326/2023 - O que desejo?

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Acordei Inspirado 326/2023 - O que desejo?
326/2023 - O que desejo?
dia do ano
326
O que desejo?
mensagem

A vida não nos pede muito, apenas aquilo que podemos dar, mas muitas vezes desistimos das possibilidades em nome da comodidade.
+326-039
muita paz

reflexão

De que lugar a vida fala e dirige as existências?

De onde estamos dialogando com a vida?

Penso que a ideia de muito pode ser bem relativa, dependendo principalmente de quem faz a comparação, mas também do conhecimento e da capacidade daquele a quem o discurso se dirige. 

O pouco de alguém que já tenha concretizado sua existência, que seja uma singularidade mais madura, autoconsciente e comprometida consigo; pode ser infinitamente muito para alguém imaturo, pouco conhecedor de si.

Desta forma, para ilustrar a ideia de forma simples, morar no sexto andar de um prédio sem elevador pode não apresentar desafios para um jovem saudável, embora possa apresentar um aspecto de impossibilidade para uma pessoa idosa ou para um cadeirante...

Este questionamento me levou a perceber que hoje me apeguei à ideia dos pedidos da vida!

A ideia "a vida não nos pede muito", acionou um gatilho crítico importante para mim. O que seria muito? O que seria suficiente? O que seria pouco?

Daí, me ocorreu que talvez a vida nem nos peça nada! Pode ser que ela apenas apresente possibilidades... 

A percepção de cobrança da vida pode ser apenas uma criação nossa...

Talvez nosso maior problema nem seja a comodidade, mas a incerteza e o medo, que nos levam a querer ficar onde estamos, um lugar conhecido que supomos ser seguro.

Mas os lugares conhecidos não trazem a segurança da continuidade e nem a mobilidade adaptativa que precisamos para viver em um mundo dinâmico e cheio de impermanências...

Então, se precisamos abraçar a mudança constante:

Quais seriam as possibilidades que vemos?

Quais seriam as possibilidades que não vemos?

O que desejamos?

Como nossos desejos se conectam às possibilidades que vemos?

O que preciso investir para abraçar uma possibilidade e avançar na direção do atendimento de meu desejo?

Estas perguntas que me levaram a questionar se não estaríamos gastando muita energia buscando decifrar o que a vida quer de nós. Energia que poderia ser investida para sermos nós mesmos, conforme as possibilidades que se apresentam.

Amedrontados pelo risco de não atender ao que a vida quer, talvez vivamos estresses e criemos ansiedades, estabelecendo uma vida estática, rígida e com pouca mobilidade. 

Vida que pode ser um lugar desconfortável, mas, por certo, um desconforto conhecido e aparentemente seguro.

Mas a idade passa, os músculos deterioram, as capacidades de mobilidade se perdem e os seis andares de escada tornam-se enorme desafio, talvez até mesmo um tormento e uma prisão.

Encastelados no alto do prédio por muito tempo, passamos a temer as descidas e as subidas, deixamos de ver as possibilidades. 

Parece que tememos novos eventos e quebras de rotinas, queremos seguir uma vida constante, afirmando que nada muda. Parece que não percebemos que a vida é dinâmica e cheia de reviravoltas. 

Mas, sendo a vida um mar de possibilidades, por que temer os erros e as cobranças? 

Acredito que, diante de campos de carência em nossas vidas, precisamos investir esforços, perseguir desejos e aceitar mudanças. As restrições ocorrerão o tempo todo e não são castigos de alguém que exige que ajamos de determinada forma; são apenas características de um novo ambiente que surge como fruto de nossas ações; um ambiente que traz novas possibilidades e que nos convida a respondermos a uma pergunta básica:

O que queremos?
 

reflexão

De que lugar a vida fala e dirige as existências?

De onde estamos dialogando com a vida?

Penso que a ideia de muito pode ser bem relativa, dependendo principalmente de quem faz a comparação, mas também do conhecimento e da capacidade daquele a quem o discurso se dirige. 

O pouco de alguém que já tenha concretizado sua existência, que seja uma singularidade mais madura, autoconsciente e comprometida consigo; pode ser infinitamente muito para alguém imaturo, pouco conhecedor de si.

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