Ó Jesus que nos inspirais no amor, no perdão, na solidariedade.
Concedei que nossos corações se abram à vivência da caridade e sejamos capazes de ajudar e evangelizar mais com ações do que por palavras bonitas e vazias.
Que assim seja.
muita paz
+140-226
muita paz
Acho que está nascendo um novo conceito no meu coração...
"Sensibilidade subjetiva" seria a capacidade de nos identificarmos profundamente com algo a tal ponto, que ignorarmos o resto da mensagem em que este algo está presente.
Não sei se estou sendo autêntico neste conceito, mas ele representa bem o que acontece aqui no Acordei Inspirado...
Frequentemente tenho a emoção e a atenção sequestrados por um ponto em meio a um grande mural apresentado a mim por outras singularidades. Hoje fui capturado pelo termo "evangelizar"!
Nas últimas semanas tenho pensado bastante sobre ele. Decidi colocar este motor humano sobre a bancada e desmontá-lo com atenção.
Após várias pesquisas, descobri que evangelizar é um verbo amplamente empregado em diversos contextos sociais modernos, mas que tem sua origem no campo religioso do catolicismo nascente entre os séculos I e IV depois de Cristo.
O Dicionário Oxford, através do Google nos diz que evangelizar é:
"Converter (alguém) à religião, pregando o Evangelho, difundindo a palavra constante do Evangelho."
Eu diria que é converter alguém a uma religião cristã, que tem o pensamento de Jesus Cristo como base, através de pregações que difundem os pensamentos contidos nos textos católicos do novo testamento, livremente traduzidos e interpretados durante os últimos vinte séculos.
Ou seja, evangelizar é uma ação humana que nasce em algum momento após a morte de Jesus, quando seus seguidores foram reconhecidos pelo Império Romano como pensamento religioso legal; dando origem ao pensamento cristão como instituição formal.
Hoje, grandes empresas evangelizam o mercado para que ele adote suas soluções como as mais adequadas para a resolução de alguma demanda humana, o que não possui relação com o pensamento de Jesus narrado pelos apóstolos escolhidos pela Igreja Católica.
Curiosamente, várias religiões evangelizam, embora não propaguem o evangelho católico como referência capaz de dirigir os seguidores diante dos preceitos religiosos.
Minha preocupação com o uso do termo "Evangelizar" nasce ao reconhecê-lo dentro de contextos impositivos e opressores em vários momentos da história da humanidade, sendo, ainda hoje, usado como forma de controle social e estabelecimento de autoridade de certos credos sobre outros.
Diante das leituras modernas de imposição de credo, tenho tentado abandonar o uso deste termo. Hoje entendo que não nos cabe evangelizar ninguém.
Todos nós deveríamos ser livres para adotarmos nossas formas particulares e peculiares de entender o mundo sem o risco de sermos tratados como pessoas menores.
Ao contrário do que prega o antigo ditado, talvez nem todos os caminhos levem a Roma. Reconhecer isso cria amplitude para pensamentos de liberdade religiosa e de diversidade cultural.
Eu penso que o código moral de um grupo deveria servir a seus membros como guia de referência de conduta, mas não como regra de bem proceder para toda a sociedade.
Neste sentido, estabelecer condutas de tolerância, respeito, aceitação, fraternidade e solidariedade que conduzem os integrantes da sociedade à convivência pacífica e geradora de prosperidade deve ser a, a meu ver, a exemplificação prioritária em nossas vidas.
Neste sentido, eu não sei se existem palavras vazias ou palavras feias. Talvez o que exista seja a nossa incapacidade histórica de dialogar com as palavras que não conhecemos, o que pode ser um convite a nos impormos sobre o outro, ou uma abertura para ampliarmos nossos conhecimentos e capacidades relacionais.
Reconhecer Jesus como referência deveria significar acolher os ideais humanos de fraternidade, de solidariedade e de aceitação. Ao invés de considerarmos a necessidade de impor visões ao outro, podemos abrir campo em nós para sermos em sociedade, seres humanos singulares e capazes de vivermos em paz.
Talvez assim não precisemos exercer o perdão, mas a convivência e a aceitação do outro que, assim como nós, possui carências e necessidades que precisam ter o atendimento mediado para constituir-se cidadão do mundo.
Acho que está nascendo um novo conceito no meu coração...
"Sensibilidade subjetiva" seria a capacidade de nos identificarmos profundamente com algo a tal ponto, que ignorarmos o resto da mensagem em que este algo está presente.
Não sei se estou sendo autêntico neste conceito, mas ele representa bem o que acontece aqui no Acordei Inspirado...
Frequentemente tenho a emoção e a atenção sequestrados por um ponto em meio a um grande mural apresentado a mim por outras singularidades. Hoje fui capturado pelo termo "evangelizar"!