143/2023 - O mistério do amor universal

Eu sempre tomo cuidado com as receitas propostas, principalmente no que diz respeito ao apoio para assumirmos visões sobre a vida, sobre o mundo e sobre a existência.

Confesso que não sei afirmar se é preciso existirem amores. Na realidade, me questiono se é possível que não existam amores!

Acredito na existência de um elemento primário na formação de tudo e de todos. O Amor é, para mim, essencial à existência de qualquer coisa.

Eu desconfio que nossa dificuldade de identificá-lo reside na visão egoica através da qual vemos o mundo. Tendemos a ver tudo segundo nosso próprio entendimento e estamos frequentemente fechados à contemplação de entendimentos alheios e de mistérios.

Queremos validar com o nosso próprio ego algo que é muito maior do que nossa capacidade cognitiva, e que foge à nossa capacidade de compreensão. Talvez por isso tenhamos a impressão de que nem sempre existem amores.

Eu iria ainda mais profundo neste mergulho prospectivo em busca do amor. Acredito que não só há amor em tudo, como também acredito que há um fluxo de amor natural e constante que pode ser intensificado a partir de nossa intencionalidade consciente.

O desafio é que nem sempre somos capazes de perceber e significar os amores existentes e em fluxo. Esta dificuldade pode residir, em parte, nas expectativas e idealizações que criamos em nossas mentes e que não englobam a totalidade de possibilidades de expressão e fluxo do amor.

Embora não conheça o amor em profundidade, hoje não sou capaz de imaginar um lugar mau. Este lugar sempre estará contido em um ambiente maior e harmonioso que viabiliza tais expressões vistas como expressões más com propósitos de amadurecimento espiritual dos que estão envolvidos ali. Não seria um lugar bom? Um lugar criado pela tolerância pedagógica por um ato de amor que abre espaço para que o outro aprenda a se responsabilizar por si?

Para sermos felizes, talvez tenhamos que aceitar nossa imperfeição e a condução amorosa do universo nos guiando por mistérios para crescermos. Talvez seja preciso construir confiança e devoção juntamente com a crença da existência de amores.

Eu sempre tomo cuidado com as receitas propostas, principalmente no que diz respeito ao apoio para assumirmos visões sobre a vida, sobre o mundo e sobre a existência.

Confesso que não sei afirmar se é preciso existirem amores. Na realidade, me questiono se é possível que não existam amores!

Acredito na existência de um elemento primário na formação de tudo e de todos. O Amor é, para mim, essencial à existência de qualquer coisa.