209/2024 - Celebrando o passado

Inquietação
Quanto afeto colocamos nas vivências de nosso passado?
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Acordei Inspirado 209/2024 - Celebrando o passado
209/2024 - Celebrando o passado
dia do ano
209
Celebrando o passado
mensagem

🎼hoje mamãe me falou de vovó, só de vovó🎼
🎼disse que no tempo dela era bem melhor🎼
🎼mesmo agachada na tina e soprando o ferro de carvão🎼
🎼tinha-se mais amizade e mais consideração🎼
+209-157
muita paz

reflexão

O que terá acontecido para termos esta percepção de piora das relações humanas? 

Seriam impressões pontuais ou um fenômeno geral?

Talvez seja muito difícil atualizarmos nossas expectativas relacionais à medida que a sociedade se desenvolve no tempo e nós envelhecemos, perdendo a capacidade de aprendizado e agilidade mental.

Diante disso, eu perguntaria quais são as expectativas que construímos sobre como nossas relações acontecem? Em que momento terão se firmado em nossas mentes e corações como referências ideais para validarmos a realidade? Será possível atualizá-las com pouco esforço?

Me recordo de meu pai, nascido em 1923, falando das maravilhas do mundo. Havia certo saudosismo, talvez das vivências que marcaram a alma dele em uma idade em que era fácil adaptar-se às coisas novas.

Penso nesta possibilidade porque havia também da parte dele uma enorme resistência para utilizar as modernidades de minha juventude. Os toca-fitas e os DVD-players, na mente de meu pai, não eram capazes de confrontar e ganhar da facilidade e da beleza dos antigos discos de 78 rotações tocados em uma vitrola elétrica de som mono cheia de chiados.

Havia uma recusa em abraçar o que era tecnicamente melhor e uma defesa dos afetos do passado, que não podiam ser revividos.

Hoje, à medida que minha agilidade mental se reduz, já me vejo resistindo aos novos métodos, que envolvem esforços de aprendizado que nem sempre estou disposto a realizar.

Streamings de áudio, por exemplo, substituíram as bibliotecas de músicas baixadas da internet e me dão acesso instantâneo a muitas músicas e estilos. As playlists substituíram os armazenamentos locais e ampliaram possibilidades de acessar música de qualidade usando apenas um aparelho celular conectado à internet.

Fazemos amigos pelos aplicativos de internet e muitas relações iniciam e terminam sem que as pessoas se encontrem pessoalmente.

Novas formas de expressão afetiva surgiram, a comunicação tornou-se barata e instantânea. Não aguardamos mais o trânsito de cartas intercontinentais que levam meses para chegar aos seus destinos.

Mas sempre poderemos reclamar da exaustão de estarmos conectados em tempo real com nossos parentes e amigos, o que gera certo cansaço segundo alguns.

Talvez a forma, a velocidade e a intensidade com que vivemos hoje sejam diferentes. Difícil, entretanto, afirmar se são melhores ou piores em relação ao passado.

reflexão

O que terá acontecido para termos esta percepção de piora das relações humanas? 

Seriam impressões pontuais ou um fenômeno geral?

Talvez seja muito difícil atualizarmos nossas expectativas relacionais à medida que a sociedade se desenvolve no tempo e nós envelhecemos, perdendo a capacidade de aprendizado e agilidade mental.

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