351/2022

Tenho a impressão de que pensamos carregar a chave das portas da felicidade do outro. 

Mas recordo-me de minha avó que dizia que se conselho fosse bom, vendia-se. 

Acredito que, de alguma forma, nosso julgamento e nossos conselhos carregam uma grande chance de serem desprovidos de autoridade e de conhecimento de causa porque não estamos na pele do outro. Vemos o mundo através de nossas próprias lentes.

Aconselhamos, compartilhamos conhecimentos, projetamos o caminho de êxito do outro e realmente nos importamos com ele.

Mas será que realmente temos tanto poder e autoridade sobre a vida do outro?

Pergunto isso porque percebo que muitas vezes temos dificuldade em implantar a felicidade em nossas próprias vidas!

Talvez não sejamos tão especialistas em felicidade quanto julgamos ser...

Ou estaremos esperando intervenções do outro para nos dar aquilo que não conseguimos conquistar?

Estaremos projetando nossa felicidade através do outro? Querendo viver nossas vidas através da vida do outro?

Perguntas por certo inquietantes...

Talvez a melhor conduta, a mais eficaz para a felicidade do outro, seja deixar que ele enunmere o que precisa para ser feliz e busquemos apoiá-lo nesta construção.

Talvez a chave para a nossa felicidade seja reconhecermos o que precisamos para sermos felizes e partilharmos esta carência e estes sonhos com o outro permitindo que ele mobilize esforços para nos ajudar.

Aceitar a autoridade do sujeito sobre sua própria felicidade pode ser empoderador e libertador. Talvez a maior prova de amor que podemos dar.

Tenho a impressão de que pensamos carregar a chave das portas da felicidade do outro. 

Mas recordo-me de minha avó que dizia que se conselho fosse bom, vendia-se. 

Acredito que, de alguma forma, nosso julgamento e nossos conselhos carregam uma grande chance de serem desprovidos de autoridade e de conhecimento de causa porque não estamos na pele do outro. Vemos o mundo através de nossas próprias lentes.

Aconselhamos, compartilhamos conhecimentos, projetamos o caminho de êxito do outro e realmente nos importamos com ele.