Como é maravilhoso este poder do amor que alivia todos os fardos e floresce todos os caminhos ásperos.
Que seria da humanidade sem o amor que tudo suaviza e faz do próprio sacrifício uma alegria e uma paz.
+151-214
muita paz
Em uma primeira leitura entendi que o amor faz com que os caminhos ásperos brotem. Confesso que fiquei parado nesta dimensão por um tempo, embora esteja imaginando que a ideia proposta seja a de que o amor faz nascerem flores nos caminhos ásperos tornando-os mais suaves.
Acabei me apegando ao papel do amor!
Será que sua função é apenas a de suavizar os trajetos e esforços?
Por carregar uma ideia mais ampla de amor, confesso que sempre me surpreendo com a expectativa que fazemos sobre o amor como algo ameno e dulcificante em nossas relações.
Será que existe amor na construção dos caminhos ásperos a que temos que nos sujeitar? Será que estes caminhos também podem ser arquitetados por amor?
De certa forma consigo perceber o amor que se manifesta de formas exasperadas e por vezes desesperadas.
Vejo o amor de mãe que bate como medida educativa, o amor que se distancia para que o outro tenha espaço, o amor que cala para reduzir conflitos e o amor que fala gerando desconforto e mal estar em momentos importantes da vida.
Me acostumei a pensar no amor como potência vigorosa que envolve de alguma forma com o objetivo de cuidar e de fazer frutificar. Este amor que, por vezes, pode ser amargo e que pode frustrar expectativas, mas que tem como propósito ajudar mais do que atrapalhar.
Amor que muitas vezes acaba atrapalhando mas que é cheio de boas intensões e que se constrói na medida que a fonte pode entregar e o destino pode receber. Este amor dedicado que muitas vezes precisa do tempero do tempo para ser melhor percebido e compreendido.
Acho que, de certa forma, o amor pode ser como as tempestades que vergastam as árvores forçando-as a enraizamentos profundos que acabarão garantindo acesso a nutrientes diferenciados e longos anos de vida mesmo diante das chuvas que lavam o solo desgastando-os.
Por isso me animei com a ideia do amor que cria caminhos ásperos por reconhecer que há momentos em que precisamos de caminhos ásperos para nos construirmos.
Será que conseguimos ver o amor sempre presente e preponderante nas nossas relações existenciais?
Será que conseguimos perceber o propósito maior que é nosso amadurecimento e o papel estimulante e acolhedor que o amor traz nos alinhando a este propósito exatamente pelos meios que somos capazes de perceber?
Talvez o grande mistério para acessarmos o amor divino seja este. Talvez possamos seguir com mais tranquilidade na vida quando conseguirmos perceber o amor mesmo nos caminhos ásperos sem flores.
Lembrando a música Tocando em Frente de Almir Santer:
'É preciso amor para poder pulsar. É preciso paz para poder sorrir. É preciso chuva para florir..."
Há amor nos desertos áridos assim como há amor nos campos floridos. Penso que jamais estamos desassistidos de amor mas que, por vezes, queremos fugir do propósito de nossas exstências por não compreendê-lo com clareza.
Há momentos em que queremos colo, em que nos sentimos cansados e desejosos pelas flores que não vemos.
Que nestas horas possamos resgatar a esperança e seguir em frente na certeza de que o amor nos abraça de alguma forma.
Em uma primeira leitura entendi que o amor faz com que os caminhos ásperos brotem. Confesso que fiquei parado nesta dimensão por um tempo, embora esteja imaginando que a ideia proposta seja a de que o amor faz nascerem flores nos caminhos ásperos tornando-os mais suaves.
Acabei me apegando ao papel do amor!
Será que sua função é apenas a de suavizar os trajetos e esforços?
Por carregar uma ideia mais ampla de amor, confesso que sempre me surpreendo com a expectativa que fazemos sobre o amor como algo ameno e dulcificante em nossas relações.