Nem sempre conseguiremos viver sem magoar alguém, mas sugiro que você assuma sua responsabilidade quando isso acontecer, e que os danos sejam os menores possíveis
Peça perdão, repare seu equívoco e tente aprender com eles.
+205-160
muita paz
Teremos realmente a capacidade de magoar alguém? Pessoalmente acredito que não.
Parto desta ideia para refletir sobre o precioso pensamento proposto.
Vivemos em um mundo relacional. Não é possível vivermos isoladamente e, por isso, minhas ações afetam a comunidade a que pertenço, da mesma forma que as ações de outros indivíduos desta comunidade também me afetam.
Mas o significado que damos àquilo que nos afeta é de nossa inteira responsabilidade. Magoar-se, alegrar-se, entristecer-se, solidarizar-se, odiar ou amar; assim como tantas outras possíveis reações, diz respeito à forma como encaramos o que nos acontece, o que nos afeta.
Nossas respostas serão amplamente lastreadas pela nossa história, pelas facilidades, dificuldades, traumas e superações que tivermos vivenciado até o momento em que fomos afetados; mas também nossas projeções de futuro, esperanças, crenças e valores ocuparão importantes papéis neste processo.
Diante de uma dor, nós poderemos ficar presos na angústia ou buscar superação. Diante de uma ofensa podemos construir ódio, ressentimento, indiferença e até mesmo perdão e esperança...
Por isso acredito que não temos o poder de magoar uma pessoa, embora possamos afetá-la de maneiras imprevistas que exijam elaboração e causem desconfortos. É a partir destas dores e desconfortos que causamos enquanto tentamos ajustar nossas próprias vidas em atendimento àquilo que julgamos necessário que eu gostaria de olhar para o pensamento proposto.
Acredito que não podemos desconsiderar o atendimento de nossas necessidades e, portanto, não me parece saudável vivermos uma vida de anulações ou de ausências relacionais para não ferirmos o outro em suas projeções, expectativas e necessidades.
Entretanto, quando percebemos os desafios que causamos ao outro, talvez possamos falar a ele de nossas próprias dificuldades e desafios. Talvez possamos dizer de nossa não-não tensionalidade em causar desconfortos, mas também de nossa prioridade em atender necessidades latentes em nossas mentes e corações;
Não cabe ao outro nos perdoar, da mesma forma que não nos cabe pedir perdão. Somos seres livres e independentes que vivem de forma integrada, afetando o outro e sendo afetados por ele.
Estar consciente da interligação e da interdependência em relação ao outro, pode nos ajudar a dirigir nossas ações de maneira mais responsável em relação ao outro, embora nos exija mais esforço no atendimento de nossas necessidades. Penso que o conselho proposto sugira este nível de ação. Ações conscientes que não consideram apenas o atendimento de nossas necessidades, mas também o impacto que este atendimento gerará em nossa rede de relações.
Buscar evitar e reduzir danos ao outro sempre que possível talvez seja a materialização da famosa regra de outro.
"Fazer ao outro aquilo que gostaríamos que nos fizessem" ou "Não fazer ao outro aquilo que não gostaríamos que nos fizessem".
Ser responsável neste contexto pode significar agirmos buscando conciliar a perspectiva individual com a coletiva; mas também buscar oferecer compensações quando esta conciliação não for necessária. Esta postura consciente nos leva à ampliação de nosso entendimento sobre a vida em sociedade e sobre nós mesmos; gerando maior maturidade individual
A manutenção desta postura consciente, responsável e respeitosa poderá reformar as instituições em que estamos inseridos. Assim ampliaremos a ideia de humanidade, promoveremos paz e geraremos prosperidade.
Que possamos viver sempre atentos às nossas necessidades e ao atendimento delas, mas também conscientes do desdobramento de nossas escolhas para a vida comunitária que nos abraça.
Teremos realmente a capacidade de magoar alguém? Pessoalmente acredito que não.
Parto desta ideia para refletir sobre o precioso pensamento proposto.
Vivemos em um mundo relacional. Não é possível vivermos isoladamente e, por isso, minhas ações afetam a comunidade a que pertenço, da mesma forma que as ações de outros indivíduos desta comunidade também me afetam.