220/2024 - Desânimo e autoconhecimento

Inquietação
Você sabe como nasce o desânimo?
Image
Acordei Inspirado 220/2024 - Desânimo e autoconhecimento
220/2024 - Desânimo e autoconhecimento
dia do ano
220
Desânimo e autoconhecimento
mensagem

*Não permita que a dificuldade lhe abra porta ao desânimo porque a dificuldade é o meio de que a vida se vale para melhorar-nos em habilitação e resistência*.
*+220-146*
*muita paz*

reflexão

Ao ler o texto, fui atravessado por uma sensação curiosa, um chamado que me dizia algo diferente sobre a dificuldade que desanima e sobre a facilidade que aprisiona, mas também sobre a dificuldade, a facilidade, a expectativa, o ego e a vida, que talvez seja mais do que um eterno buscar pela acomodação e morte, mas também não deve ser uma eterna superação de limites.

É importante, entretanto, me explicar melhor. 

Como seres biológicos, fruto de um processo evolutivo intenso, buscamos o menor gasto energético possível para garantir a sobrevivência e a perpetuação da espécie.

Um animal tende a permanecer em repouso se estiver alimentado, não estiver em perigo e não estiver estimulado à reprodução.

Nós, seres humanos, carregamos a mesma tendência biológica à sobrevivência, o que talvez explique esta perspectiva de não nos esforçarmos muito. 

Evitamos os esforços físicos, mentais e emocionais, limitamos a aprendizagem ao mínimo necessário à sobrevivência. Lamentamos quando precisamos gastar energia!

Nos aproximando do texto disparador desta reflexão, talvez desanimemos quando precisamos gastar mais energia ou quando somos frustrados em nossas expectativas, ou seja, quando nossos objetivos e/ou desejos não são atingidos com facilidade, ou com pouco dispêndio energético, se você preferir.

Fora esta possibilidade biológica de entendimento, podemos pensar nos riscos sociais do erro, que podem causar avaliações negativas sobre nós, colocando-nos em condições de julgamentos e de cancelamentos; de perda de oportunidades.

Parece que tendemos a descartar tudo o que está errado, o que não é perfeito. Nas relações com os seres humanos talvez não seja muito diferente.

Talvez tenhamos pouca tolerância à imperfeição e ao erro porque precisamos afirmar nossa superioridade para acalentarmos nossos egos; o que pode ser feito através da eliminação daquele que é imperfeito e incompleto, que é pior do que nós somos.

Erros no trabalho são punidos com demissão ou com escárnio público. Filhos que erram são castigados. Pessoas que apresentam um desempenho abaixo do esperado tendem a perder as oportunidades na sociedade...

Raramente vemos a oposta no ser humano por trás do erro. Segundas chances são consideradas uma ação rara, concedida por pessoas nobres a pessoas especiais que erraram.

Neste mundo da escassez de segundas oportunidades, talvez seja necessário, para sermos considerado especiais e merecedores de favores generosos, nos rebaixarmos, permitirmos que o outro demonstre sua superioridade, sabedoria, bondade e generosidade.

Acredito que tudo isso tenha criado em nosso inconsciente diversas barreiras e mecanismos de defesa contra a necessidade de esforço adicional.

Natural e socialmente falando, pelos argumentos apresentados, quando algo não é fácil, talvez nos sintamos diante de uma ameaça real à nossa existência. 

A resposta natural? 

Medo, resistência, negação, desânimo, desistência...

Hoje questiono se a vida seria sobre um processo de melhoria contínua ou sobre um processo de sobrevivência, embora siga tentado a fugir das duas perspectivas.

Em qualquer uma das duas possibilidades, entretanto, nos posicionamos em contextos desafiadores. 

Será que consigo me conciliar com a ideia de ser imperfeito, incompleto e vulnerável ao assumir que preciso, necessariamente, buscar melhoria contínua o tempo todo? Talvez vivamos de maneira permanente o sentimento de inadequação e de não pertencimento.

Se percebo que preciso sobreviver a qualquer custo, que estou submetido a contextos de riscos e ameaças abundantes, consigo acalmar a mente, viver sem ansiedade e experimentar ações, sentimentos e pensamentos que não estejam ligados à sobrevivência?

Ser produtivo a qualquer custo, gerando lucro e superação continuamente reduzem, a meu ver, nossas possibilidades criativas e restringem nossas dimensões humanas, equiparando-nos às máquinas que, teoricamente, não falham.

Se nos sentimos desanimados, portanto, talvez tenhamos nos perdido de nossa própria humanidade e estejamos nos sentindo sob o risco de deixarmos de existir.

O desânimo, a meu ver, não é algo a ser proibido ou evitado, mas algo a ser observado e compreendido. Ele pode revelar valiosas pistas sobre nosso movimento de geração de felicidade, bem-estar e paz.

reflexão

Ao ler o texto, fui atravessado por uma sensação curiosa, um chamado que me dizia algo diferente sobre a dificuldade que desanima e sobre a facilidade que aprisiona, mas também sobre a dificuldade, a facilidade, a expectativa, o ego e a vida, que talvez seja mais do que um eterno buscar pela acomodação e morte, mas também não deve ser uma eterna superação de limites.

É importante, entretanto, me explicar melhor. 

Mais Reflexões

Como podemos transformar incertezas e desafios inesperados em oportunidades de crescimento e aprendizado pessoal?
Como nossas escolhas e experiências moldam a identidade que acreditamos ser verdadeiramente nossa?
Como podemos encontrar coragem e propósito em meio à certeza da nossa finitude?
Como podemos equilibrar o amor infinito que sentimos com as limitações de tempo e atenção nas nossas relações diárias?
Como a conexão entre autoconhecimento e perseverança pode influenciar nossa capacidade de superar desafios e alcançar o crescimento pessoal?
Como podemos transformar a devoção em um compromisso pessoal que favoreça nosso crescimento espiritual e nos ajude a encontrar paz interior?
O que dá significado à sua existência? Uma reflexão profunda sobre fé e espiritualidade pode revelar respostas surpreendentes...
Como podemos realmente entender e influenciar a complexa interação entre nossos pensamentos e emoções para alcançar o bem-estar emocional?
Como podemos reconhecer e assumir o protagonismo em nossas vidas em meio às rotinas que frequentemente nos relegam a papéis de coadjuvantes?
Até que ponto a busca incessante por superação e realização de desejos pode nos afastar de nossa própria humanidade e nos levar a consequências irreversíveis?
Como podemos expandir nossa compreensão do amor para promover relações mais saudáveis e integrativas em nossas vidas?
Como podemos transformar incertezas e desafios do presente em oportunidades de crescimento e gratidão para o futuro?