166/2023 - Amor pleno

Image
AcordeiInspirado-540px
166/2023 - Amor pleno
dia do ano
166
Amor pleno
mensagem

Cuide da sua vida, lide com suas dificuldades, apare seus equívocos, aprimore sua qualidades e cure suas mágoas em vez de ciscar pela vida alheia, se incomodando com que o outro faz ou deixa de fazer.
Limpe seus olhos antes de falar sobre o cisco nos olhos dos outros.
+166-199
muita paz

reflexão

Acho que aprendemos a ver as sujeiras de nossos olhos através da sujeira nos olhos dos outros. Incapazes de nos vermos integralmente, aprendemos através do outro sobre tudo na vida, inclusive sobre nós mesmos.

Talvez por isso devêssemos ser gratos ao outro. Entretanto, ainda parcialmente conhecedores de nós mesmos, sentimos um incômodo em nós que não conseguimos endereçar adequadamente e acabamos transferindo a causa para o outro.

Neste momento de nossas jornadas, por imaturidade, talvez iniciemos a ação de estabelecer equilíbrio e bem-estar em nossas através da regulação dos agentes externos a quem atribuímos as causas de nossos desconfortos, sem percebermos que estas causas, na realidade, residem em nós.

Vejo ainda que pode ser comum percebermos claramente as causas de nossos desconfortos em nós mesmos e não consigamos endereçar esforços de mudança. Acabemos tentando despistar nossa atenção e a dos julgamentos alheios na direção do outro para seguirmos sem precisar transformar a nós mesmos.

Ou seja, investimos muita energia na negação das causas internas e no apontamento de causas externas para os nossos sofrimentos. 

Seria uma tentativa de parecermos plenos e perfeitos, parceiros ideais para viver em sociedade?

Seria uma estratégia de economia de energia e redução de riscos para a nossa existência?

Talvez possamos pensar ainda em falta de maturidade quanto ao entendimento de si e das relações com o mundo ou em grande resistência à mudança.

Para vivermos vidas espiritualmente mais ricas e plenas e acessarmos níveis de felicidade e de integração mais amplos e vigorosos, precisaremos voltar o olhar para nós mesmos e nos questionarmos o que posso fazer em mim a partir dos incômodos que registro?

Mas além do questionamento, sinto que precisaremos aplicar esforços para realizar as mudanças percebidas.

Abraçar nossa imperfeição, nossa vulnerabilidade, nossa incompletude, nossos erros e os prejuízos que produzimos na vida é parte da vida para o ser humano do terceiro milênio.

Em outra palavra mais sintética e poética, precisamos abraçar nossas sombras se queremos viver em uma sociedade sob a perspectiva de paz e prosperidade. 

E no abraço à nossa sombra é que acredito residir a ideia central do "amar ao próximo como a si mesmo" proposto pelos cristãos e pelos judeus.

Para nos amarmos precisamos reconhecer, aceitar e integrar também as nossas dimensões que refutam nossas idealizações. Precisamos ser integralmente nós mesmos para amarmos integralmente a nós mesmos e assim amarmos integralmente o nosso próximo.

Acredito que este amor integral em duas vias de realização, a nós e ao próximo, é a chave para atingirmos nossa idealização, a perfeita integração ao universo ou, se preferirmos, o amor a Deus.

reflexão

Acho que aprendemos a ver as sujeiras de nossos olhos através da sujeira nos olhos dos outros. Incapazes de nos vermos integralmente, aprendemos através do outro sobre tudo na vida, inclusive sobre nós mesmos.

Talvez por isso devêssemos ser gratos ao outro. Entretanto, ainda parcialmente conhecedores de nós mesmos, sentimos um incômodo em nós que não conseguimos endereçar adequadamente e acabamos transferindo a causa para o outro.

Mais Reflexões

Como podemos transformar incertezas e desafios inesperados em oportunidades de crescimento e aprendizado pessoal?
Como nossas escolhas e experiências moldam a identidade que acreditamos ser verdadeiramente nossa?
Como podemos transformar a fé de uma crença cega em uma força racional e autêntica que guia nossas ações e nos aproxima da verdadeira felicidade?
Como podemos encontrar novos significados e propósitos na vida quando somos confrontados com a inevitabilidade da mudança e a perda de nosso caminho original?
Como podemos encontrar equilíbrio e motivação diante da dualidade interna de luz e sombra que influencia nossos sentimentos e percepções?
Como o equilíbrio entre orgulho e humildade pode influenciar nossa identidade e relações sociais em contextos adversos?
Como podemos equilibrar o cuidado com os outros e o cuidado conosco mesmos em uma sociedade que valoriza o sacrifício pessoal?
Como podemos garantir que nosso amor pelas pessoas seja genuíno e não apenas uma busca por validação pessoal?
Como podemos superar nossas neuroses inconscientes para construir relações humanas mais autênticas e amorosas?
Como podemos transcender nossas limitações de escuta para alcançar uma conexão mais profunda com o universo e encontrar a verdadeira paz interior?
Como a perspectiva influencia nossa percepção da Terra como um lugar de calma ou agitação, e de que maneira isso reflete na nossa compreensão da humanidade e do universo?
Quando você decide ajudar alguém, o que está realmente mudando: a vida do outro ou a sua própria forma de se relacionar com o mundo?