O amor é a única resposta sadia e satisfatória para o problema da existência humana.
+093-273
muita paz
Qual seria o problema da existência humana?
Fiz esta pergunta ao Google e ele me respondeu, entre outros conteúdos, com o link a este artigo, "O problema do sentido", que julguei bastante instigante.
Trazendo para cá as considerações iniciais do trabalho "O problema do sentido" do Prof. Dr. José Mauricio de Carvalho (UFSJ - São João del-Rei - MG) (https://www.ufsj.edu.br/portal2-repositorio/File/revistaestudosfilosoficos/art3-rev5.pdf)
"O sentido da existência humana nasce como problema filosófico da confluência de um pensamento de fundo existencial e outro de inspiração fenomenológica. “Por influência do existencialismo de Sören Kierkegaard, a subjetividade cartesiana, tornada transcendental por Kant, adquiriu conotação existencial” (CARVALHO, 1999, p. 37). Embora distintas na origem, a citada meditação de Kierkegaard sobre a existência humana e a fenomenologia de Edmund Husserl se aproximam no considerar o homem uma realidade que não se resume à sua corporalidade. De fato, o homem não deixa seu estrato material, mas sua liberdade o afasta do movimento mecânico próprio dos seres naturais. Kierkegaard refere-se diretamente ao homem em suas análises antropo-teológicas, enquanto Husserl estuda os problemas da consciência. Martin Heidegger referiu-se, na sua conhecida obra Ser e Tempo, a uma aproximação entre as duas abordagens. Ele elaborou uma analítica existencial por meio da qual esperava vencer tanto o reducionismo do positivismo quanto do idealismo presente na filosofia do século XIX. Sobre a crítica à ciência que a fenomenologia de Husserl e as posições de Kierkegaard fizeram, Heidegger a precisou indicando o valor e os limites da ciência. O movimento que surgiu na continuidade da analítica de Heidegger ganhou o nome de fenomenologia existencial ou de existencialismo fenomenológico. Nele se inserem, para indicar apenas os maiores expoentes, Jean Paul Sartre, Maurice Merleau-Ponty, Gabriel Marcel e Albert Camus na França, Delfim Santos, em Portugal e Karl Jaspers, na Alemanha. "
"Albert Camus resumiu a questão filosófica fundamental que preocupa os representantes do movimento a uma única verdadeiramente digna de ser meditada: como é o sentido da vida humana? A vida possui sentido ou o suicídio é o que se nos oferece como alternativa mais plausível às limitações da existência? Não que os problemas tradicionais da filosofia não sejam importantes para os existencialistas, mas eles ficam na dependência da resposta que se dá à questão primordial. O filósofo francês trata a questão do sentido nos romances A Peste e O Estrangeiro, bem como nas peças de teatro Calígula e Os Justos. Ao optar pelo sentido construído pelo existente coloca em evidência o problema da liberdade, pois nela reside o problema central do sentido. Este sentido da vida como produto da liberdade é assunto fundamental para os existencialistas, esclarece outro filósofo conhecido, o francês Roger Garaudy, que durante algum tempo se inseriu no movimento existencial. A vida não tem um sentido prévio ou pode ser objeto de posse como ele escreveu em Palavra de Homem. Ter sentido na vida não é o mesmo que se ter uma casa ou uma conta no banco. Seria, se assim fosse um cenário já criado, fora de nós e sem nós; teríamos apenas que representar aparentando crer em nossa liberdade. Sentido não é posse nem herança. "
A partir destas considerações iniciais do professor José Maurício, penso que seja muito difícil acharmos uma única resposta, mesmo que descartemos muitas possibilidades por não serem consideradas sadias, conceito igualmente intrigante, uma vez que a ideia de algo saudável é uma idealização de expectativas e de aspectos aparentemente favoráveis a elas
Penso que o amor seja uma resposta geral para absolutamente todos os questionamentos de nossas vidas. Ele seria, para mim, a matéria-prima de tudo o que existe. Importa, entretanto, pensarmos como ele se aplica especificamente aos questionamentos que fazemos.
Qual seria o problema da existência humana?
Fiz esta pergunta ao Google e ele me respondeu, entre outros conteúdos, com o link a este artigo, "O problema do sentido", que julguei bastante instigante.