Muitas vezes, desistir de um amor é dizer “sim” a si mesmo.
É reconhecer que nem sempre aquilo que julgamos “perfeito” é realmente ideal para nós.
É entender que alguns amores permanecerão na memória, mas nunca sobreviverão no dia a dia.
É dar chance para um caso de amor recíproco consigo mesmo.
+192-173
muita paz
Aprendi que, como seres humanos, nós buscamos a perfeição, a concretização do idealizado e a total fruição que possibilite o esvaziamento de nosso desejo, que é uma meta utópica e irrealizável em essência.
Com isso em mente, nós projetamos nossas expectativas, nos fechamos nelas como se fossem soluções definitivas e sofremos quando elas não se concretizam. Talvez este sofrimento ocorra porque desconsideremos a impossibilidade de realização plena, ou talvez porque não compreendamos o conceito de infinito...
Atualmente tenho trabalhado nesta perspectiva da idealização que existe em nós de forma natural.
Penso que idealizar, criar utopias, sonhar e desejar são forças latentes em nossas almas; forças que nos impulsionam ao desconhecido e à superação de nós mesmos. Talvez por isso sejamos os únicos animais capazes de subverter o fluxo natural das ocorrências proporcionando inovações e a definição de novos fluxos naturais.
Mas talvez estas forças que nos levam a inovar também nos aprisionem em fantasias irrealizáveis e em sofrimentos certos...
Me pergunto como é possível, sendo desconhecedores de um assunto, estabelecermos certezas sobre este assunto e usá-las para decretar verdades e concretudes.
Esta ilusão e a consequente desilusão seriam fruto de nossa arrogância ou de nossa imaturidade?
Talvez precisemos considerar que desejos, sonhos, utopias e projeções são cartas de intenção que não carregam a certeza de realização, mas que estão repletas de forças de mudança que nos tiram da inércia colocando-nos em campos de construção cheios de incertezas onde há futuros possíveis e caminhos misteriosos.
Talvez atinjamos nossos propósitos; talvez não. O que temos por certo é que algo mudará em nossas vidas ao nos colocarmos em busca de melhorias, de sonhos e de utopias.
É neste contexto que gosto de pensar o amor como inspiração para os nossos sonhos, desejos, utopias e idealizações...
Este amor que nos impulsiona a sairmos de onde estamos, que funciona como plataforma de lançamento de nossas almas rumo aos mistérios e possibilidades que o universo apresenta.
Amor que se estabelece em nossas vidas transcendendo nossas expectativas e projeções para trazer mistérios e fruições novas, caso estejamos abertos a eles.
Dar chance ao aparente acaso ou, como prefiro, aceitar as determinações de algo superior a mim sobre minha própria vida, é acolher a possibilidade de viver a intensidade do amor em mim mesmo através das relações que estabeleço com o universo; relações que talvez ainda não estejam clara e conscientemente definidas.
Aprendi que, como seres humanos, nós buscamos a perfeição, a concretização do idealizado e a total fruição que possibilite o esvaziamento de nosso desejo, que é uma meta utópica e irrealizável em essência.
Com isso em mente, nós projetamos nossas expectativas, nos fechamos nelas como se fossem soluções definitivas e sofremos quando elas não se concretizam. Talvez este sofrimento ocorra porque desconsideremos a impossibilidade de realização plena, ou talvez porque não compreendamos o conceito de infinito...