🎼Pra onde você quiser eu vou🎼
🎼Largo tudo se a gente se casar domingo🎼
+140-225
muita paz
Acho sempre importante e pertinente meditar sobre a importância do ego na vida individual e na vida coletiva.
Há muitas correntes religiosas que nos falam da necessidade de anulação do ego em favor do coletivo, quando nos tornamos um só com o criador.
Há também os que defendem a existência de uma individualidade singular que se integra a um movimento coletivo sem perder sua própria individualidade.
Talvez esta reflexão possa acontecer a partir do estudo das correntes transcendentes e imanentes. Outra forma de trilhar nesta reflexão talvez seja pensarmos filosoficamente através do ateísmo e do teísmo, abrindo portas para pensarmos na importância e na permanência ou na importância e na necessidade da extinção do ego.
Mas, apesar de tudo isso, atualmente gosto de me pensar entre extremos, como observador que assume a postura de ignorância e simplesmente tenta viver o momento buscando fazer o melhor possível a partir do próprio discernimento, mas sem abdicar dos conhecimentos, acordos e discernimentos coletivos.
Desta forma, assusto-me um pouco diante de declarações em que nos propomos a anular nosso desejo, nossos propósitos e nossos ideais em favor do desejo, dos propósitos e dos ideais do outro.
Acho que foi para este lugar de reflexão que a mensagem de hoje me trouxe. Como me significar através de quem o outro é e de suas realizações e desejos?
Será que faz sentido me anular e depositar o sentido de minha existência em uma relação com o outro ignorando minhas pulsões de vida?
A partir deste questionamento fiquei me pensando também no lugar de quem recebe outras vidas de presente, como um gesto de amor. Não sei se faz sentido aceitar tamanha responsabilidade!
Conduzir a existência do outro, aceitar que o outro existe por minha causa, que está disposto a orbitar exclusivamente em torno de meus sonhos, propósitos e ideais não faz muito sentido em minha concepção.
Eu prefiro me relacionar mais intensamente com pessoas fortes, que vivem com clareza seus próprios ideais e que estão dispostas a partilhar este espaço comigo por uma via de mão dupla, onde eu também preciso partilhar um pouco meus ideais com o outro.
Neste diálogo, permito-me viver com mais diversidade, entrar em contato com o diverso e até mesmo com o adverso, que me provocam a validar meus próprios ideais e ajustar minhas próprias jornadas.
Nesta estrada de idas e vindas, sinto-me feliz e honrado quando consigo inspirar o outro sem desviá-lo do próprio caminho, sem sequestrá-lo.
Talvez tudo isso seja a expressão da minha insegurança, pois não tenho certeza de conseguir dar conta de mim mesmo, quanto mais do outro! Mas também expressa a minha necessidade de manifestar a mim mesmo no mundo. Eu acredito que seria profundamente infeliz se renunciasse a meus propósitos, mesmo que por um pequeno período.
É claro que, como disse no início desta conversa, há vários caminhos possíveis para refletir sobre o tema proposto. Mas meu coração fica muito apertado diante da possibilidade de anulação do ego e da rendição total ao outro.
Sendo a vida de relação, talvez precisemos aprender a comunicar nossas necessidades e desejos e a negociarmos soluções conjuntas que nos permitam inspirar e sermos inspirados.
Como última reflexão, deixo a pergunta que, a me ver, é essencial no estabelecimento de relações saudáveis de troca.
O que espero que o outro realize por mim? De que responsabilidades estou fugindo quando me proponho a anular meu ego em favor do outro? Que urgência está tão presente em minha busca que me leva à total rendição?
Acho sempre importante e pertinente meditar sobre a importância do ego na vida individual e na vida coletiva.
Há muitas correntes religiosas que nos falam da necessidade de anulação do ego em favor do coletivo, quando nos tornamos um só com o criador.
Há também os que defendem a existência de uma individualidade singular que se integra a um movimento coletivo sem perder sua própria individualidade.