Exercita o amor em todos os seus passos.
Não te eximas de amar, de perdoar e de servir, se realmente anelas pela autorrealização
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muita paz
Autorrealização é uma palavra curiosa que traz ao meu coração alguns conceitos importantes.
Realizar-se, de certa forma, pode estar relacionado com uma espécie de liberdade e de exercício pleno do poder de expressar-se, algo que se dá, segundo algumas doutrinas religiosas, a partir da sabedoria e através do amor, para os ocidentais, ou da compaixão para os orientais.
Vejo amor e compaixão quase como sinônimos, ou talvez a compaixão como o amor colocado nas relações, algo próximo da caridade para a doutrina espírita.
É interessante observar que poder, sabedoria e amor, dentro de várias doutrinas espiritualistas, compõe o tríplice aspecto da consciência desperta, que se define para além do ego e que reconhece a plena conexão com o sagrado.
Autorrealizar-se me remete ao movimento pessoal que realizamos de forma solitária, embora solidária, de nos conectarmos com uma dimensão espiritual, que transcende as fronteiras claras do tempo e do espaço; ou da materialidade, se preferirmos nos aproximar do espiritismo de Allan Kardec.
Nos distinguirmos de nossas mentes inquietas, instrumentos de vivência no mundo, observar a realidade de um patamar distante e distinto tem o poder de nos conectar com algo maior que, de alguma forma, ordena tudo o que conseguimos alcançar com os sentidos, mas também o que está além.
Neste sentido, autorrealizar-se pode ser visto como um exercício de ressignificação da dor e de apaziguamento da nossa essência espiritual diante dela.
Esta jornada, que recebe nomes especiais em cada doutrina espiritualista, nos sugere a transformação de hábitos mentais, o controle das emoções, o desenvolvimento de sentimentos, o estabelecimento de posturas relacionais compassivas e o acesso à sabedoria cósmica que está além do simples saber racional da mente.
Autorrealizar-se, ampliar a consciência espiritual, tornar-se perfeito, tornar-se puro, acessar o nirvana, progredir, tornar-se santo, tornar-se um bodhisattva são caminhos que dialogam em meu coração como se nos conduzissem a um mesmo lugar. A paz, a serenidade e a pura expressão do amor compassivo.
Seguindo esta linha de reflexão, se desejamos a verdadeira paz, que é perene, persistente e sem limites, nós precisamos buscar a autorrealização, algo que estabelece o amor em nossas relações através do desenvolvimento da sabedoria.
Perdoar, conforme proposto pelo Cristo Jesus para os judeus, e usado como referência para diversas doutrinas cristãs no ocidente, seria a expressão mais sublime deste amor aplicado nas relações, quando somos capazes de aceitar o outro em toda a sua potência, mesmo quando suas ações nos afetem diretamente.
Servir, conforme os pensamentos religiosos de modo geral, seria integrar-se plenamente à natureza, o que exige a ação constante de entrega dos melhores potenciais possíveis ao outro, o que pode ser traduzido como trabalho útil para os espíritas.
A árvore, por exemplo, não existe apenas para si. Em sua luta por existir e perpetuar-se, ela serve a toda a comunidade, funcionando como elo integrador dos reinos mineral, vegetal e animal. Convertendo energia radiante pura em energia química consumível pelos organismos, a árvore se ocupa de orquestrar a existência integrada à natureza através de suas folhas, flores e frutos enquanto agrega o solo, fornece sombra e serve de lar.
Amar, de forma prática, poderia ser visto como o esforço que realizamos para viver de maneira plena e integrada à natureza, promovendo a vida, a transformação e o progresso enquanto crescemos e ampliamos nossas consciências.
Autorrealização é uma palavra curiosa que traz ao meu coração alguns conceitos importantes.
Realizar-se, de certa forma, pode estar relacionado com uma espécie de liberdade e de exercício pleno do poder de expressar-se, algo que se dá, segundo algumas doutrinas religiosas, a partir da sabedoria e através do amor, para os ocidentais, ou da compaixão para os orientais.
Vejo amor e compaixão quase como sinônimos, ou talvez a compaixão como o amor colocado nas relações, algo próximo da caridade para a doutrina espírita.