Não importa o que você faça pelo resto de sua vida, sempre busque a felicidade e comece de onde estiver.
+271-095
muita paz
Fiquei pensando na questão de começar de onde estivermos. Me senti provocado a pensar na possibilidade de que existam pessoas que ainda não buscam felicidade.
Certa inquietação aterrizou em meu coração.
Será possível que alguém não busque a felicidade? É possível viver sem buscar felicidade?
Pessoalmente acredito que a resposta seja a favor da impossibilidade. Mas talvez o grande dilema para a questão seja a definição de felicidade...
Gosto de pensar a felicidade como um estado de conexão, em algum nível, com a vida. Talvez alguns busquem esta conexão nas posses materiais, outros nas interações sociais ou em aspectos espirituais. O simples bem-estar e o conforto, a saúde, o equilíbrio físico ou a passagem do tempo podem ser aspectos de estabelecimento de felicidade para muitas pessoas.
Mas acredito que nossa definição de felicidade muda com o passar do tempo; estamos sempre insatisfeitos e buscando melhorias na vida ou motivos para continuarmos existindo de alguma forma.
Talvez desanimemos em alguns momentos desta busca. Tomados pelo cansaço e pela frustração, constatamos a impossibilidade de sermos felizes de uma maneira específica e sentimos as necessidades de lamentar o que não conseguimos, de aceitar o erro de cálculo, de nos conformarmos com aquela impossibilidade e de retornarmos à prancheta de desenho de nossos futuros.
Tenho a impressão de que somos movidos pelo que nos falta, pelo que não temos, pela contemplação do que podemos ter; tudo contraposto ao que temos. Talvez nos vejamos como infelizes pela dificuldade de acolher o tempo presente e vivê-lo com intensidade, embora de maneira incompleta e imperfeita.
Tememos a morte, a falta e a doença. Lamentamos o imperfeito e o incompleto. Dito em poucas palavras, tememos a escassez...
Ou buscamos a abundância?
Nossa infelicidade nasce da constatação de que há finitude na vida e infinitas possibilidades de usufruto dela. Ambiciosos, talvez queiramos viver mais do que é possível e nos pese escolher o que acessamos.
Nesta altura da reflexão, surpreendentemente, consegui me contradizer e preciso retomar a pergunta inicial.
Será possível que alguém não busque a felicidade? É possível viver sem buscar felicidade?
Sim. É possível.
Se conseguimos nos conciliar com o fato de que não é possível viver tudo o que a vida oferece, mas que podemos viver intensamente aquilo que conseguimos acessar da vida, se nos integramos ao universo sem a pretensão de conquistá-lo ou de consumi-lo, se vivemos o tempo presente como um presente da vida, seremos felizes.
Se somos felizes, não buscamos felicidade. Nós vivemos a felicidade e isto basta.
É claro que esta postura traria infinitos desdobramentos para a forma de nos pensarmos em humanidade, mas esta seria conversa para outro dia...
Fiquei pensando na questão de começar de onde estivermos. Me senti provocado a pensar na possibilidade de que existam pessoas que ainda não buscam felicidade.
Certa inquietação aterrizou em meu coração.
Será possível que alguém não busque a felicidade? É possível viver sem buscar felicidade?
Pessoalmente acredito que a resposta seja a favor da impossibilidade. Mas talvez o grande dilema para a questão seja a definição de felicidade...