Os lamentos não nos ajudam a seguir em frente, pelo contrário; nos exaurimos sem chegar a lugar nenhum.
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muita paz
Fiquei pensando que não só possamos chegar a um lugar diferente do que estamos se nos permitirmos elaborar o que nos falta.
Talvez o lamento seja o reflexo do desconhecimento do que realmente nos falta ou o sentimento de incapacidade quanto ao suprimento desta falta.
Enquanto lamentamos, promovemos autoconhecimento, fortalecemos o entendimento sobre nós mesmos e pedimos ajuda àqueles que estão à nossa volta.
Reconhecer-se incapaz e incompleto pode ser profundamente doloroso, embora necessário.
É preciso estagiarmos em cada lugar de nossa existência, mesmo que, para o mundo externo, não estejamos nos deslocando.
Viver nossos lutos, reconhecer nossas carências, reunir forças internas, elaborar o que precisa ser elaborado, fortalecer nossas relações conosco e com o sagrado talvez seja mais importante do que demonstrarmos sinais externos de avanço.
Quando seguimos em frente, internamente nós nos fortalecemos diante da vida, desenvolvemos nossa individualidade e geramos certezas sobre os destinos que precisamos atingir.
Os lamentos são parte desta caminhada interna, mas precisamos ter atenção para não vivê-los com a exclusividade que congela e não gera amadurecimento. Neste contexto, o acolhimento externo, a parceria de amigos e familiares, a paciência e a confiança tornam-se recursos importantes para crescermos sem, aparentemente, sair do lugar.
Se ouvimos lamentos de companheiros de jornada, abracemos e acolhamos este momento de dor e dificuldade. Talvez só consigamos medir quem somos através das relações com o outro...
Se sentimos a necessidade de lamentar, que o façamos livremente, mas com o coração aberto para receber o abraço fraterno que se solidariza com nossa dor e que deseja que nos construamos através dela.
Fiquei pensando que não só possamos chegar a um lugar diferente do que estamos se nos permitirmos elaborar o que nos falta.
Talvez o lamento seja o reflexo do desconhecimento do que realmente nos falta ou o sentimento de incapacidade quanto ao suprimento desta falta.
Enquanto lamentamos, promovemos autoconhecimento, fortalecemos o entendimento sobre nós mesmos e pedimos ajuda àqueles que estão à nossa volta.
Reconhecer-se incapaz e incompleto pode ser profundamente doloroso, embora necessário.