Jesus é o médico divino e sua doutrina é o medicamento eficaz de que nos podemos utilizar com resultados positivos e imediatos.
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Lembrei de um texto do rabino Nilton Bonder no Instagram: Não há nada para fazer por aqui que não seja “ser” e “tornar-se”. Ser é a execução de si e de seu propósito; tornar-se é a transição entre um “ser” e outro “ser”.
Fiquei pensando sobre a expectativa que criamos quanto à atuação médica e a importância dos remédios em nossas vidas. Estaríamos tentando ser e negando o tornar-se?
Convencidos de que somos doentes, de que não estamos saudáveis, talvez busquemos soluções externas que garantam o reestabelecimento da saúde perdida. Talvez por isso estejamos dando muita ênfase e importância para a medicina e para seus atores, os médicos e os medicamentos, enquanto restauradores de algo perdido.
Mas podemos ser a expressão máxima de plenitude que foi possível até o momento! Estaríamos sendo ou nos tornando?
Conseguiríamos pensar a saúde como um estado de equilíbrio possível, mesmo que carreguemos dores, síndromes e desequilibrações? Mesmo que estejamos longe do ideal de perfeição?
Talvez tenhamos construído em nosso imaginário uma figura idealizada do ser humano sem dores, com total capacidade de expressão e interação com o mundo. Tudo o que foge desta idealização passaria a ser doença e falta de saúde, campo para a atuação dos médicos...
Entretanto, parte de nossas dores podem ser respostas aos esforços de adaptação ao ambiente e à cultura, estruturas em constantes transformações. Não estaríamos doentes, mas nos adaptando!
Outra parte de nossas dores poderiam ser consequência dos processos de envelhecimento, desgastes naturais de nossos corpos? Talvez exijam apenas cuidados paliativos, resiliência e aceitação...
Sem conhecimento completo da realidade, vejo também a possibilidade de que algumas culturas criadas pelas humanidades possam gerar doenças. Neste caso, acredito que precisaríamos, paralelamente aos tratamentos, adaptarmos a cultura para ser menos nociva aos estados possíveis de equilíbrio.
O próprio Jesus, colocado como médico e portador de medicação eficaz, não atravessou isento e imune a curta jornada de 33 anos. Viveu momentos de tristeza, de luto e de raiva. Não foi capaz de resistir aos ferimentos a ele infligidos, embora tenha partido deixando referências e ensinamentos provocativos para a transformação da maneira como nos relacionamos em sociedade.
Neste universo, talvez fosse necessário ponderarmos sobre o que seriam os resultados positivos e imediatos, propostos como consequência do uso das recomendações de Jesus registradas pelos apóstolos.
Há um pensamento do poeta Rumi que talvez nos ajude a pensarmos sobre os resultados que esperamos de nossas ações:
“Tente não resistir às mudanças que surgem em seu caminho. Em vez disso, deixe a vida ser através de você.”
Penso que a adoção da filosofia de vida de Jesus tenha intensa relação com esta proposição. Talvez não possamos estar no controle de tudo e tenhamos que nos conformar às proposições que a vida nos entrega. Mas, sobre aquilo que podemos interferir, que o façamos com empenho, consciência e dedicação.
Sendo assim, será que Jesus poderia ser também um engenheiro divino e sua mensagem a ferramenta de que precisamos para construirmos super-estruturas humanas onde podemos viver felizes e em paz?
Gosto de pensar que sim.
Lembrei de um texto do rabino Nilton Bonder no Instagram: Não há nada para fazer por aqui que não seja “ser” e “tornar-se”. Ser é a execução de si e de seu propósito; tornar-se é a transição entre um “ser” e outro “ser”.
Fiquei pensando sobre a expectativa que criamos quanto à atuação médica e a importância dos remédios em nossas vidas. Estaríamos tentando ser e negando o tornar-se?