Quando alguém ama e pretende ampliar esse amor, esquece-se de si mesmo, altera o rumo dos seus objetivos existencias, entrega-se sem reclamação e supera as dimensões relativas de tempo e de espaço
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muita paz
Eu diria que fiquei com muita dificuldade sobre esta proposição quando a analiso à luz da instrução essencial trazida por Jesus aos cristãos.
Segundo os escritos do Novo Testamento, quando questionado sobre uma forma de sintetizar todas as leis divinas e as humanas, Jesus teria dito que devemos amar a Deus sobre todas as coisas, mas também nos ensinou como conseguiríamos vencer este desafio propositivo.
Amarás ao próximo como a ti mesmo, este o segundo mandamento que semelhante ao primeiro - teria completado Jesus.
Se esqueço de mim mesmo, serei capaz de me amar? E se não me amo, serei capaz de amar ao próximo?
É claro que podemos analisar as recomendações à luz de várias doutrinas espiritualistas e provavelmente conseguiremos compreender melhor a proposição. Consigo ver caminhos interpretativos para esta proposta através do espiritismo proposto por Allan Kardec.
Nem quero questionar sobre a veracidade do relato, sobre a autoridade de Jesus ou sobre a coerência e assertividade da proposição. Parto do pré-suposto que este caminho do amor é um caminho válido a ser trilhado se queremos acessar gruas mais elevados de felicidade e de paz.
Pondero que há uma diferença capital entre amar-se e idolatrar-se como o centro de tudo. Talvez nesta ideia é que resida a chave.
Será que o esquecer-se de si faz referência a nos retirarmos do centro do universo?
Penso que quando formos capazes de nos percebermos como irmãos em estágios diferentes de aprendizagem, naturalmente concluiremos que nossos esforços egoicos exagerados, que caracterizam a ganância e o egoísmo, serão esvaziados.
Não acredito que exista predileção por uma ou outra criatura, mas tenho certeza de que cada criatura acessa os recursos do universo conforme suas próprias capacidades. Criaturas menos conhecedoras de si e da criação acessam o universo de forma pueril e tímida. Criaturas que conhecem em profundidade a si mesmas e à criação acessarão recursos inimagináveis para os menos conhecedores, recursos que trarão segurança, tranquilidade, paz e felicidade que não conseguimos acessar e manter de forma permanente em nossas vidas atualmente.
Eu recomendaria, provocativamente, que nos voltemos para o conhecimento e para o amor de nós mesmos, de nossa essência, que transcende as relações espaço-tempo e que estão definidas para além de nossas existências atuais.
Neste momento seremos capazes de rever em profundidade os nossos propósitos, anseios e medos. Nossos objetivos existenciais serão alterados profundamente por esta visão mais espiritual de nós mesmos e. consequentemente, nossas relações com o outro também serão revistas, plenificadas.
Amando-nos em profundidade espiritual com intensidade, seremos capazes de amar ao outro que caminha conosco da mesma forma. O amor se ampliará naturalmente, atravessará as fronteiras do tempo e do espaço...
Eu diria que fiquei com muita dificuldade sobre esta proposição quando a analiso à luz da instrução essencial trazida por Jesus aos cristãos.
Segundo os escritos do Novo Testamento, quando questionado sobre uma forma de sintetizar todas as leis divinas e as humanas, Jesus teria dito que devemos amar a Deus sobre todas as coisas, mas também nos ensinou como conseguiríamos vencer este desafio propositivo.
Amarás ao próximo como a ti mesmo, este o segundo mandamento que semelhante ao primeiro - teria completado Jesus.