Não se entregue à revolta, ao rancor, à mágoa, ao desalento.
Seu dia deve ser um dia lindo; seu tempo deve ser abençoado.
+291-075
muita paz
No espírito da reflexão anterior, talvez a revolta, o rancor, a mágoa e o desalento sejam respostas naturais que sugerem necessidades não atendidas que estão relacionadas aos nossos valores existenciais. Reconhecê-los e conhecê-los podem ser a chave para a construção e fortalecimento de nossa identidade, mas vivê-los intensamente pode nos colocar em contextos complexos em que nossa própria humanidade pode ficar em risco.
Penso que precisamos tomar cuidado com a onda de positivismo tóxico que habita nossa cultura nos últimos anos. A vida é um fenômeno complexo que se estabelece através da combinação de tudo o que é possível. Quando evitamos o contato com as desarticulações que a vida promove, talvez percamos contato com a própria realidade humana e com a capacidade de resiliência adaptativa que nos impele à adaptação e à sobrevivência, mesmo nos cenários mais críticos de sofrimento.
Tentar manter a qualquer custo os dias lindos, negando o potencial renovador dos dias nublados e chuvosos, pode ser um caminho de idealização da vida e de negação da realidade.
Diante das tormentas, nossos sonhos e desejos são confrontados. Somos obrigados a esforços de adaptação e sobrevivência; precisaremos aceitar algumas perdas para vivermos novos ganhos; algo que talvez não se faça sem respostas reativas de resistência que disparem em nós raiva, revolta, rancor, mágoa e desalento.
Acredito que o desafio humano seja o de usar estas forças de reação como catalisadores para enfrentamentos que garantam a superação dos desafios. Se ficarmos presos a estes sentimentos reativos, talvez não sejamos capazes de viver novos dias lindos, embora diferentes dos que estamos desejando.
Meu entendimento espiritual me diz que sempre somos abençoados, mas que nem sempre reconhecemos e aceitamos as bençãos porque não as compreendemos. Se estamos presos à revolta e à raiva, sem conseguir usá-las como catalisadores de transformações positivas na vida, talvez não estejamos sendo capazes de superar expectativas frustradas, talvez estejamos insistindo em ter o controle do universo em nossas mãos, algo que não nos compete!
No espírito da reflexão anterior, talvez a revolta, o rancor, a mágoa e o desalento sejam respostas naturais que sugerem necessidades não atendidas que estão relacionadas aos nossos valores existenciais. Reconhecê-los e conhecê-los podem ser a chave para a construção e fortalecimento de nossa identidade, mas vivê-los intensamente pode nos colocar em contextos complexos em que nossa própria humanidade pode ficar em risco.