Não é sábio priorizar futilidades em detrimento das reais necessidades.
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muita paz
Gosto muito de conversar sobre o necessário, o supérfluo e o fútil à luz da jornada de autoconhecimento.
A quem cabe estas classificações?
Normalmente tendemos a atuar como agentes externos propondo classificações para cenários em que não somos os agentes.
Outras vezes assumimos escalas de valores propostas por agentes externos e agimos de forma conflituada em relação a estas escalas porque elas não representam nossos valores.
Percebe-se que há uma necessidade de diálogos e negociações quando falamos de ações, projetos, proposições e ideias coletivas.
É preciso estarmos muito atentos neste cenário porque facilmente assumimos posições de conflito ao questionarmos ou ao tentarmos impor nossas escalas de valores sobre escalas usadas coletivamente e até mesmo individualmente.
Olhamos para um determinado cenário, aplicamos nossa escala de crenças e valores, medimos o grau de relevância, definimos a necessidade real e realizamos a classificação. A partir daí criamos narrativas e ações que "forcem o mundo" na direção do que julgamos importante.
Mas o que torna algo fútil?
Talvez aí entre a questão da sabedoria aplicada!
Será que temos nossa escala de crenças e valores claramente definida e a aplicamos com frequência aos nossos esforços e prioridades?
Será que a escala que usamos é coerente com nossos valores e princípios?
Acredito que ninguém priorize futilidades, desperdícios e esforços desnecessários.
Talvez tenhamos dificuldade de perceber que a escala usada é diferente da nossa!
Talvez tenhamos dificuldades em assumir nossa escala de crenças e valores diante da sociedade.
Talvez nossas priorizações estejam atendendo necessidades reais e importantes, mas que estão no campo do inconsciente. Questões que não estão claras para nós mesmos, os atores da ação podem causar muita confusão até serem bem compreendidas pelos seus atores.
É sábio buscar conhecer o que nos move; nossos valores.
É sábio buscar assumir o que é importante para nós.
É sábio dar voz às nossas necessidades individuais.
É sábio sabermos o que é essencial e o que pode ser flexibilizado para nós.
É sábio definirmos limites claros para as falas, ações e classificações externas a nós no que diz respeito ao nosso empenho diante da vida.
É sábio estarmos abertos ao diálogo com o outro. Negociar soluções para os conflitos entre escalas de valores pode ser um caminho importante para a geração de prosperidade coletiva. Chamo isso de Liberdade e Respeito.
É sábio conhecermos nossas carências. Assim identificamos quando elas surgem sob a forma de ações violentas de imposição de nós mesmos sobre o outro ou sob a forma de submissão exagerada e até mesmo de anulação de nós mesmos em favor do outro para nos sentirmos aceitos e seguros.
De ordinário, a única coisa que penso como uma real necessidade é a busca de nós mesmos, de nossa singularidade e da expressão dela no mundo de forma respeitosa, responsável e absolutamente autônoma.
Mesmo que tais expressões não façam sentido para outras pessoas e possam ser classificadas por elas como futilidades; que tais expressões sejam nossas utilidades bem vividas e que somem aprendizados aos nossos processos singulares e individuais de significação de nós mesmos diante do mundo. Acredito que só assim geramos felicidade.
Que percebamos que fútil é tudo aquilo que não nos acrescenta, que não diz respeito à nossas escalas de crenças e valores.
Que percebamos que o que nos é fútil pode não o ser para outras pessoas.
Que nós possamos abrir mão sempre daquilo que não é importante para nós a fim vivermos o essencial com a maior intensidade possível!
Que possamos nos ocupar de nossas ações, pensamentos, sentimentos e crenças; mesmo quando desagradem a escala de crenças e valores de outras pessoas.
Gosto muito de conversar sobre o necessário, o supérfluo e o fútil à luz da jornada de autoconhecimento.
A quem cabe estas classificações?
Normalmente tendemos a atuar como agentes externos propondo classificações para cenários em que não somos os agentes.
Outras vezes assumimos escalas de valores propostas por agentes externos e agimos de forma conflituada em relação a estas escalas porque elas não representam nossos valores.
Percebe-se que há uma necessidade de diálogos e negociações quando falamos de ações, projetos, proposições e ideias coletivas.