Tenha coragem de dizer não, quando o sim pode prejudicar alguém.
+144-221
muita paz
Sempre que penso em coragem sou remetido à tomada de ações audaciosas, que afrontam o senso comum, e que exigem grande mobilização de quem as toma.
Ir de encontro a alguma estrutura cultural, afrontar o sistema em favor de algo, talvez signifique lutar pelos nossos valores mesmo quando corremos riscos variados, alguns deles no campo social.
Costumo pensar que o sujeito corajoso é aquele que vê um grande valor seu em risco e que não tem mais opções de ação a não ser o enfrentamento. Sua omissão significaria ver seus valores essenciais feridos e talvez até anulados.
Trazendo esta reflexão para o pensamento proposto, talvez existam situações em que a norma social/cultural seja a geração de prejuízo para uns, definindo o corajoso como aquele que não pode admitir a geração de prejuízo naquele contexto, porque este lhe remete a uma questão essencial a si.
Mas eu fui um pouco mais adiante nesta reflexão! Por que é necessário sermos corajosos para não prejudicar alguém?
Que valores implantamos em nossos hábitos, costumes e culturas que nos colocam em contextos de intolerância e de falta de diálogo a ponto de exigir coragem para agirmos de forma diferente?
Me parece que ainda seguimos a vida por anulamentos, indiferenças, imposições e desrespeitos que convergem recursos e oportunidades para a concretização do interesse pessoal de alguns em detrimento do sofrimento de outros.
Talvez vivamos em um mundo que não é capaz de articular oportunidades para todos e que, portanto, exige a coragem de alguns diante de cenários intoleráveis.
É claro que podemos fazer diversas reflexões sobre estas ideias, pois sabemos que não é possível atender, integralmente, às necessidades de todos em um contexto de escassez onde todos nós queremos muito da vida.
Talvez a grande fronteira social e cultural que precisamos ultrapassar seja a da redução de nossas necessidades e fruições para garantir aos outros o acesso a recursos que lhes sejam essencialmente necessários. Isto exigirá muita coragem para olharmos para nós mesmos e confrontarmos nossas posições egoístas e gananciosas que se unem com a supervalorização de nós mesmos e com a objetificação do outro.
Sempre que penso em coragem sou remetido à tomada de ações audaciosas, que afrontam o senso comum, e que exigem grande mobilização de quem as toma.
Ir de encontro a alguma estrutura cultural, afrontar o sistema em favor de algo, talvez signifique lutar pelos nossos valores mesmo quando corremos riscos variados, alguns deles no campo social.
Costumo pensar que o sujeito corajoso é aquele que vê um grande valor seu em risco e que não tem mais opções de ação a não ser o enfrentamento. Sua omissão significaria ver seus valores essenciais feridos e talvez até anulados.