidade terrestre capaz de trabalhar com mais solidariedade rumo à compreensão do que é ser além da Terra e além da matéria.
Talvez a dificuldade resida na definição de passos muito distantes! Eu citaria Francisco de Assis, ou algum gênio desconhecido cuja pensamento é atribuída a Francisco de Assis pois nunca achei o texto original de sua fala.
"Diante do impossível, comecemos pelo que é posssível."
Se conseguirmos atingir uma união planetária já teremos realizado grande feito em nossa humanidade, que ainda está circunscrita ao planeta Terra e que tem dificuldades de compreender as relações deste com o restante do sistema solar.