Origem e Significado do Natal: O texto discute a origem histórica do Natal, explicando como a data de 25 de dezembro foi escolhida para coincidir com festividades pagãs e como isso moldou a visão de mundo ocidental.
A Natureza da Alegria e Magia: Reflete sobre a capacidade humana de espalhar alegria e magia, sugerindo que a alegria surge quando expectativas internas são atendidas e que atender às expectativas dos outros pode exigir sacrifício pessoal.
Responsabilidade Individual e Valores: Destaca a mensagem do Natal sobre a responsabilidade individual de construir esperança e alegria, agindo de forma coerente com nossos valores essenciais, exemplificado pela vida de Jesus.
🎼se a gente é capaz de espalhar alegria.🎼
🎼se a gente é capaz de toda essa magia🎼
🎼eu tenho a certeza que a gente podia🎼
🎼fazer com que fosse natal todo dia🎼
+356-010
muita paz
Retornando de uma pausa estratégica e necessária, volto de onde parei, da mensagem 356 do ano passado, mas cheio de novas ideias. Entrarei em 2025 em breve, com algumas novidades. Por enquanto, sigamos com as reflexões dos dias que encerraram 2024.
Fiquei pensando que o Natal Cristão celebra o nascimento de Jesus, visto como um marco histórico importante para o ocidente. Sua importância notabiliza-se até mesmo pela alteração na forma de contar o tempo, mas está profundamente enraizada na forma de sermos e de vermos o mundo.
Em seu artigo "A Contagem dos anos na Era Cristã", Rodnei Domingues nos conta em uma página do Centro de Pesquisa, desenvolvimento e educação continuada, gerenciamentodotempo.com.br:
"Por volta dos anos 600 d.C. cogitou-se considerar a data do nascimento de Cristo como o ano zero."
"O monge Dionísio, o Pequeno, que viveu no século VI, foi quem se preocupou e quem estabeleceu a data de nascimento do Redentor, fixada então em 25 de dezembro de 753 da fundação de Roma."
"A Igreja acolheu a data de 25 de dezembro como o dia do nascimento de Jesus Cristo porque o dia de Natal se sobreporia, assim, às celebrações do solstício de inverno e à festa de Mitra, deus da luz, que os antigos festejavam justamente nesse dia. Assim, a Igreja cristianizou essas festividades pagãs, fornecendo-lhes simbolismos cristãos e uma nova linguagem cristã. "
Uma decisão política de uma poderosa entidade religiosa nascente institucionalizada por Constantino e Licínio no ano 313 através do Édito de Milão, garantido um ponto de referência e diálogo para diversas nações.
Construímos em torno da ideia do Natal ideais de esperança, de renovação, de paz e de concórdia. Construímos tradições de celebração destas ideias e, pouco a pouco, estabelecemos uma expectativa de que é possível celebrar o natal todo dia, conforme este trecho da música "Natal todo dia", de Mauricio Gaetani.
Me pergunto, entretanto, se realmente somos capazes de espalhar alegria.
Acho que a alegria é uma emoção que nasce quando certas expectativas internas são atingidas. Talvez não sejamos capazes de estabelecer alegria no coração dos outros e tudo o que podemos fazer seja criar situações que podem ser significadas pelo outro como alegria.
A magia citada, talvez comece pela capacidade de reconhecermos a expectativa, o sonho e o desejo do outro. Concretiza-se quando decidimos ir ao encontro do outro oferecendo-lhe condições de atender estas expectativas.
Mas talvez exista certo sacrifício pessoal na realização desta magia. Talvez seja necessário abdicar de nossas expectativas em favor do atendimento das expectativas do outro. Talvez seja necessário negociar o atendimento parcial destas expectativas. Uma pequena parábola talvez ilustre melhor o que digo.
Certa vez o irmão mais velho de um casal de irmãos ganhou um saco de caramelos de sua tia. Os tios estavam voltando de uma longa viagem e trouxeram mimos para todos os sobrinhos. Marcos, o sobrinho mais velho, adorava caramelos.
Vanessa, a irmã mais nova de Marcos, amava qualquer doce, especialmente pirulitos. Por ter apenas 3 anos, foi a primeira a ser presenteada. Ela ganhou de sua tia um saco enorme de pirulitos de framboesa, seu sabor preferido. Ela ainda não tinha conseguido ajuda para abrir o saco de pirulitos quando viu o saco de caramelos de Marcos.
Acostumada a ter todas as suas vontades atendidas pela família, Vanessa decidiu que queria os caramelos e também os pirulitos. Sua alegria só seria possível se Marcos sacrificasse seu desejo em favor dela.
Marcos, por outro lado, não demonstrou desejo de fazer a felicidade da irmã. Ele estava na idade da juventude, lutando para se estabelecer no mundo e sentia-se carente da atenção dos pais e tios. Havia perdido grande parte da atenção dedicada a ele devido ao nascimento da irmã. Ele só seria feliz se não compartilhasse seu presente com a irmã! Dar o saco de caramelos para Vanessa seria impensável...
O conflito se estabeleceu e os pais de Marcos tomaram a decisão de fazer a pequena Vanessa feliz. Eles não perceberam, entretanto, que o gesto de fazer a pequena feliz significava para Marcos a negação do amor parental. Naquele dia Marcos tornava-se órfão...
Esta pequena tragédia talvez ilustre a importância de refletirmos mais profundamente sobre a impossibilidade de atendermos integralmente a todos os nossos desejos para vivermos alegria ininterrupta, mas também aponta para a impossibilidade de fazermos o outro alegre o tempo todo.
Em um ambiente de escassez, quando os recursos são restritos, não é possível atender a todos os desejos do outro para que ele se sinta plenamente alegre todos os dias.
Penso que o Natal talvez carregue em si uma mensagem maior e mais potente do que a alegria de nossas expectativas atendidas. Jesus, segundo a tradição católica, deu tudo de si, inclusive a própria vida, mas não foi capaz de tornar os outros alegres. É necessário que cada um de nós tome para si a responsabilidade de construir esperança e alegria através dos recursos que a vida nos entrega.
Jesus exerceu o perdão integral nas relações que estabeleceu com o mundo. Ele praticou caridade baseada em amor incondicional.
Jesus teve sua vida atravessada pela expectativa e pela ganância dos outros que lhe causaram profundo sofrimento, mas seguiu aberto à convivência. Sem julgar ou condenar quem lhe causava dor, foi capaz de sustentar seus valores até o trágico final de sua existência.
É difícil dizer se Jesus foi alegre todos os dias. Mas somos capazes de inferir que viveu com tranquilidade e paz ao não ofender suas crenças e valores.
Será que somos capazes de agir consciente e coerentemente em relação aos nossos valores mais essenciais? Talvez isto nos cause alegrias e felicidade...
O texto reflete sobre a capacidade humana de espalhar alegria e magia, especialmente no contexto do Natal, e questiona se é possível viver com a mesma alegria e espírito de renovação todos os dias. Através de uma análise histórica e uma parábola, o autor explora a complexidade das emoções humanas e a dificuldade de satisfazer plenamente as expectativas dos outros.
A reflexão começa com a ideia de que o Natal, uma celebração do nascimento de Jesus, é um marco histórico que moldou a forma como vemos o mundo. Através de uma citação de Rodnei Domingues, o texto explica como a data de 25 de dezembro foi escolhida para coincidir com festividades pagãs, cristianizando-as.
O autor então questiona se realmente somos capazes de espalhar alegria, sugerindo que a alegria é uma emoção que surge quando expectativas internas são atendidas. A magia, por sua vez, pode começar com a capacidade de reconhecer e atender às expectativas dos outros, mas isso pode exigir sacrifício pessoal.
A parábola dos irmãos Marcos e Vanessa ilustra a dificuldade de equilibrar desejos pessoais e a felicidade dos outros. Marcos, ao não querer compartilhar seus caramelos, sente-se negligenciado quando seus pais priorizam a felicidade de Vanessa, levando a um sentimento de orfandade emocional.
O texto conclui que, em um mundo de recursos limitados, não é possível satisfazer todos os desejos dos outros constantemente. O Natal, portanto, carrega uma mensagem mais profunda do que a simples alegria: a responsabilidade individual de construir esperança e alegria através dos recursos disponíveis.
A reflexão final sugere que, assim como Jesus viveu em paz ao manter seus valores, talvez possamos encontrar alegria e felicidade ao agir de forma consciente e coerente com nossos valores essenciais.
poesia que dialoga com as ideias de Natal, alegria, sacrifício e responsabilidade é "Natal" de Machado de Assis. Esta poesia reflete sobre o espírito natalino, a renovação e a introspecção que a data inspira, alinhando-se com as ideias de esperança e valores essenciais.
A poesia "Natal" de Machado de Assis pode ser encontrada em diversas coletâneas de poemas do autor e está disponível em sites de literatura que reúnem suas obras, como o site Domínio Público, que oferece acesso gratuito a obras de autores clássicos. Machado de Assis é o único autor desta poesia, sem outras autorias associadas.
Soneto de Natal
Um homem, — era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno, —
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,
Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.
Escolheu o soneto . . . A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.
E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
"Mudaria o Natal ou mudei eu?"
Uma música famosa no estilo rock, posterior ao ano 2000, que dialoga com as ideias de Natal, alegria, sacrifício e responsabilidade é "Christmas Lights" da banda Coldplay, lançada em 2010. A canção aborda temas de esperança, reflexão e a busca por alegria durante o período natalino, alinhando-se com as ideias principais do texto. Coldplay é conhecida por suas letras introspectivas e emotivas, que frequentemente exploram temas de amor, sacrifício e renovação.
Christmas Lights - Coldplay
Christmas night, another fight
Tears, we cried a flood
Got all kinds of poison in
Of poison in my blood
I took my feet, to Oxford Street
Tryna right a wrong
Just walk away, those windows say
But I can't believe she's gone
When you're still waiting for the snow to fall
Doesn't really feel like Christmas at all
Up above, candles on air flicker
Oh, they flicker and they float
And I'm up here holding on
To all those chandeliers of hope
Like some drunken Elvis singing
I go singing out of tune
Saying how I always loved you, darling
And I always will
Oh, when you're still waiting for the snow to fall
Doesn't really feel like Christmas at all
Still waiting for the snow to fall
It doesn't really feel like Christmas at all
Those Christmas lights
Light up the street
Down where the sea and city meet
May all your troubles soon be gone
Oh, Christmas lights, keep shining on
Those Christmas lights
Light up the street
Maybe they'll bring her back to me
Then all my troubles will be gone
Oh, Christmas lights, keep shining on
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, Christmas lights
Light up the street
Light up the fireworks in me
May all your troubles soon be gone
Those Christmas lights, keep shining on
Alain de Botton: Filósofo suíço-britânico, escreve sobre filosofia prática. Em "Religião para Ateus" (2011), de Botton explora como elementos religiosos podem enriquecer a vida secular, dialogando com o significado do Natal no texto.
Luiz Felipe Pondé: Filósofo brasileiro, escreve sobre ética e religião. Em "O Catolicismo Hoje" (2011), Pondé analisa a relevância do catolicismo na modernidade, relacionando-se com o texto ao discutir valores e tradições natalinas.
Djamila Ribeiro: Filósofa brasileira, conhecida por seu ativismo social. Em "Pequeno Manual Antirracista" (2019), Ribeiro promove a responsabilidade individual na luta contra o racismo, dialogando com a ideia de responsabilidade no texto.
Peter Singer: Filósofo australiano, defensor do altruísmo eficaz. Em "Ética Prática" (2011), Singer aborda a responsabilidade moral e o sacrifício pelo bem comum, dialogando com a ideia de responsabilidade individual no texto.
Vladimir Safatle: Filósofo brasileiro, foca em teoria crítica. Em "O Circuito dos Afetos" (2015), Safatle explora a relação entre afetos e política, conectando-se com o texto ao discutir emoções e responsabilidade social.
Gilles Lipovetsky: Filósofo francês, analisa a cultura contemporânea. Em "A Felicidade Paradoxal" (2006), Lipovetsky discute a busca incessante por felicidade, relacionando-se com o texto ao explorar expectativas e sacrifícios pessoais.
Joel Birman: Psicanalista brasileiro, professor da UFRJ, foca em subjetividade e modernidade. Em "O Mal-Estar na Atualidade" (2014), Birman explora o sofrimento psíquico contemporâneo, relacionando-se com o texto ao discutir expectativas e sacrifícios.
Tania Rivera: Psicanalista e professora brasileira, foca em arte e psicanálise. Em "O Avesso do Imaginário" (2013), Rivera explora a relação entre arte e inconsciente, relacionando-se com o texto ao discutir criatividade e valores pessoais.
Renato Mezan: Psicanalista e professor brasileiro, conhecido por suas análises sobre Freud e cultura. Em "Freud, Pensador da Cultura" (2003), Mezan explora a influência de Freud na cultura, dialogando com o texto ao discutir valores e responsabilidade.
Que religiões concordariam com o texto?
O texto reflete sobre temas como o significado do Natal, a capacidade de espalhar alegria, o sacrifício pessoal e a responsabilidade individual, que são valores presentes em várias tradições religiosas. As religiões que provavelmente concordariam com o texto incluem:
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Cristianismo: Como o texto discute o Natal e valores como amor, sacrifício e responsabilidade, ele está alinhado com os ensinamentos cristãos sobre a vida de Jesus e a importância de viver de acordo com esses princípios.
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Budismo: Embora o Budismo não celebre o Natal, ele enfatiza a compaixão, o sacrifício pessoal e a responsabilidade individual, valores que ressoam com as ideias do texto.
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Hinduísmo: Esta religião valoriza o dharma (dever) e a importância de viver de acordo com princípios éticos, o que se alinha com a mensagem de responsabilidade e sacrifício do texto.
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Judaísmo: O Judaísmo enfatiza a importância da responsabilidade individual e da ação ética, valores que estão presentes no texto.
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Islamismo: O Islamismo valoriza a caridade, o sacrifício e a responsabilidade para com os outros, princípios que também são refletidos no texto.
Essas religiões compartilham valores que se conectam com as ideias de esperança, responsabilidade e sacrifício discutidas no texto.
A umbanda concorda com o texto?
A Umbanda, como religião sincrética brasileira, incorpora elementos de várias tradições religiosas, incluindo o Cristianismo, o Espiritismo, e religiões de matriz africana. Ela valoriza princípios como a caridade, a responsabilidade social, o amor ao próximo e a busca por harmonia e equilíbrio espiritual.
Dado que o texto discute temas como o significado do Natal, a capacidade de espalhar alegria, o sacrifício pessoal e a responsabilidade individual, é provável que a Umbanda concorde com muitos dos valores apresentados. A ênfase na caridade e no amor ao próximo, que são centrais tanto no texto quanto na prática umbandista, sugere uma afinidade com as ideias discutidas. Além disso, a Umbanda valoriza a convivência pacífica e a ajuda mútua, que se alinham com a mensagem de esperança e renovação do texto.
O espiritismo de Allan Kardec concorda com o texto?
O Espiritismo, conforme codificado por Allan Kardec, provavelmente concordaria com muitos dos valores e ideias apresentados no texto. O Espiritismo enfatiza a importância do amor ao próximo, da caridade, da responsabilidade individual e do progresso moral e espiritual, que são temas centrais no texto.
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Amor e Caridade: O Espiritismo valoriza o amor e a caridade como princípios fundamentais, alinhando-se com a ideia de espalhar alegria e ajudar os outros, conforme discutido no texto.
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Responsabilidade Individual: A doutrina espírita destaca a importância da responsabilidade pessoal no desenvolvimento moral e espiritual, o que ressoa com a mensagem do texto sobre a responsabilidade individual em construir esperança e alegria.
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Sacrifício e Altruísmo: O Espiritismo reconhece o valor do sacrifício e do altruísmo como parte do crescimento espiritual, o que se conecta com a ideia de sacrifício pessoal para atender às expectativas dos outros.
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Renovação e Esperança: O texto aborda a renovação e a esperança, que são consistentes com a visão espírita de progresso contínuo e evolução espiritual.
Portanto, o Espiritismo de Allan Kardec compartilha muitos dos valores e princípios discutidos no texto, sugerindo uma concordância geral com suas ideias.
Que religiões não concordariam com o texto?
Identificar religiões que não concordariam com o texto pode ser desafiador, pois muitas tradições religiosas compartilham valores universais como amor, sacrifício e responsabilidade. No entanto, algumas religiões ou sistemas de crença podem ter perspectivas diferentes sobre os temas abordados:
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Ateísmo Estrito: Embora não seja uma religião, o ateísmo estrito, que rejeita qualquer forma de espiritualidade ou religião, pode não concordar com a ênfase do texto em valores associados ao Natal e à figura de Jesus.
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Satanismo LaVeyano: Esta forma de satanismo, baseada nos escritos de Anton LaVey, valoriza o individualismo e a satisfação pessoal acima do sacrifício e da responsabilidade para com os outros, contrastando com as ideias do texto.
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Religiões ou Filosofias que Rejeitam o Natal: Algumas tradições religiosas, como certas seitas do Judaísmo ou do Islamismo, que não celebram o Natal, podem não se identificar com a centralidade do Natal no texto, embora possam concordar com outros valores discutidos.
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Ceticismo Religioso: Movimentos que questionam a validade de todas as tradições religiosas podem não concordar com a ênfase do texto em valores espirituais e religiosos.
Essas perspectivas podem não concordar com o texto devido a diferenças fundamentais em crenças sobre espiritualidade, religião e valores associados ao Natal.
Luiz Felipe Pondé: Filósofo brasileiro, crítico do otimismo ingênuo. Em "Guia Politicamente Incorreto da Filosofia" (2012), Pondé questiona valores tradicionais, contrastando com o texto ao criticar a idealização do Natal.
Richard Rorty: Filósofo americano, defensor do pragmatismo. Em "Filosofia e o Espelho da Natureza" (2005), Rorty critica a busca por verdades absolutas, discordando do texto ao questionar valores universais.
Yuval Noah Harari: Historiador israelense, crítico da religião. Em "Homo Deus" (2015), Harari analisa o futuro da humanidade sem religião, contrastando com o texto ao prever um mundo pós-religioso.