Deus justo e fiel, somos teu povo, tem misericórdia e acolhe nosso coração ferido e enfraquecido pelo nosso próprio erro.
*tua graça é que nos sustenta, teu amor é que nos fortalece e guia para a conversão *
senhor, queremos permanecer teu povo para sempre.
+317-048
muita paz
Acho que esta prece me levou a um lugar de desconforto e reflexão!
Confesso minha grande dificuldade em penetrar em algumas estruturas de pensamento. Acho que carrego conceitos muito rígidos em meu coração e reconheço a necessidade de reflexão e debate sobre alguns temas...
A ideia de fidelidade a algo ou alguma coisa, em meu coração, conjuga-se com aquele que é menor. Tenho muita dificuldade de pensar Deus sendo fiel a alguma coisa...
Entendo que, quando somos fiéis, nós nos rendemos a uma ideia, a um princípio ou a uma pessoa que julgamos ser superior a nós.
Se consideramos Deus como uma causa primária, como sendo uma potência que antecede e que governa a tudo e a todos, como pensá-lo fiel a alguma coisa?
Sendo Deus a origem, todas as regras de funcionamento da criação lhe cabem e, portanto, as ideias de justiça, de fidelidade e de misericórdia, a meu sentir, são difíceis de serem articuladas.
Normalmente pensamos a justiça como algo duro e implacável, que se firma a qualquer custo, sem exceções, e que pune aquele que desrespeita as regras e normas estabelecidas exigindo compensações para os danos gerados ao sistema em funcionamento.
Acho que fundamos o conceito de misericórdia para abrandar a ideia de justiça e passamos a depender dos favores divinos concedidos através da misericórdia porque sofremos com a justiça que não leva em consideração nossa imperfeição e incapacidade momentâneos.
Será que queremos um Deus fiel que execute a justiça de forma implacável mas que seja flexível e misericordioso quando nós manifestarmos arrependimento e desejo de quitarmos nossos débitos perante a lei?
Mas e se o que nos rege for a certeza de que estamos em caminho de crescimento e que, para crescermos, precisamos de tutela e apoio para despertar e desenvolver nossos potenciais?
Talvez a justiça não tenha relação com fazer com que a lei se cumpra e sim com a garantia dos recursos necessários para que despertemos e cresçamos...
Nesta linha de pensamento não há misericórdia e nem justiça punitiva! Há lições que nos conduzem à superação de nossos próprios limites que se manifestam conforme nossas condições de melhor aproveitamento.
Sustentados pelo amor e conduzidos por uma sabedoria superior a nós, receberíamos no tempo adequado o que precisamos para darmos os próximos passos no ritmo que formos capazes de perceber e melhor aproveitar...
Talvez a grande conversão que nos seja demandada seja sair de um sistema punitivo/vingativo para adentrarmos um sistema educativo que considera a evolução como algo natural e inevitável porque a lei é de pleno amor e plena felicidade.
Talvez a fidelidade seja algo que devamos cobrar de nós mesmos. Fidelidade a este mundo onde o amor e a compreensão imperam e sustentam a todos de forma indiscriminada e abundante gerando ambientes de aprendizado que conseguimos compreender e usar.
Acho que esta prece me levou a um lugar de desconforto e reflexão!
Confesso minha grande dificuldade em penetrar em algumas estruturas de pensamento. Acho que carrego conceitos muito rígidos em meu coração e reconheço a necessidade de reflexão e debate sobre alguns temas...
A ideia de fidelidade a algo ou alguma coisa, em meu coração, conjuga-se com aquele que é menor. Tenho muita dificuldade de pensar Deus sendo fiel a alguma coisa...
Entendo que, quando somos fiéis, nós nos rendemos a uma ideia, a um princípio ou a uma pessoa que julgamos ser superior a nós.