276/2024 - Comunicar

Inquietação
Por que nos comunicamos?
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Acordei Inspirado 276/2024 - Comunicar
276/2024 - Comunicar
dia do ano
276
Comunicar
mensagem

Nunca pedir ou exigir de outrem aquilo que ele não possa dar.
Não menosprezar a quem quer que seja.
Saibamos orar em silêncio, uns pelos outros.
Apenas Deus pode julgar o íntimo de cada um.
+276-090
muita paz

reflexão

A proposição me trouxe à mente lembranças dos estudos do Marshall Rosemberg sobre comunicação não violenta, a CNV, uma forma de comunicação que tem a empatia como pilar central da comunicação.

A CNV é uma prática Inspirada nos trabalhos de resistência não-violenta de Ghandi e Marin Luther King, que objetiva a geração de comunicação que facilite a compreensão e a colaboração.

Por meio de um processo de escuta ativa, a CNV se propõe a separar os fatos das interpretações e inferências, possibilitando maior conexão entre as partes que se comunicam.

Lembro do Marshall falando em um seminário sobre a importância de termos a clareza sobre as nossas necessidades e a abertura para escutar sobre as necessidades do outro. 

Segundo ele, nos comunicamos porque buscamos o atendimento às nossas necessidades, ou seja, estamos em constante negociação pelo atendimento de nossas necessidades. 

É neste contexto relacional que me pergunto sobre o que realmente desejo quando sinto a necessidade de pedir ou de exigir do outro algo que esteja além de suas capacidades.

Talvez a importância que devotamos a nós mesmos em relação ao outro, a urgência com que vemos nossas necessidades e o desconhecimento sobre o outro e suas necessidades acabe nos levando a ações que podem ser lidas como menosprezo. Mas a generosidade no olhar para a questão relacional pode revelar muito sobre nossas carências, medos, traumas e valores.

Mergulhar na relação com o outro deixando que ele nos diga de suas habilidades, capacidades e necessidades enquanto falamos de nossas necessidades, capacidades e habilidades pode ser inovador em nossa cultura. 

Negociar ao invés de impor, dispor-se a caminhar ao invés de marchar, aceitar parcerias ao invés de definir lideranças e chefias são caminhos que me parecem muito naturais quando pensamos sobre a resistência não-violenta que nos provoca a pensar em co-existências pacíficas, solidárias e fraternas.

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