O autoconhecimento coopera para que se possa discernir em torno do que é útil ou supérfluo, indispensável ou secundário à vida feliz.
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muita paz
Pelo pensamento proposto, atingimos a vida feliz através do discernimento entre útil e supérfluo, entre indispensável e secundário, mas, para realizar com tal discernimento, precisamos de autoconhecimento.
Hoje, talvez devido ao elevado grau de insatisfação vivido na sociedade, ao aumento do grau de liberdade que temos e aos avanços na psicologia e áreas afins, vemos diversas propostas semelhantes o bem diferentes desta que prometem a felicidade como recompensa para extensos períodos de esforço.
Entretanto, não tenho pensado em felicidade como uma meta a ser atingida. Acredito que a felicidade seja um estado da alma que se estabelece no presente, à medida que realizamos a vida em sintonia com as crenças, valores e objetivos que nos significam.
Neste trajeto:
- Sou feliz enquanto persigo o que é importante para mim,
- Supérfluo será tudo aquilo que me distancie de minhas crenças, valores e objetivos,
- Secundário serão todos os contextos que não contribuam diretamente com minhas crenças, valores e objetivos
Guiado pelo desejo, motivado pela necessidade de concretização do desejo, e afetado pelas dificuldades naturais da vida de relação, me imponho observações, aprendizados, experiências e vivências que possam colaborar com a continuidade do estado de felicidade vivido.
Mesmo distante da concretização do desejo, sigo em estado de felicidade a cada passo dado na direção que estimo ser a correta.
Mas esta jornada será repleta de acertos, de erros e de reviravoltas. Frequentemente serei surpreendido por aquilo que não fui capaz de prever, ou por aquilo que não fui capaz de resolver.
A cada instante, tentando realizar meu desejo de forma menos custosa, questiono as causas dos insucessos, dos sucessos e das surpresas. Crio repertório de conhecimentos e desenvolvo capacidades diferenciadas.
Nesta trajetória, uma verdadeira aventura nos mistérios da vida e de mim mesmo, amplio o entendimento sobre meu desejo, sobre meus medos, sobre meus traumas e esperanças. Torno-me mestre de mim mesmo e do mundo.
O que era útil deixa de sê-lo, tornando-se supérfluo e o que era indispensável pode se tornar secundário diante da visão mais precisa de mim e da vida; meu desejo se transforma, minhas capacidades se estendem e minha atuação sobre o mundo fica mais tonificada pelo melhor conhecimento de mim e pela melhor direção dada aos meus potenciais.
Livre de entraves antes monumentais e agora facilmente contornáveis, aumento o estado de felicidade enquanto caminho.
Mas dizem que o desejo é irrealizável, embora possamos fruir pelos prazeres com grande intensidade. Portanto, a felicidade plena talvez seja impossível e, portanto, a estrada de autoconhecimento infinita.
Eu acredito que, em algum momento, transcenderemos as barreiras das impossibilidades humanas e viveremos novos paradigmas, estágio da humanidade atingido pelo acúmulo de conhecimentos sobre si e sobre o mundo. Quando esta equação para felicidade constante poderá ter que ser revista e a felicidade plena se torne possível. Mas será necessário muito autoencontro, muito crescimento pessoal e muita felicidade vivida para alcançarmos este ponto da história.
Defendo que o ponto de partida seja o desejo e não o autoconhecimento. A simples afirmação "Eu quero..." ou "Eu desejo..." inicia o processo de busca que nos leva ao autoconhecimento e à transcendência como consequência.
Pelo pensamento proposto, atingimos a vida feliz através do discernimento entre útil e supérfluo, entre indispensável e secundário, mas, para realizar com tal discernimento, precisamos de autoconhecimento.
Hoje, talvez devido ao elevado grau de insatisfação vivido na sociedade, ao aumento do grau de liberdade que temos e aos avanços na psicologia e áreas afins, vemos diversas propostas semelhantes o bem diferentes desta que prometem a felicidade como recompensa para extensos períodos de esforço.