162/2023 - Amar sempre

Gosto de pensar que o ato de amar é a ação de colocarmos o amor que existe em nós em movimento na direção das pessoas.

Se nos reconhecemos como seres interdependentes, como seres relacionais, o amor está sempre presente.

Suas expressões mais evidentes, entretanto, podem se reduzir diante da falta de reciprocidade, da ausência de vínculos e de comprometimento.

Penso que nos propomos a abraçar apenas aqueles que estão abertos a receber abraços. Mas, para os outros, talvez possamos oferecer apenas um aperto de mãos ou um sorriso.

Seria uma forma de não nos frustrarmos diante da negativa do outro em receber e retribuir o abraço.

Mas e se pudermos fazer algo mais?

Talvez o desafio seja verter nosso amor em mesma intensidade por gestos diferentes. Nesta proposição, um abraço, um aperto de mãos, um sorriso e até mesmo uma reprimenda poderiam estar repletos de nosso bem-querer pelo outro, de nosso amor.

Mas, para isso, seria necessário reconhecermos o outro em sua singularidade e a todos no potencial de realização no universo ao largo do tempo.

Diante de nossa dificuldade em aderir a esta proposta, penso que acabamos constrangendo o fluxo de amor e ficamos com o entendimento de que o amor não dura. 

Talvez nós estejamos decidindo que o outro não é digno de nosso amor porque não correspondeu às nossas expectativas. Neste caso, nós estaríamos decretando o fim do amor e lamentando que ele acabou...

Gosto de pensar que o ato de amar é a ação de colocarmos o amor que existe em nós em movimento na direção das pessoas.

Se nos reconhecemos como seres interdependentes, como seres relacionais, o amor está sempre presente.

Suas expressões mais evidentes, entretanto, podem se reduzir diante da falta de reciprocidade, da ausência de vínculos e de comprometimento.

Penso que nos propomos a abraçar apenas aqueles que estão abertos a receber abraços. Mas, para os outros, talvez possamos oferecer apenas um aperto de mãos ou um sorriso.