Se quisermos ver a cor do nosso futuro, devemos procurá-la no momento presente; se quisermos contemplar a estrêla do nosso destino, devemos buscá-la já dentro do nosso coração.
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muita paz
Fiquei pensando no fenômeno ótico da percepção das cores e na necessidade da luz para concredizar esta percepção.
Quando a luz atinge uma superfície e é refletida por ela nós passamos a ter a oportunidade de ver aquela superfície. Nossos olhos captam a luz refletida e conduzem a informação ao nosso cérebro para ser devidamente interpretada.
A superfície existe, mas nós só a percebemos como algo concreto se ela for atingida por uma luz e esta for refletida em nossa direção!
A qualidade da luz que atinge a superfície determinará a forma como nós vemos esta superfície. Sua cor varia conforme a natureza e a potência da luz que a atinge, mas também das características de absorção e de refexão da superfície.
A quantidade de luz que atinge a superfície e é refletida determinará a quantidade de detalhes que conseguiremos perceber. Mais luz mais detalhes. Menos luz, menos detalhes.
Mas ainda temos a questão da capacidade de nossos olhos de captar a luz refletida. Pouquíssima luz ou muita luz impedem a percepção das cores. Deficiências em nossos olhos restrigem a qualidade do que vemos, inclusive no que diz respeito às cores.
Dizem inclusive que a percepção das cores é uma das experiências humanas únicas e singulares porque não há um olho igual a outro!
Me recordo do momento em que estava com catarata nos dois olhos e realizei a cirurgia de um deles.
Naquele período os objetos tinham duas cores distintas. Com o olho operado os brancos eram mais brancos, as cores mais acentuadas e os detalhes mais visíveis.
A vista não operada me oferecia cores amareladas, eu não via o branco como branco e os detalhes eram reduzidos dificultando inclusive discernir rostos e escritas.
Eu diria que foi uma experiência bem diferente do que eu estava acostumado e isto me levou a refletir como as coisas são relativas.
O branco poderia existir ou não em minha vida conforme eu escolhesse usar o olho operado ou o não operado!
As coisas e pessoas continuavam a existir à minha volta mas eram interpretadas por mim conforme a minha capacidade visual...
Se olhamos para o futuro, fazemos nossa luz se projetar sobre ele e refletir de volta.
Se não olhamos para o futuro, não há projeção luminosa e nem reflexão. Simplesmente nós não o percebemos, embora ele exista de forma concreta!
A reflexão que captamos com nossos aparelhos cognitivos poderá nos levar a percepções estimulantes, inspiradoras e até mesmo amedrontadoras e castradoras. Tudo dependerá de nossas capacidades espirituais para percebermos a realidade, embora esteja vinculado a algo concreto que é o futuro.
Mas se quisermos compreender melhor o que estamos vendo e interpretando, teremos que analizar a fonte luminosa. A potência e a qualidade da luz que emitimos!
Concretizada pelas experiências do passado e materializada no presente, nossa luz agirá sobre o futuro e nos trará reflexos dele. Poderemos ver suas cores e ter uma ideia do que nos aguarda.
Se emitimos luzes fracas e pouco potentes, nós veremos pouco futuro ou futuros repletos de lacunas e cheios de sombras. Teremos dificuldade de caminhar em direção a ele.
Se emitimos luzes potentes, veremos muito futuro e seremos capazes de guiar nosso presente de maneira mais segura e apropriada.
Ao olharmos para nossas luzes, poderemos analizar melhor os reflexos que estamos vendo. Se projeto uma luz de desesperança, meu futuro será fraco e limitado.
Se projeto uma luz de esperança e vigor, meu futuro será claro e poderei avaliar melhor suas cores; talvez até mesmo escrever minhas ações e me apropriar do futuro mudando as escolhas presentes.
Pelo autoconhecimento e pelo aprendizado trabalhamos sobre a qualidade e potência da luz que projetamos nos tornando mais hábeis em escrever nossas jornadas.
Pela vida no presente aprendemos sobre as cores e matizes do futuro e podemos dissernir melhor sobre nossas escolhas.
Mas precisamos efetivamente jogar luz à frente para sermos capazes de caminhar.
Fiquei pensando no fenômeno ótico da percepção das cores e na necessidade da luz para concredizar esta percepção.
Quando a luz atinge uma superfície e é refletida por ela nós passamos a ter a oportunidade de ver aquela superfície. Nossos olhos captam a luz refletida e conduzem a informação ao nosso cérebro para ser devidamente interpretada.
A superfície existe, mas nós só a percebemos como algo concreto se ela for atingida por uma luz e esta for refletida em nossa direção!