053/2024 - Diversas humaniades

Inquietação
É possível deixar de ser humano? Quanto sofrimento nasce no momento em que afirmamos que é posível?
Image
Acordei Inspirado 053/2024 - Diversas humaniades
053/2024 - Diversas humaniades
dia do ano
53
Diversas humaniades
mensagem

A intemperança parece algo de mínima importância.
Contudo, se formos pensar com um pouco mais de profundidade, veremos que ela chega a nos afastar até da dignidade humana.
+053-313
muita paz

reflexão

A intemperança é ato extremo daquele que se sente ameaçado e luta por quaisquer meios para sobreviver. 

Assim como animal, a pessoa com intemperança ataca quando não é possível se camuflar ou fugir diante das ameaças que são reconhecidamente maiores que ela. 

Ato desesperado, envolve riscos variados e posteriormente reclamará do corpo um tempo de recuperação.

Aprofundando ainda mais o pensamento proposto, não tenho certeza se eu seria capaz de pensar sobre a dignidade humana ligada à intemperança.

Atrevo-me, entretanto, a propor que a intemperança pode ser ação desesperada de quem tem certeza de sua humanidade e dos riscos que ela corre ao permanecer em contexto desfavorável.

A ideia de dignidade humana talvez nos aponte para a idealização, para uma expectativa criada sobre o projeto de humanidade que codificamos; idealização que talvez não considere que os seres humanos também são animais possuidores de emoções e automatismos instintivos. 

Talvez a intemperança revele nossa essência e as bases biológicas sobre as quais construímos nossas idealizações racionais e projetivas. Negá-la, a meu ver, significa negar a essência do que somos.

Quando nos perdemos de nossas origens, falseamos na definição de nossos destinos e no estabelecimento de caminhos eficientes para atingi-los.

Talvez possamos afirmar que a intemperança nos lembra quem somos, embora nos afastes da idealização de humanidade que estabelecemos coletivamente ao longo da história.

Ao ver alguém vivenciando estados de intemperança, talvez possamos nos perguntar o que podemos fazer para ajudar a este ser humano desesperado. 

Por que ele se sente sob ameaça? 

Que traumas estarão bloqueando sua adesão ao projeto de humanidade que implantamos para nós? 

Qual nosso papel neste desconforto?

O que podemos fazer para ajudar?

Negar-lhe o direito à humanidade, informando que está se afastando da dignidade humana, talvez seja decretar a extinção de um ser humano complexo e belo.

Sentir a humanidade negada talvez determine ainda mais violência diante da violação de nossa integridade humana.

Um ser humano intemperante é um ser humano em sofrimento, carente de apoio e de integração. Sua dignidade não deve ser violentada por nós através da negação do direito de agir por meio de modelos mais distantes das nossas idealizações contemporâneas de humanidade. 

reflexão

A intemperança é ato extremo daquele que se sente ameaçado e luta por quaisquer meios para sobreviver. 

Assim como animal, a pessoa com intemperança ataca quando não é possível se camuflar ou fugir diante das ameaças que são reconhecidamente maiores que ela. 

Ato desesperado, envolve riscos variados e posteriormente reclamará do corpo um tempo de recuperação.

Aprofundando ainda mais o pensamento proposto, não tenho certeza se eu seria capaz de pensar sobre a dignidade humana ligada à intemperança.

Mais Reflexões

Como podemos transformar o medo e a resistência em coragem e ação para realizar nossos sonhos?
Em um mundo dominado pela ansiedade do futuro e pelos fantasmas do passado, como podemos realmente viver o presente e encontrar um significado profundo na nossa existência?
O que você precisa controlar para se sentir seguro?
Você já pensou sobre as dores? Sem elas, onde sua vontade e seu desejo teriam chegado? O que você teria construído se não tivessse a urgência do que incomoda?
Você se sente congelado diante de situações que precisam de enfrentamento? Talvez você não esteja sozinho.
Será que podemos podemos evitar os erros e intemperanças na vida?
Será que conseguimos pensar em modelos mais integrados para existirmos no planeta?
Será possível viver amor em abundância?
Será que somos realmente independentes?
Por que oramos pedindo sempre? Será que nos sentimos desaistidos?
Talvez as maiores chances de sobrevivência estejam entre aqueles que choram. Você chora?