Acordei Inspirado 140/2024 - Evangelizar ou Aceitar?

Inquietação
Você sabe o que está proposto quando tentamos evangelizar alguém?
Image
Acordei Inspirado 140/2024 - Evangelizar ou Aceitar?
Acordei Inspirado 140/2024 - Evangelizar ou Aceitar?
dia do ano
140
Evangelizar ou Aceitar?
mensagem

Ó Jesus que nos inspirais no amor, no perdão, na solidariedade.

Concedei que nossos corações se abram à vivência da caridade e sejamos capazes de ajudar e evangelizar mais com ações do que por palavras bonitas e vazias.

Que assim seja.

muita paz
+140-226
muita paz

reflexão

Acho que está nascendo um novo conceito no meu coração... 

"Sensibilidade subjetiva" seria a capacidade de nos identificarmos profundamente com algo a tal ponto, que ignorarmos o resto da mensagem em que este algo está presente.

Não sei se estou sendo autêntico neste conceito, mas ele representa bem o que acontece aqui no Acordei Inspirado...

Frequentemente tenho a emoção e a atenção sequestrados por um ponto em meio a um grande mural apresentado a mim por outras singularidades. Hoje fui capturado pelo termo "evangelizar"!

Nas últimas semanas tenho pensado bastante sobre ele. Decidi colocar este motor humano sobre a bancada e desmontá-lo com atenção. 

Após várias pesquisas, descobri que evangelizar é um verbo amplamente empregado em diversos contextos sociais modernos, mas que tem sua origem no campo religioso do catolicismo nascente entre os séculos I e IV depois de Cristo.

O Dicionário Oxford, através do Google nos diz que evangelizar é: 

"Converter (alguém) à religião, pregando o Evangelho, difundindo a palavra constante do Evangelho."

Eu diria que é converter alguém a uma religião cristã, que tem o pensamento de Jesus Cristo como base, através de pregações que difundem os pensamentos contidos nos textos católicos do novo testamento, livremente traduzidos e interpretados durante os últimos vinte séculos.

Ou seja, evangelizar é uma ação humana que nasce em algum momento após a morte de Jesus, quando seus seguidores foram reconhecidos pelo Império Romano como pensamento religioso legal; dando origem ao pensamento cristão como instituição formal.

Hoje, grandes empresas evangelizam o mercado para que ele adote suas soluções como as mais adequadas para a resolução de alguma demanda humana, o que não possui relação com o pensamento de Jesus narrado pelos apóstolos escolhidos pela Igreja Católica.

Curiosamente, várias religiões evangelizam, embora não propaguem o evangelho católico como referência capaz de dirigir os seguidores diante dos preceitos religiosos.

Minha preocupação com o uso do termo "Evangelizar" nasce ao reconhecê-lo dentro de contextos impositivos e opressores em vários momentos da história da humanidade, sendo, ainda hoje, usado como forma de controle social e estabelecimento de autoridade de certos credos sobre outros.

Diante das leituras modernas de imposição de credo, tenho tentado abandonar o uso deste termo. Hoje entendo que não nos cabe evangelizar ninguém.

Todos nós deveríamos ser livres para adotarmos nossas formas particulares e peculiares de entender o mundo sem o risco de sermos tratados como pessoas menores.

Ao contrário do que prega o antigo ditado, talvez nem todos os caminhos levem a Roma. Reconhecer isso cria amplitude para pensamentos de liberdade religiosa e de diversidade cultural.

Eu penso que o código moral de um grupo deveria servir a seus membros como guia de referência de conduta, mas não como regra de bem proceder para toda a sociedade.

Neste sentido, estabelecer condutas de tolerância, respeito, aceitação, fraternidade e solidariedade que conduzem os integrantes da sociedade à convivência pacífica e geradora de prosperidade deve ser a, a meu ver, a exemplificação prioritária em nossas vidas.

Neste sentido, eu não sei se existem palavras vazias ou palavras feias. Talvez o que exista seja a nossa incapacidade histórica de dialogar com as palavras que não conhecemos, o que pode ser um convite a nos impormos sobre o outro, ou uma abertura para ampliarmos nossos conhecimentos e capacidades relacionais.

Reconhecer Jesus como referência deveria significar acolher os ideais humanos de fraternidade, de solidariedade e de aceitação. Ao invés de considerarmos a necessidade de impor visões ao outro, podemos abrir campo em nós para sermos em sociedade, seres humanos singulares e capazes de vivermos em paz.

Talvez assim não precisemos exercer o perdão, mas a convivência e a aceitação do outro que, assim como nós, possui carências e necessidades que precisam ter o atendimento mediado para constituir-se cidadão do mundo.

reflexão

Acho que está nascendo um novo conceito no meu coração... 

"Sensibilidade subjetiva" seria a capacidade de nos identificarmos profundamente com algo a tal ponto, que ignorarmos o resto da mensagem em que este algo está presente.

Não sei se estou sendo autêntico neste conceito, mas ele representa bem o que acontece aqui no Acordei Inspirado...

Frequentemente tenho a emoção e a atenção sequestrados por um ponto em meio a um grande mural apresentado a mim por outras singularidades. Hoje fui capturado pelo termo "evangelizar"!

Mais Reflexões

Como podemos transformar incertezas e desafios inesperados em oportunidades de crescimento e aprendizado pessoal?
Como nossas escolhas e experiências moldam a identidade que acreditamos ser verdadeiramente nossa?
Como podemos encontrar coragem e propósito em meio à certeza da nossa finitude?
Como podemos equilibrar o amor infinito que sentimos com as limitações de tempo e atenção nas nossas relações diárias?
Como a conexão entre autoconhecimento e perseverança pode influenciar nossa capacidade de superar desafios e alcançar o crescimento pessoal?
Como podemos transformar a devoção em um compromisso pessoal que favoreça nosso crescimento espiritual e nos ajude a encontrar paz interior?
O que dá significado à sua existência? Uma reflexão profunda sobre fé e espiritualidade pode revelar respostas surpreendentes...
Como podemos realmente entender e influenciar a complexa interação entre nossos pensamentos e emoções para alcançar o bem-estar emocional?
Como podemos reconhecer e assumir o protagonismo em nossas vidas em meio às rotinas que frequentemente nos relegam a papéis de coadjuvantes?
Até que ponto a busca incessante por superação e realização de desejos pode nos afastar de nossa própria humanidade e nos levar a consequências irreversíveis?
Como podemos expandir nossa compreensão do amor para promover relações mais saudáveis e integrativas em nossas vidas?
Como podemos transformar incertezas e desafios do presente em oportunidades de crescimento e gratidão para o futuro?