Quando a pessoa deixa de interpretar os acontecimentos deste mundo e o decurso do seu destino, sua vida mergulha na insignificância e na falta de sentido.
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muita paz
Atualmente, à medida que estudo, reflito e me aproprio de conhecimentos psicanalíticos, vou estabelecendo pontes com a dimensão espiritual e sinto-me profundamente impactado com palavras livremente colocadas que trazem pesos de desvalorização das experiências vividas.
Me parece que seguimos em uma batalha intensa para fazermos o consciente estabelecer-se sobre o inconsciente e, a partir daí, dominar o jogo da vida! A ideia de insignificância e de falta de sentido talvez se dê ao nível consciente apenas.
Para uma singularidade espiritual que, de alguma forma, transcende as dimensões da consciência e da matéria, mesmo estes momentos não interpretados no curso de uma vida podem apresentar importantes conquistas.
Hábitos transformados, atavismos ressignificados, campos fluídicos, energéticos e espirituais reestruturados seriam apenas algumas possibilidades importantes para uma vida não interpretada conscientemente enquanto acontece.
Penso que, no comando de todo o processo de uma vida, há o comando singular do espírito que se expressa predominantemente de forma inconsciente. Talvez ele viva a consciência encarnatória com objetivos específicos, mas não conscientes...
Seria arrogância de nossa parte considerarmos que nossas interpretações da vida são conclusivas, definitivas e determinantes. Talvez apresentem um exercício importante para o espírito, mas estarão sempre guiadas por aspectos inconscientes e espirituais a que não temos acesso.
Considero este ponto também quando lembro de pessoas vivas, mas limitadas em suas habilidades cognitivas.
Qual a significância de uma vida vegetativa e inconsciente?
Qual a significância de uma vida colhida pela loucura ou pela esquizofrenia que limitam consideravelmente a capacidade consciente de interpretação?
Que dizer daqueles que vivem com danos significativos no cérebro, aparentemente incapazes de expressar consciência?
Acredito que todas as experiências são válidas e importantes. São sempre significantes e portam sentido. Nosso desafio talvez seja o da humildade que aceita um comando e uma diretriz que estão além de nossos movimentos conscientes.
Defendo a ideia de que nossas vidas podem ser plenas de aprendizados e de construções, mesmo quando nos isentamos de análises e interpretações. De alguma forma sempre somos espiritualmente beneficiados.
Atualmente, à medida que estudo, reflito e me aproprio de conhecimentos psicanalíticos, vou estabelecendo pontes com a dimensão espiritual e sinto-me profundamente impactado com palavras livremente colocadas que trazem pesos de desvalorização das experiências vividas.
Me parece que seguimos em uma batalha intensa para fazermos o consciente estabelecer-se sobre o inconsciente e, a partir daí, dominar o jogo da vida! A ideia de insignificância e de falta de sentido talvez se dê ao nível consciente apenas.