A beleza do corpo pode até aproximar as pessoas, mas o que sustenta, de fato, um relacionamento são os atributos da alma.
+113-253
muita paz
Aproximar e sustentar me pareceram ideias chave para pensarmos as relações estabelecidas, sejam baseadas em aparência ou em atributos da alma.
Se considerarmos os conceitos espiritualistas e metafísicos de transcendência da matéria e do acesso à dimensão espiritual através da ampliação da consciência, será vital reposicionarmos nossa ética para considerarmos a predominância de aspectos imateriais e abstratos, como os atributos da alma, para sermos capazes de conquistar a felicidade.
Entretanto, podemos ter uma abordagem materialista da vida, sem considerarmos a existência de uma dimensão espiritual que se define além de nossos corpos. Mesmo neste caso, importa considerarmos que há um grau elevado de impermanência da configuração da matéria. Nossos corpos, por exemplo, crescem e envelhecem, apresentando-se de maneiras diversas que favorecem estilos de vida bastante distintos conforme o tempo passa.
Um corpo jovem e atlético performará de certa maneira em uma corrida, enquanto um corpo velho, mesmo que seja atlético, terá limitações de rendimento em comparação ao corpo jovem. Ambos podem ser eficientes, embora as expectativas e os marcadores de eficiência sejam diferentes.
Isto posto, talvez precisemos pensar quais seriam as nossas expectativas de relacionamento...
Há relações longas, que atravessam décadas e escrevem história, talvez estas precisem se basear em aspectos mais perenes que deem subsídios para a relação.
Mas também há relações curtas, caracterizadas por instantes de construção, que talvez se baseiem na instantaneidade do contexto material.
Quando buscamos relacionamentos, quais seriam nossas expectativas? A instantaneidade da relação basta, ou deverá servir como patamar para uma longa história relacional?
Desejamos viver de forma flexível, buscando momentos instantâneos que justifiquem a continuidade da relação ou desejamos escrever uma história com coesão, coerência e propósito futuro?
Desejamos ter controle do destino trilhado no tempo para atingir um objetivo? Ou nos contentamos com uma coleção de tempos presentes em que o destino está entregue ao acaso?
Tenho a impressão que a beleza presta-se aos momentos instantâneos e ao acaso, enquanto os atributos da alma prestam-se à consistência no tempo e a propósitos futuros.
Basta, portanto, termos claro em nossos corações o que realmente importa. A partir desta clareza, poderemos buscar coerência em nossas práticas relacionais.
Aproximar e sustentar me pareceram ideias chave para pensarmos as relações estabelecidas, sejam baseadas em aparência ou em atributos da alma.
Se considerarmos os conceitos espiritualistas e metafísicos de transcendência da matéria e do acesso à dimensão espiritual através da ampliação da consciência, será vital reposicionarmos nossa ética para considerarmos a predominância de aspectos imateriais e abstratos, como os atributos da alma, para sermos capazes de conquistar a felicidade.