222/2023 - Construção da fé pela aceitação da raiva

Image
AcordeiInspirado-540px
222/2023 - Construção da fé pela aceitação da raiva
dia do ano
222
Construção da fé pela aceitação da raiva
mensagem

Precisamos aprender a ser calmos, generosos, alegres; precisamos ser conscientes do bem.
Não se pode perder a fé, a paciência nem a expectativa do futuro.
+222-143
muita paz

reflexão

Tantas ideias reunidas juntas aquecem o coração e despertam a curiosidade.

Como reunir tantas idealizações quando nossos corações não conseguem sossego, quando estamos tomados de pressas, fugas, ansiedades, culpas e medos?

Lembrei de um dos cinco princípios do REIKI, que tenho buscado colocar em prática na minha vida. "Kyo dake wa Ikaruna" ou, "Só por hoje, não se zangue".

Nesta trajetória de realização, eu acabei fazendo uma releitura do "Kyo dake wa Ikaruna", passei a meditar sobre "Hoje sou calmo". Entendi que a raiva não é algo a ser combatido só por hoje! Trabalhar este sentimento é um compromisso que assumo no presente. Aceitando tudo o que já aconteceu e tendo por visão de futuro meus sonhos e expectativas, consegui compreender que a raiva que surge sinaliza uma necessidade não atendida, trata de uma carência em relação a algo muito importante para mim que vejo ameaçado.

Ser calmo, desta forma, talvez não signifique não sentir raiva, mas compreender que há uma carência que clama por atenção. Aprender a ser calmo pode significar olharmos para nossa carência, compreendermos o que nos falta e o motivo por que é importante. 

Acredito que, através deste exercício de introspecção, seremos capazes de ampliar o autoconhecimento e redirecionar a energia da raiva para realizações importantes de crescimento pessoal. 

Parece que, quando sou tomado por sentimentos como ódio, raiva e indignação, naturalmente dirijo toda energia disponível para combater o que me ameaça, o que me traz risco para o processo de atendimento de minhas necessidades. 

Muitas vezes nem conseguimos compreender bem qual é a ameaça, e nem qual é a necessidade ameaçada! Acabamos dirigindo ao ambiente externo, de forma desgovernada, energias poderosas que acabam por destruir ou afastar possíveis ofensores.

Mas estaremos realmente canalizando estas energias poderosas de forma produtiva quando sentimos raiva?

Talvez não.

Quando conseguimos identificar a nossa necessidade ameaçada e a fonte da ameaça, nós podemos dirigir a energia que temos disponível de forma produtiva. Buscamos construir algo, mesmo que, para tal, seja necessário transformar alguns aspectos da vida. A destruição que causaríamos em um acesso de raiva se transforma em energia de construção que pode transformar nossa realidade ao invés de destruí-la.

Aprender a ser calmo, desta forma, é um aprendizado que se divide em ampliar a capacidade de conhecimento e análise sobre nós mesmos e em dirigir enormes potenciais energéticos de maneira controlada e inteligente para garantirmos o que nos falta.

Quando viramos construtores, ao invés de sermos destruidores ou lutadores sem causa definida, nós acabamos nos tornando mais generosos nas relações, principalmente porque elas não são mais ameaças a serem combatidas e sim parcerias a serem cultivadas. 

Dotados de enorme potencial energético, reduzindo desperdícios e eliminando devastações, abrimos um campo relacional seguro para que o outro se aproxime, para podermos trabalhar coletivamente por meio de acordos que visem prover o atendimento das necessidades de todos os envolvidos na relação.

Atendendo às premissas relacionais demandadas pela nossa natureza humana, podemos ser mais alegres...

Talvez esta seja uma leitura mais fácil para compreendermos o que significa sermos conscientes do bem!

Aceitar os fluxos energéticos transformadores, aceitar que temos necessidades, aceitar que o outro tem necessidades, compreender a importância de prosperar ao invés de destruir, compreender a importância de nos relacionarmos ao invés de nos digladiarmos...

Conscientes de que as necessidades são atendidas com o passar do tempo, que pode ser mais ou menos longo e exigir concessões no presente, conseguimos manter nossas visões de futuro, o que alimenta nossa esperança. 

Portadores de expectativas, ou seja, portadores de um futuro, nós dirigimos nossa vontade para a busca e para a construção de nossas idealizações.  

Cultivadores do presente, assumimos o compromisso de realizarmos o melhor possível ao nosso alcance para caminharmos na direção do futuro esperado.

Portadores de passado considerável, podemos contemplar nossos ciclos de realização e as consequências trazidas por eles, o que traz clareza sobre nós mesmos, sobre nossas motivações e necessidades. Nos habilitamos a perceber melhor a realidade no tempo e a reduzir a ansiedade. Mais pacientes, exercitamos a aceitação ativa, que busca melhoria constante e progressiva.

E assim, por fim, acredito que acabamos construindo fé em nossos potenciais de realização.

reflexão

Tantas ideias reunidas juntas aquecem o coração e despertam a curiosidade.

Como reunir tantas idealizações quando nossos corações não conseguem sossego, quando estamos tomados de pressas, fugas, ansiedades, culpas e medos?

Lembrei de um dos cinco princípios do REIKI, que tenho buscado colocar em prática na minha vida. "Kyo dake wa Ikaruna" ou, "Só por hoje, não se zangue".

Mais Reflexões

Como podemos transformar o medo e a resistência em coragem e ação para realizar nossos sonhos?
Em um mundo dominado pela ansiedade do futuro e pelos fantasmas do passado, como podemos realmente viver o presente e encontrar um significado profundo na nossa existência?
Talvez o que vemos como realidade seja apenas uma parte de algo maior. O que não estaremos percebendo à nossa volta.
Talvez tudo o que precisemos para ter uma vida com mais felicidade seja o reposicionamento de nossos olhares para a vida. Como você tem visto sua vida?
Por que precisamos de tantos dias para conscientizar sobre o que não é visto? Será que temos ideia do que estamos vendo realmente?
Você já se deu conta de que talvez todas as nossas ações sejam reações a eventos que as precederam? Diante disso, como reagir com eficiência?
Em que campo escolhemos viver? Conhecimento ou sentimento? Será possível existir exclusivamente em um deles?
A maturidade traz a paz? De que depende o estabelecimento do bem-estar relacional?
Idealizar e normatizar são comportamentos humanos naturais. Mas estas normatizações serão sempre positivas para nossa saúde e bem-estar?
Falamos muito em amor incondicional. Mas este seria um conceito possível de ser implantado em uma vida dinâmica e cheia de incertezas?